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Dólar hoje vira para queda com atenção a impasse entre EUA e Colômbia

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,12%, a 5,9182 reais — a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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O dólar operava com baixa ante o real nesta segunda-feira (27) após abertura positiva, à medida que os investidores voltavam a demonstrar preocupação com as promessas de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um impasse entre o país e a Colômbia no fim de semana quase levar a uma disputa comercial.

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Às 16h29, o dólar à vista caía 0,10%, a R$ 5,912 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha alta de 0,41% a 5,941 reais.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,12%, a 5,9182 reais — a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,9141 reais. Na semana, o dólar acumulou baixa de 2,42%.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025.

Dólar comercial

Compra: R$ 5,911Venda: R$ 5,911

Dólar turismo

Compra: R$ 5,943Venda: R$ 6,123

O que aconteceu com dólar hoje?

Os EUA e a Colômbia evitaram por pouco uma guerra comercial no domingo, depois que a Casa Branca disse que o país sul-americano concordou em aceitar aeronaves militares com imigrantes deportados.

Trump havia ameaçado impor tarifas e sanções à Colômbia para puni-la por se recusar a aceitar voos militares que transportavam deportados como parte de sua ampla repressão à imigração.

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Mas em uma declaração no final do domingo, a Casa Branca disse que a Colômbia concordou em aceitar os imigrantes e que Washington não adotará as penalidades ameaçadas.

O episódio, no entanto, sinalizou aos mercados a seriedade das promessas do presidente de impor tarifas para defender os interesses nacionais dos EUA, gerando ainda mais dúvidas sobre qual será a abordagem adotada por ele na política comercial.

Na semana passada, investidores especulavam que Trump poderia ser mais moderado do que o esperado anteriormente, depois que o presidente afirmou que preferia chegar a um acordo comercial com a China, seu principal alvo de ameaças, do que impor tarifas sobre o gigante asiático.

“O ‘alívio tarifário’ visto na semana passada foi bem-vindo, mas a imposição de tarifas provavelmente foi apenas postergada, e não cancelada. A ameaça à Colômbia reforça a imprevisibilidade de Trump e a ideia de que ainda é cedo para os mercados retomarem a busca definitiva por risco”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Com isso, o dólar avançava sobre o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

As moedas emergentes também enfrentavam nesta manhã um movimento de fuga de risco nos mercados globais, com investidores comprando divisas consideradas seguras, como iene e franco suíço, na esteira de notícias sobre o progresso da inteligência artificial na China.

A startup chinesa DeepSeek lançou um assistente de IA gratuito que, segundo ela, usa chips de menor custo e menos dados, aparentemente desafiando uma aposta generalizada de que a IA impulsionará a demanda ao longo de uma ampla cadeia de suprimentos, de fabricantes de chips a data centers.

A notícia fazia investidores tirarem seus recursos de mercados de ações, que obtiveram fortes ganhos em 2024 com o otimismo pela IA, e de moedas mais arriscadas e apostarem em ativos seguros.

Na cena doméstica, analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma taxa Selic mais alta ao fim do próximo ano, elevando também suas projeções para a inflação em 2025 e 2026, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda.

O levantamento mostrou que a expectativa para a taxa básica de juros agora é de 12,50% ao fim do próximo ano, de 12,25% na semana anterior. Para 2025, a projeção de 15,00% foi mantida.

A Selic está atualmente em 12,25% ao ano, após o BC acelerar o aperto no mês passado ao elevar a taxa de juros em 1 ponto percentual. A autarquia também sinalizou que realizará mais dois aumentos da mesma magnitude nas duas primeiras reuniões do ano, com a próxima decisão a ser anunciada na quarta-feira.

A pesquisa mostrou ainda um aumento na projeção para a inflação neste ano e no próximo. A mediana das expectativas para o IPCA em 2025 agora é de alta de 5,50%, de 5,08% na semana anterior. Para o fim de 2026, a projeção para a inflação é de 4,22%, de 4,10% há uma semana.

(Com Reuters)

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REFLEXÃO: Barry Ritholtz, da Bloomberg: Mantenha a simplicidade, faço menos e administre sua estupidez.

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