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Eletrobras em foco após derrocada de ADRs; Cielo inicia temporada de balanço, BB revisa política de remuneração a acionistas e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta terça-feira (26)

Brasil | invistaja –

SÃO PAULO – A Eletrobras concentra as atenções do mercado na sessão desta terça-feira (26), após segunda-feira em que a B3 ficou fechada

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Os ADRs (American Depositary Receipts) fecharam em queda de quase 12% na véspera depois do anúncio da saída de Wilson Ferreira Jr da companhia.

Ainda em destaque, na segunda-feira, a Oi informou  que recebeu no último dia 22 propostas vinculantes de terceiros para a aquisição parcial da unidade da operadora de telecomunicações que reúne ativos de fibra óptica (InfraCo). Recomendações, prospecto preliminar do IPO da CSN Mineração também são destaque.

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Ainda no radar, a credenciadora de cartões Cielo inicia a temporada de resultados do 4º trimestre de 2020 nesta terça, após o fechamento do mercado.

Eletrobras (;)

Após o pedido de demissão de Wilson Ferreira Júnior do comando da Eletrobras, a área econômica do governo busca um executivo que acredite no projeto de privatização da economia. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o mundo político, no entanto, aposta no nome do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que deixaria a pasta para dar lugar ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), que é contrário à venda da estatal.

Segundo o jornal O Globo, a saída de Ferreira Júnior é vista como sinal de que o processo de privatização da empresa saiu de cena. De acordo com O Globo, partidos do centrão e siglas como MDB e DEM tentam emplacar o novo nome à frente da Eletrobrás. Segundo este jornal, no Ministério de Minas e Energia, o nome do militar Rui Flaks Schneider, que preside o conselho da estatal atualmente, é citado como opção.

Ontem, Wilson Ferreira Júnior disse que a estatal conta com profissionais com capacidade de substituí-lo após março. Além disso, o conselho de administração da empresa pretende avaliar outros profissionais no mercado, por meio da contratação de uma consultoria de headhunter.

Caso não seja encontrado um substituto, uma das opções seria o cargo ser ocupado pela diretora Financeira da companhia, Elvira Presta, que substituiu Ferreira Júnior em seu período de férias. Ele disse ainda que não vê a possibilidade de o presidente do conselho de administração, Ruy Schneider, assumir a presidência da petrolífera estatal.

Questionado se há conflito de interesse ao se manter no conselho da Eletrobras e, ao mesmo tempo, presidir a BR Distribuidora, Ferreira Júnior respondeu que não, com o argumento de que as duas empresas têm focos de atuação diferentes, embora as duas integrem o setor de energia.

BR Distribuidora ()

A BR Distribuidora anunciou que o CEO Rafael Grisolia deixará a empresa. Wilson Ferreira Júnior foi convidado pela junta diretora para comandar a BR Distribuidora abre espaço para a saída definitiva da Petrobras do capital da empresa, afirma o Valor. O executivo tem quase 30 anos de experiência no setor de energia.

Na avaliação do Bradesco BBI, Grisolia foi um nome central na oferta pública inicial de ações da empresa em 2017, sendo capaz de estabelecer planos claros para garantir a eficiência da BR Distribuidora. A chegada de Ferreira pode auxiliar na obtenção de novas eficiências das empresas, e repensar o espaço da BR no espaço de energia brasileiro, reinventando-a como empresa.

O Credit Suisse afirma que o convite da BR Distribuidora a Ferreira é positivo. O banco diz que Ferreira tem uma forte reputação, e assumirá a BR depois de a empresa ter realizado uma mudança de sucesso.

O Morgan Stanley avalia a chegada de Ferreira como uma evolução positiva. O banco afirma que Ferreira poderá implementar a integração entre varejo e conveniência, e a chegada ao negócio de gás natural e energia, possivelmente repensando a possibilidade de a BR Distribuidora se integrar a uma reinaria.

Na avaliação do Morgan Stanley, Ferreira foi importante para o compliance e a governança corporativa da Eletrobras, alinhando a estratégia da holding com a de suas subsidiárias. Também demonstrou disciplina financeira, com a venda de subsidiárias de distribuição. E melhorou a eficiência da empresa, incentivando a aposentadoria e o desligamento de funcionários.

