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palavras-chave: É o fim do crescimento do EAD? As tendências para educacionais na B3, segundo Censo; invistaja.info;
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Mais uma importante indicação sobre as tendências para o setor de educação foi dada com a divulgação do Censo do ensino superior de 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e Inep.
O censo mostrou que a matrícula em educação a distância (EAD) desacelerou acentuadamente, crescendo 6% (contra 25% em 2022), enquanto a matrícula presencial (OC, ou on campus) ficou estável (versus 18% em 2022, devido à pandemia).
Já a demanda por cursos de medicina caiu, enquanto a oferta continuou a crescer. O número de candidatos (não únicos) caiu 12% em 2023, após um crescimento inesperado em 2022. O número de novas vagas, por sua vez, cresceu 9% (+3,1 mil vagas), fazendo com que a relação candidatos/vaga caísse para 7,3 (de 9,0 em 2022). A taxa de ocupação também caiu ligeiramente, para 95% (vs. 98% em 2022).
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A XP destaca que, enquanto os cursos presenciais devem ter atingido uma estabilidade, a desaceleração do crescimento do EAD chama a atenção, enquanto a regulamentação do MEC pode prejudicar o crescimento de curto prazo no futuro.
Na visão dos analistas da XP Rafael Barros e Raphael Elage, que assinam o relatório, o setor persistiu com seu processo de redução de tamanho, embora em ritmo reduzido, já que a base de alunos privados no campus caiu 1% na base anual (versus -4% na base anual em 2022). Por outro lado, a captação no campus aumentou 4% ano a ano (versus +19% em 2022), o que é um aumento tímido, embora seja o segundo ano de números positivos após um longo período de quedas anuais.
A base de ensino digital privada cresceu 14% ano a ano, totalizando 4,7 milhões de alunos em 2023, após o aumento de 11% nos volumes de captação. Apesar do desempenho positivo, observa (i) a desaceleração do crescimento que vem ocorrendo gradualmente nos últimos anos e (ii) que o Ministério da Educação publicou um ato regulatório suspendendo a abertura de polos, cursos e vagas digitais até 10 de março de 2025, ao mesmo tempo em que determinou que estabelecerá um novo marco regulatório e de avaliação de qualidade para o segmento. “Destacamos a queda de 76% para 74% na participação de mercado agregada dos grandes grupos no segmento de ensino digital, indicando que concorrentes menores podem ter ganhado participação no ano”, aponta.
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A XP tem uma visão cautelosamente positiva em relação às ações dentro de sua cobertura de educação, motivada por nossa expectativa de que os resultados devem acelerar no curto prazo e pelo valuation barato – o que proporciona uma margem confortável de segurança, mesmo no caso de uma revisão para baixo dos lucros de todo o setor por parte dos participantes do mercado.
O Bradesco BBI, por sua vez, vê os dados gerais de 2023 como negativos. A acentuada desaceleração na matrícula em EAD reforça a preocupação do banco em relação ao crescimento futuro, dado o fraco desempenho das empresas listadas em 2024 (+4% ou -7% se considerarmos a matrícula efetiva da Vitru VTRU3 em vez da pro forma) e o potencial impacto negativo das mudanças regulatórias que estão por vir.
A deterioração na medicina não foi uma grande surpresa, mas também levanta preocupações sobre a sustentabilidade da lucratividade, aponta o banco.
“Acreditamos que os riscos aumentarão, dado o forte crescimento das novas vagas esperado para os próximos anos (35-45% relacionado ao Mais Médicos, processos judiciais e expansões de cursos existentes)”, complementa. A visão é compartilhada pela XP, que reforça que a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os processos administrativos das faculdades de medicina e o programa Mais Médicos III devem aumentar ainda mais a oferta de vagas e potencialmente reduzir os retornos financeiros.
No geral, o BBI tem uma perspectiva positiva para 2025 para as empresas listadas, considerando os aumentos de preços para novos alunos, pelo menos em linha com a inflação.
O JPMorgan mantém preferência no ensino superior, nesta ordem: Ser Educacional (SEER3), Anima (ANIM3), Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), todos com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra). Para Afya, a recomendação é neutra.
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REFLEXÃO: Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz: Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito.
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