Informação para o trader investidor
Edição MarketMsg e invistaja.info
palavras-chave: EUA e China retomam negociações tarifárias; Focus, relatório da Dívida Pública e mais; invistaja.info;
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O apetite por risco aumenta nesta segunda-feira (28) após Donald Trump anunciar na véspera um acordo comercial com a União Europeia, que estabelece uma tarifa de 15% sobre as exportações do bloco e compromissos europeus de compras de energia e equipamentos militares dos Estados Unidos. Agora, as atenções se voltam para as negociações com a China em Estocolmo, que, segundo reportagens, deve anunciar uma extensão da trégua tarifária por 90 dias, enquanto o Brasil permanece sem avanços definidos.
A semana será marcada pelas decisões de juros do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira (30), com expectativa de manutenção das taxas de juros. O mercado ainda acompanha a divulgação de dados de inflação e do mercados de trabalhos nos EUA e os balanços de gigantes da tecnologia, como Amazon, Apple, Meta e Microsoft.
O Brasil divulga às 8h25 o Boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC) que reúne projeções do mercado financeiro para variáveis econômicas, como inflação, Produto Interno Bruto (PIB), taxa de juros e câmbio. O documento serve como termômetro das expectativas dos agentes econômicos e ajuda a orientar decisões do BC. Além disso, investidores acompanham o relatório da Dívida pública de junho e dados da balança comercial semanal.
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No campo corporativo, após o fechamento do mercado, a Telefônica Brasil (VIVT3), controladora da Vivo, divulgará seus resultados do segundo trimestre. O Itaú BBA projeta crescimento de 10% no Ebitda (lucro operacional) trimestral, impulsionado pelo reajuste nos preços dos planos pós-pagos realizados ao longo do período. Durante a semana, outras empresas de grande porte, como Vale (VALE3), Bradesco (BBDC4) e Ambev (ABEV3), também divulgarão seus resultados.
O que vai mexer com o mercado nesta segunda
Agenda
O presidente Lula inicia o dia às 11h00 participando da cerimônia de inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Às 13h15, ele parte do Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos dos Goytacazes (RJ), com destino a Brasília, onde chega às 14h50 na Base Aérea local. Às 16h00, Lula participa da sanção e regulamentação do Projeto de Lei Complementar nº 167/2024, que institui o Programa Acredita Exportação.
Brasil
8h25 – Boletim Focus8h30 – Juros14h30 – Dívida pública15 – Balança comercial
INTERNACIONAL
Prorrogação da trégua
Pequim e Washington deverão estender sua trégua tarifária por mais meses durante as negociações comerciais em Estocolmo a partir de segunda-feira, informou o jornal South China Morning Post (SCMP) neste domingo, citando pessoas familiarizadas com o assunto. Durante um período de 90 dias, os EUA e a China concordaram em não introduzir novas tarifas ou tomar outras medidas que possam intensificar a escalada da guerra comercial, disse a reportagem.
EUA e UE
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fechou um acordo com a União Europeia e passará a cobrar 15% de tarifa sobre as exportações do bloco europeu, além de compras significativas de energia e equipamentos militares norte-americanos por parte do bloco europeu. O acordo foi anunciado após reunião com a presidente da comissão europeia Ursula von der Leyen neste domingo, 27. O acordo também prevê investimentos de US$ 600 bilhões da União Europeia nos EUA, disse ele a jornalistas.
Declaração de emergência
O governo Trump prepara uma nova declaração de emergência para justificar a tarifa de 50% contra o Brasil, medida prevista para 1º de agosto. A iniciativa busca respaldo legal diante do fato de que o Brasil tem déficit, e não superávit, com os EUA. O Escritório de Comércio americano (USTR) confirmou os planos em reuniões com o Congresso. A tarifa seria uma retaliação à investigação sobre Jair Bolsonaro, aliado de Trump. Após a notícia, o dólar subiu e senadores democratas criticaram a manobra como abuso de poder.
Negociações travadas
O Brasil tenta evitar a tarifa de 50% anunciada por Trump. As negociações com os EUA estão travadas, enquanto empresas americanas evitam confrontar o ex-presidente. A medida, vista por Lula como “chantagem”, pode cortar 100 mil empregos e reduzir o PIB em 0,2%. Setores como agricultura e indústria já sofrem perdas e cancelamentos. Algumas companhias buscam alternativas logísticas ou recorrem à Justiça.
Induzido
O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (25) que Donald Trump foi “induzido a acreditar numa mentira” ao impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo Lula, o presidente dos EUA foi mal informado sobre o julgamento de Jair Bolsonaro e poderia ter evitado a decisão se tivesse buscado diálogo. O petista acusou opositores de atuarem contra o país ao pedir sanções aos EUA. Lula também reforçou que o Brasil está aberto a negociar e destacou o vice-presidente Geraldo Alckmin como principal interlocutor com Washington.
Abuso de poder
Onze senadores democratas dos Estados Unidos enviaram uma carta ao presidente Donald Trump criticando a tarifa de 50% imposta às importações do Brasil. No documento, os parlamentares afirmam que a medida representa um “claro abuso de poder” e acusam o republicano de tentar interferir em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político.
