Publicidade

Empresas projetam perdas bilionárias com decisão do STF sobre impostos

Por alterar julgamentos definitivos na Corte, o tema foi visto pelo mercado como fonte de insegurança jurídica

Informação para o trader investidor

Edição MarketMsg e invistaja.info

palavras-chave: Empresas projetam perdas bilionárias com decisão do STF sobre impostos; invistaja.info;


IGUA3 | EV/EBIT: 14.8 | Liq.2meses: 0.0 | PSR: 0.568 | Liq.Corr.: 0.34 | Mrg.Ebit: 0.0691 | Cotacao: 8.15

ListenToMarket: Empresas projetam perdas bilionárias com decisão do STF sobre impostos – Áudio gerado às: 16:10:37

VELOCIDADE: 1.0x | 1.95x | 2.3x

Empresas de vários setores começaram a fazer as contas sobre os prejuízos que terão com uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal. Na quarta-feira, o STF estabeleceu que sentenças antes consideradas definitivas em disputas sobre o pagamento de impostos podem ser alteradas.

Ou seja, uma empresa pode ter levado anos brigando com o governo na Justiça, ter ganhado em todas as instâncias e, ainda assim, não ter a segurança de que o problema terá sido superado. Se houver mudança na lei, a sentença favorável à empresa poderá ser revista e ela terá de fazer pagamentos retroativos referentes ao período em que ainda discutia com o governo na Justiça.

O julgamento discutiu especificamente a manutenção de sentenças que livraram empresas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Só nesse caso, advogados ouvidos pelo Estadão/Broadcast afirmam que a mudança terá impacto direto em pelo menos 30 grandes grupos.

+Três maiores bancos fecham 2022 com lucro de R$ 64,3 bi

A lista inclui nomes como Embraer, Pão de Açúcar (GPA), BMG, Zurich Seguros, Banco de Brasília (BRB), Holding Alfa, Samarco, Magnesita, Grupo Ale Combustíveis e Kaiser. Na Embraer, o impacto estimado é de, no mínimo, R$ 1,16 bilhão por ano, segundo especialistas do setor. O cálculo tem como base o último balanço trimestral da empresa.

Em comunicado ao mercado, a Embraer afirmou que não antecipa impactos financeiros relevantes para a Companhia com relação à CSLL em razão da referida decisão do STF, seja em sua posição de caixa ou nos resultados do exercício. ”A Companhia efetua regularmente a apuração e recolhimento da CSLL e informa que não possui processos em andamento ou decisão final transitada em julgado no sentido de não recolher este tributo. Consequentemente, a Embraer esclarece que não espera qualquer impacto na apuração e recolhimento da CSLL”, escreveu Antonio Carlos Garcia, vice-presidente executivo financeiro e relações com investidores da companhia.

Outros impactos

A decisão do STF, porém, deve ir além dessa causa. Afeta também decisões vinculadas a outros tributos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na revenda de mercadorias importadas, a contribuição patronal sobre o terço de férias e a exigência de Cofins para as sociedades uniprofissionais.

hotWords: bilionárias perdas sobre decisão

Entre em contato para anunciar no invistaja.info

Ainda há dúvidas quanto ao período em que o imposto poderá ser cobrado. Alguns especialistas entendem que pode valer desde junho de 2007 – data de julgamento no próprio STF que considerou o CSLL constitucional. Outros defendem que a cobrança seja retroativa somente por cinco anos. A expectativa é de que isso seja esclarecido com a publicação do acórdão do processo. A certeza, até agora, é de que a cobrança começará em 90 dias ou no próximo ano fiscal, a depender do imposto.

Insegurança

Por alterar julgamentos definitivos na Corte, o tema foi visto pelo mercado como fonte de insegurança jurídica. “Há evidente violação ao princípio da segurança jurídica, pois trata-se da primeira vez que o STF se manifestou sobre o tema, impedindo que os contribuintes que tinham decisões transitadas em julgado pudessem se organizar para esse novo cenário”, afirmou o advogado Thales Stucky, sócio da área tributária do Trench Rossi Watanabe.

O argumento usado pelos ministros do Supremo foi de que a isenção dada anteriormente a algumas empresas afetou a lealdade concorrencial: as companhias de um mesmo setor estariam concorrendo de forma desleal, já que uma seria isenta de determinado imposto por uma decisão judicial, enquanto outra, não.

Sobre o assunto, o BRB disse que ainda está avaliando os impactos da decisão. A Samarco disse que não vai comentar. A RHI Magnesita informou não ter tempo hábil para fazer as avaliações necessárias. A ALE Combustíveis disse que “não comenta decisões judiciais e ressalta que segue a legislação brasileira”. A Braskem disse que não será afetada pela decisão do STF por pagar CSLL desde 2007.

BMG, Zurich Seguros, Holding Alfa, Samarco e Magnetisa não deram resposta.

(Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

GLEBA PALHANO | negocios | invistaja.info – Empresas projetam perdas bilionárias com decisão do STF sobre impostos

REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

Tópicos mais acessados:

Três maiores bancos fecham 2022 com lucro de R$ 64,3 bi

Depois de Americanas, Grupo Raiola, de alimentos, e Grupo DOK, de calçados, entram com pedido de recuperação judicial

Na contramão, Nintendo promete aumento salarial de 10%, mesmo com perspectiva de lucro menor

A difícil convivência dos europeus com a inflação alta

Seja anunciante no invistaja.info

Resumo do mercado

Assine grátis nossa newsletter semanal

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

Newsletter invistaja: receba um resumo semanal dos principais movimentos do mercado

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

plugins premium WordPress