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Após ter subido mais de 1% na véspera, o dólar segue com forte alta frente ao real nesta quarta-feira (26), chegando a a atingir uma máxima de R$ 5,52 e ficando acima dos R$ 5,50 em boa parte da sessão, com ganhos de cerca de 1%.
A divisa segue o avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior e repercute falas de integrantes do Federal Reserve dos EUA, mas “digere” principalmente as falas do presidente Lula no Brasil, que elevaram a preocupação com o fiscal.
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Qual a cotação do dólar hoje?
Às 12h34 (horário de Brasília), o dólar à vista subia 0,98%, a R$ 5,507 na compra e R$ 5,507 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,79%, aos R$ 5,503.
Na terça-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,454 na venda, em alta de 1,19%.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,507Venda: R$ 5,507
Dólar turismo
Compra: R$ 5,530Venda: R$ 5,571Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda
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O que acontece com dólar hoje?
A divisa americana segue em alta ante a moeda brasileira, em mais um dia de percepção de riscos elevada para o Brasil, segundo avaliação do analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Leonel Mattos.
Segundo Mattos, a desconfiança e o ceticismo em relação à condução das políticas econômicas do país, tanto a política fiscal quanto a política monetária, levam a derrocada do real.
“Nesta manhã o IBGE divulgou o IPCA 15 de junho, que foi uma leitura meio termo, não dá para dizer que ela foi baixa, mas também não é das mais altas que chegamos a observar em altas mensais”, comenta o analista. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,39% em junho, ante alta de 0,44% no mês anterior e abaixo do 0,45% esperado por analistas consultados pela Reuters.
Além disso, no radar dos traders está a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Também em destaque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou nesta quarta-feira decreto que formaliza a adoção de uma meta contínua de inflação a partir de 2025, prevendo a prestação de explicação pelo Banco Central se o alvo for descumprido por seis meses consecutivos.
O novo sistema para substituir o modelo atual de busca pela meta em cada ano-calendário foi normatizado um ano após o anúncio de sua adoção pelo governo. A aguardada regulamentação, com detalhes sobre a dinâmica do novo modelo, foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta.
Ainda na cena nacional, Lula acelerou os ganhos da divisa americana logo no início da sessão com novas falas em entrevista ao UOL após tratar do fiscal — um dos temas mais sensíveis para o mercado nas últimas semanas.
Entre outras coisas, Lula descartou a possibilidade de o governo desvincular pensões e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) da política de ganhos reais do salário mínimo. “Garanto que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República”, afirmou. “Eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos.”
Em falas recentes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vinha defendendo a proposta de desindexação do salário mínimo da Previdência Social.
Na entrevista, Lula também desconversou sobre a possibilidade do o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, substituir Campos Neto a partir de 2025. Lula classificou Galípolo como um “companheiro” preparado, mas disse que ainda não pensa na sucessão de Campos Neto no BC — outro tema bastante sensível para o mercado.
No exterior, a diretora do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, reiterou sua visão de que “a inflação diminuirá ainda mais com a manutenção da taxa de juros” nos Estados Unidos e que os cortes serão “por fim” apropriados se a inflação chegar de forma sustentável a 2%. Suas falas preparadas para evento nesta quarta omitiram qualquer referência a quanto tempo os juros podem precisar ficar onde estão, um pequeno desvio em relação a terça-feira, quando ela disse que precisariam ficar na faixa atual “por algum tempo”.
(invistaja.info)
GLEBA PALHANO | mercados | invistaja.info – Dólar hoje sobe forte e bate R$ 5,50 com exterior e falas de Lula
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