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Dólar recua para mínima de 6 meses frente a moedas fortes após China retaliar de novo

Operadores de opções passaram a adotar uma posição pessimista em relação ao dólar pela primeira vez em cinco anos, dentro de um movimento mais amplo de retirada de ativos americanos

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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O dólar se tornou a mais recente vítima da turbulência nos mercados nesta semana, à medida que a intensificação da guerra comercial global ameaça comprometer o crescimento econômico dos Estados Unidos.

Um índice da Bloomberg que acompanha o desempenho da moeda americana recuou para a mínima em seis meses nesta sexta-feira, após a China elevar de 84% para 125% as tarifas sobre todos os produtos dos EUA, com vigência a partir de 12 de abril.

Operadores de opções passaram a adotar uma posição pessimista em relação ao dólar pela primeira vez em cinco anos, dentro de um movimento mais amplo de retirada de ativos americanos em meio à escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

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Ativos considerados seguros, como o iene, o franco suíço e o ouro, se beneficiaram com os fluxos de saída. O euro atingiu o nível mais alto em três anos, caminhando para seu maior avanço em dois dias desde 2009.

“A confiança no dólar está sob ameaça”, disse Christopher Wong, estrategista de câmbio do Oversea-Chinese Banking Corp. Segundo ele, crescem as dúvidas sobre o status do dólar como moeda de reserva, diante de fatores como a perda da excepcionalidade americana e o aumento da dívida pública dos EUA.

Dólar ameaçado

Os operadores não estão apenas perdendo confiança no dólar no longo prazo — estão fazendo isso no ritmo mais acelerado já registrado. As “risk reversals” de um ano — indicador-chave da demanda por proteção contra alta ou baixa do dólar frente a outras moedas principais — passaram a sinalizar maior interesse por posições apostando na queda da moeda americana, algo que não acontecia há cinco anos.

Uma análise de pontuação Z — que mede o desvio dos preços atuais em relação às médias históricas — mostra que a velocidade e a magnitude da virada para uma postura negativa com o dólar não só são significativas, como as mais extremas já vistas. Isso evidencia a mudança no sentimento de mercado, indicando que os investidores estão revisando rapidamente pressupostos de longa data sobre o papel do dólar como ativo de proteção e reserva de valor.

O movimento desta sexta-feira encerra mais uma semana volátil nos mercados globais, enquanto a política comercial em constante mudança do presidente Donald Trump deixa investidores sem clareza sobre os próximos passos. O dólar registrou na quinta-feira sua maior queda em mais de dois anos, diante da crescente expectativa de que o Federal Reserve terá de cortar os juros para compensar o impacto contracionista das tarifas americanas.

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Outros ativos dos EUA também sofreram. O índice S&P 500 caiu 3,5% na quinta-feira, e os títulos do Tesouro de longo prazo recuaram. Os contratos de swaps indexados à taxa overnight já precificam um corte de 96 pontos-base nos juros do Fed neste ano.

Busca por ativos seguros

A demanda por ativos de proteção disparou com a fuga para qualidade. O iene avançou 1,6% e chegou a 142,18 por dólar nesta sexta-feira, o nível mais forte desde setembro.

O franco suíço subiu até 0,8113 por dólar, patamar não visto desde o início de 2015, enquanto o ouro renovou máxima histórica. O euro atingiu US$ 1,1473, o maior valor desde fevereiro de 2022. O movimento reflete uma dinâmica emergente de busca por proteção, impulsionada também pela suspensão histórica do teto de dívida da Alemanha no mês passado.

O rápido agravamento das perspectivas para a economia americana contrasta com as expectativas anteriores de que o retorno de Trump à Casa Branca traria corte de impostos, aceleração do crescimento e fortalecimento do dólar.

Agora, investidores observam a resposta de Pequim, após a Casa Branca esclarecer que as tarifas americanas sobre produtos chineses subiram para 145%. Há também incerteza sobre os desdobramentos após o fim da pausa de 90 dias para novos aumentos tarifários sobre dezenas de outros países.

“Salvo algum desfecho iminente, o mercado tende a continuar no caminho de menor resistência — a saída do dólar”, disse Rodrigo Catril, estrategista do National Australia Bank em Sydney.

“O discurso de abandono dos ativos americanos e venda de dólar deve continuar enquanto as tensões comerciais permanecerem elevadas.”

O êxodo dos ativos dos EUA está se tornando um divisor de águas para a volatilidade cambial. O custo para proteger operações contra oscilações nas principais taxas de câmbio está subindo, com a volatilidade do euro no maior nível desde 2020 e a do franco suíço nas máximas desde 2016.

©2025 Bloomberg L.P.

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REFLEXÃO: Eddy Elfenbein, dono do site Crossing Wall Street: Seja paciente e ignore modismos. Foque no valor e não entre em pânico.

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