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ListenToMarket: EUA e China negociam em Londres; mudanças no decreto do IOF, Focus e outros destaques – Áudio gerado às: 7:13:20
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O mercado financeiro estará atento nesta segunda-feira (9) à reunião entre representantes comerciais dos Estados Unidos e China, em Londres, com o objetivo de aliviar as tensões sobre minerais de terras raras e tecnologia avançada. O encontro acontece após um telefonema na semana passada entre os líderes Donald Trump e Xi Jinping. Ambos os lados se acusam mutuamente de descumprir um acordo firmado em Genebra, em maio, quando concordaram em reduzir — pelo menos temporariamente — tarifas que haviam ultrapassado 100%.
A Conferência Mundial de Desenvolvedores da Apple de 2025 terá início hoje, em Cupertino, Califórnia, oferecendo a desenvolvedores e usuários uma prévia das novidades e mudanças nos produtos de software da empresa para o próximo ano. Na edição do ano passado, a fabricante do Iphone apresentou sua plataforma de inteligência artificial, Apple Intelligence. Embora tenha impressionado com algumas demonstrações tecnológicas, a empresa não conseguiu cumprir todas as promessas ambiciosas feitas na ocasião.
No Brasil, invesitores aguardam a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central do Brasil, que traz as projeções semanais do mercado para indicadores econômicos como inflação (IPCA), taxa de juros (Selic), PIB, câmbio e outros.
+Empresários franceses prometem investir R$ 100 bilhões no Brasil nos próximos 5 anos
O que vai mexer com o mercado nesta segunda
Agenda
Às 06h45, o presidente Lula participa da sessão solene por ocasião da assinatura da Declaração de Intenções entre o Brasil e a Interpol, na sede da Interpol. Às 08h (horário de Brasília), parte para a Ilha do Sal, no Aeroporto de Lyon-Saint Exupéry, chegando às 11h15 (horário de Brasília) no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral. Às 12h45, parte da Ilha do Sal com destino a Brasília, onde deve chegar às 20h30.
Gabriel Galípolo, presidente do BC, terá uma reunião fechada à imprensa às 10h com Nigel Clarke, subdiretor do FMI, Gilda Cabauatan Fernandez, assessora, Ana Corbacho, vice-diretora, e Golda K. Lee Bruce, oficial de comunicação. À tarde, das 12h00 às 13h00, participará de uma audiência por videoconferência com Emmanuel Kamarianakis, embaixador do Canadá no Brasil, e Jo Taylor, C&O do Ontario Teacher’s Pension Plan. Das 14h40 às 17h00, Galípolo fará uma visita ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo.
Brasil
8h25 – Focus (semanal)
EUA
11h – Estoques no atacado
INTERNACIONAL
Encontro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta que representantes comerciais dos EUA e da China se reunirão em Londres na próxima segunda-feira (9). A delegação norte-americana será composta por Scott Bessent, Howard Lutnick e Jamieson Greer. Trump afirmou na Truth Social que espera uma reunião bem-sucedida. Na véspera, ele conversou por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre as negociações. O conselheiro da Casa Branca, Peter Navarro, já havia indicado que o encontro ocorreria dentro de uma semana. A reunião faz parte dos esforços para avançar no acordo comercial entre os dois países.
Investimento
Empresas francesas planejam investir cerca de R$ 100 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos, segundo Jorge Viana, presidente da ApexBrasil. O anúncio foi feito durante o Fórum Econômico Brasil-França, em Paris, com a presença do presidente Lula. Jean-Pierre Clamadieu, da Engie, apresentou o consolidado. Hoje, 1.300 empresas francesas atuam no Brasil, gerando 500 mil empregos. O comércio bilateral gira em torno de US$ 10 bilhões. A expectativa é ampliar os laços econômicos entre os dois países.
ECONOMIA
IOF
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Após reunião com líderes da Congresso na noite deste domingo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma série de medidas que devem servir de alternativa à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, o governo vai editar uma Medida Provisória (MP) que aumenta a tributação do faturamento de empresas que exploram jogos online, as chamadas bets, de 12% para 18%, além da cobrança de títulos de renda fixa que hoje são isentos de impostos. Com isso, o governo vai recalibrar as alíquotas do IOF.