O Morgan Stanley afirma que o consumo de combustíveis está se recuperando mais rápido do que o esperado, e o histórico de reformas da BR a coloca em posição para aumentar sua lucratividade, e potencialmente alocar capital em negócios complementares nos setores de energia e distribuição.

O banco mantém avaliação de overweight (perspectiva de valorização acima da média do mercado), e preço-alvo de R$ 32, frente os R$ 20,90 negociados na sexta-feira (22).

Magazine Luiza () e Netshoes

Controlada pelo Magazine Luiza, a Netshoes fechou um acordo no fim de 2020 para encerrar uma ação coletiva nos Estados Unidos em que era acusada por ex-acionistas de fazer declarações falsas e omitir informações no prospecto de sua oferta pública inicial de ações em 2017. Para encerrar o prazo, a empresa aceitou pagar US$ 8 milhões (cerca de R$ 44 milhões). Esse valor equivale a 9% dos R$ 453,2 milhões pagos pelo Magazine Luiza para comprar a Netshoes, em 2019.

Oi (;)

A Oi informou na segunda-feira que recebeu no último dia 22 propostas vinculantes de terceiros para a aquisição parcial da unidade da operadora de telecomunicações que reúne ativos de fibra óptica (InfraCo).

De acordo com a empresa, todas as ofertas foram acima do valor mínimo definido no aditamento do plano de recuperação em que a Oi se encontra, e que prevê a alienação parcial da InfraCo.

“As propostas recebidas estão sob análise da companhia, que poderá se engajar em tratativas com o ofertante da melhor proposta, em regime de exclusividade, com o objetivo de negociar os instrumentos finais que serão divulgados no processo competitivo, por meio do respectivo Edital a ser oportunamente publicado”, afirmou a Oi em fato relevante.

Banco do Brasil ()

O conselho de administração do Banco do Brasil aprovou a revisão de sua política de remuneração aos acionistas e estabeleceu o percentual de 40% do lucro líquido a ser distribuído referente ao exercício de 2021 via dividendos e/ou juros sobre o capital próprio (JCP).

O percentual representa um aumento frente ao payout de 35,29% aprovado para o exercício de 2020, conforme fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira.

O Banco do Brasil ainda comunicou na segunda-feira que não há decisão materializando qualquer negociação envolvendo o segmento de gestão de recursos, a BB DTVM, no âmbito da governança do banco.

No entanto, o BB disse que continua “estudando alternativas e avaliando oportunidades que contribuam com sua estratégia de atuação na atividade de gestão de recursos de terceiros e, ainda, agreguem valor para seus clientes e acionistas”.

Na última sexta-feira, a Reuters noticiou, citando fontes, que o BB retomou o processo de venda da BB DTVM e que o banco espera a entrega de ofertas vinculantes no próximo mês.

O processo de venda da gestora teve início em 2019, sob o comando do ex-presidente Rubem Novaes, mas foi interrompido em fevereiro passado, após o BB considerar as propostas entregues muito baixas, disse à Reuters uma fonte a par do assunto.

Light ()

A elétrica Light informou nesta sexta-feira que o fundo de investimentos Samambaia Master ampliou sua participação na companhia, passando a deter cerca de 74,5 milhões de ações ordinárias, que equivalem a 20,01% do capital social. Antes, o fundo gerido por Ronaldo Cezar Coelho possuía uma fatia total de 17,53%, segundo informações do site da companhia.

A Light anunciou na quarta-feira a conclusão de uma oferta de ações que movimentou R$ 2,7 bilhões. Na operação, a estatal mineira Cemig (CMIG4) aproveitou para alienar sua participação de 22,6% na empresa.

“Conforme a correspondência enviada pelo fundo, sua participação acionária detida tem por objetivo o investimento na companhia sem a intenção de alterar a sua composição de controle ou estrutura administrativa e não visa atingir nenhum percentual de posição acionária em particular”, disse a Light em comunicado.

A empresa acrescentou que “não foram celebrados contratos regulando o exercício de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia”.