Segundo os senadores, a ameaça de uma guerra comercial com o Brasil pode aumentar os custos para as famílias americanas, prejudicar 130 mil empregos nos EUA e aproximar o Brasil da China. Eles alertam ainda que a tentativa de influenciar um processo judicial estrangeiro “mina a influência dos EUA” e cria um precedente perigoso.
Agressão chocante
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A ofensiva de Trump contra o Brasil pode estar fortalecendo Lula, segundo a revista The Economist. A publicação classificou a tarifa de 50% como “agressão chocante” e disse que o ataque político saiu pela culatra. O gesto provocou reação nacional, inclusive entre conservadores, e recuperou a aprovação do presidente. A revista afirmou que os efeitos econômicos podem atingir o agronegócio e redutos bolsonaristas. Até a Confederação da Agricultura criticou o caráter político das medidas.
Sanções
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que os presidentes do Senado e da Câmara podem sofrer sanções dos EUA. Segundo ele, Davi Alcolumbre e Hugo Motta estão sob risco de ter vistos suspensos. As medidas dependeriam da condução do impeachment de Alexandre de Moraes e da lei da anistia. Eduardo mencionou ainda a possível aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes.
ECONOMIA
Acredita Exportação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai sancionar nesta segunda-feira (28), o projeto de lei que cria o programa “Acredita Exportação”. A iniciativa do governo federal tem foco na atuação das micro e pequenas empresas no mercado internacional. O texto foi aprovado pelo Congresso no começo de julho. Conforme consta no texto, o Acredita Exportação vai restituir o porcentual de 3% das receitas de vendas ao exterior realizadas por micro e pequenas empresas, valor correspondente à parcela dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva.
Conta de luz
A Aneel acionou a bandeira vermelha patamar 2 para agosto, elevando a conta de luz em R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. A decisão reflete a baixa geração hídrica e maior uso de termelétricas, mais caras. O custo extra será parcialmente compensado pelo “Bônus de Itaipu”, que destinará R$ 883 milhões aos consumidores. A medida afeta especialmente residências e áreas rurais. O sistema de bandeiras tarifárias existe desde 2015.
Até novembro
Aposentados e pensionistas do INSS que tiveram descontos indevidos em seus benefícios podem aderir ao acordo de ressarcimento até 14 de novembro, inclusive presencialmente nos Correios. Mais de 2,5 milhões de atendimentos já foram realizados, e os pagamentos começaram na quinta-feira (24). As agências disponibilizaram guichês e senhas exclusivas para o atendimento. Para receber, basta levar documento com foto.
Crédito consignado
A contratação do crédito consignado do INSS caiu 67% entre abril e junho após a exigência de biometria para liberação do empréstimo, implantada em maio, segundo a Associação Brasileira de Bancos. A medida, adotada após fraudes, limita o desbloqueio devido a cotas mensais de consultas biométricas da Dataprev. Cerca de 500 mil pedidos estão pendentes, e um terço dos aposentados não tem biometria cadastrada no TSE, ficando inelegível ao consignado.
Café
O preço do café moído recuou 0,36% em julho, segundo o IPCA-15 divulgado na sexta-feira (25) pelo IBGE. Foi a primeira deflação após 18 meses consecutivos de alta. Apesar do alívio pontual, o produto acumula inflação de 76,5% em 12 meses, a maior entre os 367 itens pesquisados. Problemas climáticos e estoques baixos explicam a disparada, mas analistas já projetam recuo com a melhoria nas safras. Ainda assim, incertezas pairam sobre o setor diante da ameaça de tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, incluindo o café.
POLÍTICA
Providências
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a Câmara dos Deputados deve tomar providências contra Eduardo Bolsonaro por sua atuação nos EUA para impor tarifas e sanções ao Brasil. Em Osasco, Lula disse que, se Trump tivesse ligado, ele explicaria que Bolsonaro não está sendo perseguido, mas julgado com direito de defesa. Lula reforçou que o ex-presidente é acusado de tentar um golpe de Estado. A declaração ocorre em meio à tensão comercial entre Brasil e EUA. O presidente critica a interferência estrangeira nos assuntos brasileiros.
Arrependido
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira (25), em entrevista à CNN, que se arrependeu imediatamente após publicar um comentário sobre a tarifa de 50% imposta ao Brasil pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O post foi removido para evitar interpretações equivocadas. “Não quero parecer que estou analisando se o Trump está certo ou errado”, disse. Flávio ressaltou que suas redes são constantemente monitoradas e defendeu que empresários busquem diálogo com o Congresso para enfrentar os impactos da medida.
Percepção
Pesquisa Pulso Brasil do Ipespe aponta que 39% dos brasileiros acreditam que a economia do país está regredindo. Outros 23% consideram que ela está parada, enquanto apenas 35% enxergam crescimento. A percepção é fortemente influenciada pela posição política: entre os que aprovam o governo Lula, 69% avaliam positivamente a economia. Já entre os que desaprovam, 70% dizem que o país está “andando para trás”. A sondagem ouviu 2.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de julho e tem margem de erro de dois pontos percentuais.
(Com Reuters, Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Bloomberg)
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BRASÍLIA | mercados | invistaja.info – EUA e China retomam negociações tarifárias; Focus, relatório da Dívida Pública e mais
REFLEXÃO: Michael Kitces, conselheiro financeiro: Invista pensando no longo prazo, não especule, mas, não ignore as flutuações do mercado.
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