O ministro afirmou que detalhará as medidas anunciadas nesta segunda-feira e que ainda não há uma estimativa de quanto será arrecadado com elas.
Poupança
A caderneta de poupança voltou a registrar saldo positivo em maio, com captação líquida de R$ 336,868 milhões, segundo o Banco Central. Foi o primeiro resultado positivo após quatro meses seguidos de saques. No ano, porém, o saldo ainda é negativo em R$ 51,773 bilhões. O SBPE teve nova retirada líquida, enquanto a poupança rural registrou entrada de R$ 465,515 milhões. A remuneração da poupança segue em 0,5% ao mês mais TR, válida enquanto a Selic estiver acima de 8,5% ao ano.
Queda
Os preços das matérias-primas brutas como milho, soja e café caíram 2,86% em maio, ampliando o recuo de 0,34% em abril, segundo o IGP-DI da FGV. Esse movimento ajudou a puxar o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) para -1,38%, indicando alívio na inflação na origem da cadeia produtiva. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,34%, desacelerando frente aos 0,52% de abril.
POLÍTICA
Revisão da vida toda
O ministro Alexandre de Moraes votou para encerrar a discussão sobre a “revisão da vida toda” do INSS, seguindo a decisão do STF que considerou a tese inconstitucional. Apesar de pessoalmente discordar, Moraes determinou que os processos suspensos sejam retomados com base no novo entendimento. O voto dele também propõe que aposentados que já receberam valores até abril de 2025 não precisem devolver os recursos ao INSS. A medida isenta ainda os segurados de pagar honorários ou perícias. O julgamento segue no plenário virtual até 13 de junho.
Reunião
O líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA), afirmou que o partido discutirá com o governo ajustes em benefícios sociais para evitar o aumento do IOF. Ele defende alinhar o crescimento do orçamento da saúde e educação ao novo arcabouço fiscal e controlar a expansão do BPC (Benefício de Prestação Continuada), preservando os direitos dos beneficiários. Também sugeriu usar receitas extras do petróleo e dividendos do BNDES como alternativas. Pedro Lucas disse que as propostas ainda serão debatidas em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que não há acordo fechado até o momento. O governo considera ainda rever o ritmo de crescimento do Fundeb e cortar benefícios tributários para compensar.
Réu
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a São Paulo na sexta (6) para se preparar para o depoimento no STF, marcado para esta semana. Ele ficará no Palácio dos Bandeirantes, hospedado a convite do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Antes, participou de evento do PL Mulher em Brasília, onde pediu que apoiadores acompanhem a transmissão ao vivo. Bolsonaro prometeu “falar a verdade” e disse que não vai “lacrar”. Réu por liderar a trama golpista, é acusado de tentar impedir a posse de Lula. A pena pode ultrapassar 40 anos.
Unanimidade
Por unanimidade, a Primeira Turma do STF rejeitou todos os apelos da defesa e manteve na sexta-feira (6) a condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti pelo ataque ao sistema do CNJ. A pena de Zambelli é de 10 anos de prisão em regime fechado e multa de R$ 2,1 milhões, além de indenização solidária de R$ 2 milhões com o hacker. Após a sentença, a deputada deixou o país, teve prisão preventiva decretada e foi incluída na lista vermelha da Interpol. A defesa alega cerceamento. O ataque incluiu falsos mandados contra o ministro Alexandre de Moraes, que chamou as provas de “irrefutáveis”.
Posicionamento
A Mesa Diretora da Câmara ainda discute o posicionamento sobre a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A oposição pressiona o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para que o caso vá ao plenário, mas a Casa afirma não ter sido notificada da prisão preventiva. Motta declarou que seguirá o rito: análise na Comissão de Constituição e Justiça e depois no plenário. Há dúvidas internas sobre a necessidade de autorização, já que Zambelli está de licença, mas a advocacia entende que a prisão precisa ser referendada.
(Com Reuters e Estadão)
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