CSN ()

A CSN divulgou na sexta-feira prospecto preliminar para a aguardada oferta inicial de ações (IPO) de sua unidade de mineração, com faixa indicativa de preço de R$ 8,50 a R$ 11,35 por papel.

A oferta da CSN Mineração, que será listada sob o código “CMIN3”, compreenderá distribuições primária de 161,2 milhões de ações e secundária de, inicialmente, 372,75 milhões de papéis – com CSN, Japão Brasil e a sul-coreana Posco como acionistas vendedores. Os lotes de ações colocados à venda por cada acionista são 327,6 milhões, 37,6 milhões e 7,56 milhões, respectivamente.

Ômega Geração ()

A Omega Geração anunciou na sexta-feira oferta de ações com distribuição secundária de 24.479.998 papéis, que espera precificar no próximo dia 28. Considerando preço de fechamento do dia 22, de R$ 41,75, o follow-on, que tem o Itaú BBA como coordenador, pode movimentar R$ 1,022 bilhão.

A oferta terá como acionista vendedor o fundo de investimento em participações Bolt, administrado por Santander Caceis Brasil Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. e gerido por Tarpon Gestora de Recursos S.A..

Cosan ()

Acionistas da Cosan e das empresas Cosan Logística e Cosan Limited, do mesmo grupo, aprovaram em assembleias proposta de reorganização societária, disse comunicado na sexta-feira. Pela operação, a chamada Cosan Log e a Cosan Limited foram incorporadas pela Cosan.

A consumação da incorporação da Cosan Log perante a B3 é prevista para 5 de março. Acionistas da empresa receberão papéis da Cosan de acordo com relação de troca definida para os papéis.

Os donos de ações classe A da Cosan Limited receberão ADSs da Cosan, enquanto os que têm papéis classe B receberão ações da Cosan nos termos de troca da incorporação, segundo o comunicado.

A Cosan divulgará um aviso aos acionistas com informações sobre o exercício de direito de retirada em relação à operação, com prazo até 23 de fevereiro para exercício de tal direito.

Recomendações para Aeris (), Neogrid () e bancos

No radar de recomendações, a XP iniciou a cobertura para as ações da Aeris com recomendação de compra e preço-alvo de R$15,0/ação, implicando um potencial de valorização de 21% para as ações em relação ao último fechamento.  Como um dos principais fabricantes independentes de pás para turbinas eólicas no mundo, os analistas avaliam que a Aeris combina fortes fundamentos setoriais, beneficiando-se do aumento contínuo da participação da energia eólica dentro da matriz global, sólido posicionamento da companhia e valuation atrativo em termos relativos.

Já o Credit Suisse iniciou cobertura para os papéis da Neogrid com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 14.

Os analistas do Bradesco BBI cortaram para neutra a recomendação de papéis de Itaú Unibanco () e Santander Brasil (), bem como seus respectivos preços-alvo para R$ 33 (de R$ 37 antes) e R$ 44 (de R$ 47 antes).

Banco do Brasil, que já tinha recomendação ‘neutra’, teve preço-alvo reduzido de R$ 47 para R$ 44. “O recente rali do preço das ações, o espaço limitado para revisões adicionais de lucros pelo mercado, em nossa opinião, e ´valuations´ em níveis razoáveis nos fazem voltar a uma opinião mais cautelosa no setor”, afirmaram em relatório a clientes.

No caso de Itaú, eles citam verem o preço refletindo melhor lucratividade e modesto crescimento à frente. Em relação ao Santander, avaliam que a execução de primeira linha já está embutida no preço. BB, na visão dos analistas, oferece um upside potencial atrativo, mas incertezas e riscos de execução continuam pesando nos papéis do banco, único de controle estatal entre os três.

“No espaço financeiro, empresas de mercado de capital (B3 por exemplo) são nossas escolhas preferidas. Entre os bancos, nós classificamos nossa preferência na seguinte ordem: Banco do Brasil, Itaú e Santander Brasil.” No último trimestre de 2020, as preferenciais do Itaú subiram 41%, as ações ON do BB avançaram 32% e as units do Santander Brasil valorizaram-se 62%. Neste ano, esses papéis acumulavam perdas de 7%, 13% e 9%, respectivamente.

(Com Reuters e Agência Estado)

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