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O dólar reverteu as perdas do início do pregão e opera com alta nesta sexta-feira (5), após a folha de pagamento (payroll) de março nos Estados Unidos vir bem acima do esperado pelo consenso de mercado. O payroll apontou a criação de 303 mil empregos em março, muito acima do consenso de 200 mil vagas, com as revisões somando 22 mil nos dois meses anteriores.
Os dados do mercado de trabalho americano sinalizam que o Banco Central dos EUA pode ser paciente com a inflação e não ter pressa para cortar taxas neste ano. Além disso, reduzem as apostas sobre início dos cortes das taxas (no CME, 55% apostam em corte em junho, de 59% há um dia).
Na véspera, o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio ajudaram a divisa americana ganhar fôlego e fechar no azul.
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Qual a cotação do dólar hoje?
Às 15h18, o dólar à vista opera com alta de 0,29%, a R$ 5,064 na compra e R$ 5,065 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia de 0,10%, aos 5.077 pontos.
O Banco Central fez nesta sessão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de junho de 2024.
Dólar comercial
Venda: R$ 5,064Compra: R$ 5,065
Dólar turismo
Venda: R$ 5,255Compra: R$ 5,075
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O que está acontecendo com dólar?
A moeda americana teve uma semana turbulenta, caindo de um máximo de cinco meses para um mínimo de duas semanas, depois de um abrandamento inesperado no crescimento dos serviços nos EUA ter apoiado as expectativas de que a Reserva Federal reduziria as taxas de juro.
Os investidores diminuíram as suas expectativas sobre o quanto a Fed poderá cortar as taxas este ano, com os futuros das taxas dos EUA a precificarem agora dois cortes em 2024.
Mas o contínuo fortalecimento da economia, juntamente com o aumento acentuado dos preços das matérias-primas, incluindo o petróleo, o cobre, o café e o cacau, estão a complicar o quadro da inflação.
Hoje, o relatório de emprego de março trouxe dados que superaram em muito as expectativas, reforçando a visão de que o mercado de trabalho permanece aquecido nos EUA, potencialmente atrasando os cortes previstos nos juro por parte do Fed este ano.
Além disso, sinais de resiliência da economia norte-americana ressoam no Brasil, podendo levar o Banco Central a não ser tão flexível nos cortes de juros de forma a evitar que o real se desvalorize demais, ao ponto de gerar pressão inflacionária.
Quanto menos o BC cortar os juros, melhor para a moeda brasileira, que se torna mais atraente para investidores estrangeiros quando os rendimentos oferecidos pelo mercado brasileiro são mais altos.
(Com Reuters)
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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.
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