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Fundador da Binance insiste que podemos confiar na exchange cripto – mas será que podemos mesmo?

Após a queda da FTX, alguns usuários temem que a Binance seja a próxima exchange a quebrar

Informação para traders e investidores

Edição invistaja.info e MarketMsg

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*Por Sam KesslerA prisão do ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, na segunda-feira (12), encerrou um período histórico na indústria de criptomoedas. O episódio atraiu manchetes que ofuscaram muito a outra grande história cripto dia: questões sobre a solvência da Binance, a maior corretora de criptomoedas por volume de negociação do mundo.Se o colapso da FTX foi catastrófico para a crescente indústria cripto, um colapso da Binance seria o apocalipse.A FTX – que chegou a ser a terceira maior exchange cripto em volume spot – processou cerca de US$ 37 bilhões em negociações à vista em outubro, um mês antes do colapso, de acordo com a CryptoCompare. A segunda maior exchange, a Coinbase, processou US$ 47 bilhões naquele mês. Enquanto isso, o volume de negociação spot da Binance em outubro totalizou US$ 390 bilhões.Ao longo do último mês, o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, bem como outros líderes de exchanges, têm buscado convencer os usuários de que seu produto é totalmente diferente da FTX, que indevidamente usou os recursos dos usuários.Como a FTX, por outro lado, a Binance não é regulamentada. Por isso, nem todo mundo está acreditando nas repetidas garantias dadas por CZ. Na semana passada, uma auditoria de má qualidade das reservas da corretora – seguida por notícias de investigações criminais sobre executivos da Binance – alarmou os usuários o suficiente para catalisar retiradas recordes da plataforma.Embora a Binance pareça estar enfrentando a tempestade até agora (não há sinais evidentes de que a corretora se apropriou indevidamente do dinheiro dos usuários, como fez a FTX), eventos recentes chamaram a atenção para o fato de que a Binance, que existe além do escopo dos reguladores e rastreia as participações dos clientes em seus próprios servidores, e não em blockchains públicas, exige uma enorme quantidade de confiança de seus usuários para operar. No mundo “sem confiança” das criptomoedas, isso é um pouco difícil de conciliar.Confiando na BinanceOs maiores players cripto são exchanges centralizadas – plataformas como FTX, Coinbase, Kraken e Binance – que assumem a custódia direta dos ativos digitais do usuário (em vez de deixá-los na própria carteira privada) para facilitar as negociações.Depois que os investidores foram “queimados” pela FTX – a maior exchange cripto a entrar em colapso após abusar da confiança de seus depositantes – as pessoas ficaram cautelosas em confiar em outras plataformas igualmente centralizadas. Mas nem todas as corretoras que guardam dinheiro dos usuários ganharam o mesmo grau de ceticismo.Ao contrário das exchanges reguladas pelos EUA, como Coinbase e Kraken, a Binance (como a FTX) opera em uma espécie de área cinzenta regulatória. A empresa foi originalmente fundada na China, mas deixou o país em 2017, pouco antes de seu governo proibir o trade de criptomoedas. Hoje, a Binance ofusca deliberadamente onde está sediada.Embora existam versões locais da Binance, como a Binance.US e a Binance Brasil, que operam de forma independentemente, a versão principal e amplamente não regulamentada é de longe a maior. ( A Binance.US nem sequer se classifica entre as 10 principais exchanges de criptomoedas por volume de negociação spot).Coinbase, Kraken, Binance.US e outras plataformas da Binance em jurisdições específicas fazem divulgações contábeis de rotina e enfrentam supervisão dos reguladores. A plataforma principal da Binance, por outro lado, não está sujeita ao mesmo escrutínio regulatório que seus pares. Como tal, pode oferecer taxas relativamente baixas e produtos que não seria capaz de executar nos EUA e em muitos outros países – como contratos derivativos sofisticados e facilidades de negociação de margem que permitem aos usuários tomar dinheiro emprestado para fazer apostas maiores e mais arriscadas.Como consequência disso, os usuários da plataforma precisam confiar na palavra da Binance sobre a garantia do dinheiro.Registro de saquesOs temores de uma insolvência da Binance atingiram o auge no fim de semana, depois que um relatório muito ridicularizado de “prova de reservas” da exchange não conseguiu convencer os usuários de que os ativos estavam totalmente garantidos nos bastidores.O ceticismo generalizado em relação ao documento – que os usuários criticaram por sua falta de rigor e divulgações seletivas – provocou saques recordes da Binance, com investidores retirando quase um bilhão de dólares da corretora em um período de apenas 24 horas no fim de semana.Leia mais:Binance Coin (BNB) cai 5% com onda de saques e temor de insolvênciaO dinheiro continuou a sair da exchange na segunda-feira (12), depois que uma reportagem da Reuters detalhou uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre a Binance – uma das várias investigações contra a empresa em andamento. De acordo com a agência de notícias, os promotores federais estão avaliando se devem acusar os executivos da firma cripto, incluindo CZ, por violações e lavagem de dinheiro.As notícias dos problemas legais da Binance abriram ainda mais as comportas; os usuários logo criticaram a corretora por tudo, desde sua capacidade de alterar o registro de sua blockchain BNB “descentralizada” até a solvência do BUSD, sua stablecoin.O termo “Binance FUD” (sigla em inglês que significa medo, incerteza e dúvida) entrou brevemente nos trendings topics do Twitter.O caso do USDCNa segunda-feira, a Binance viu outros US$ 2 bilhões em saques líquidos em sua plataforma – o maior evento de retirada da exchange desde junho, de acordo com a empresa de análise cripto Nansen.As saídas foram grandes o suficiente para forçar a Binance a pausar temporariamente as retiradas de USDC, a segunda maior stablecoin – um instrumento vital no mercado cripto que permanece “atrelado” ao preço de um dólar.A Binance disse que precisava pausar as retiradas de USDC para facilitar o “swap” das stablecoins USDC por BUSD – uma espécie de medida prática necessária para liberar a liquidez para novas retiradas.No entanto, a mudança gerou manchetes preocupantes, incluindo uma da CNBC, que disse que alguns usuários viram a pausa como mais um sinal de que a Binance pode não estar garantindo totalmente os ativos do usuário nos bastidores. (Vale frisar que pausar as retiradas de stablecoins foi uma das últimas ações que a FTX tomou antes de declarar falência.)Apesar do alvoroço, a explicação da Binance para a medida é plausível. Além disso, a análise da Nansen sobre as carteiras cripto vinculadas à Binance mostra que a corretora tem pelo menos US$ 60 bilhões em reservas on-chain – liquidez mais do que suficiente para lidar com as demandas de retiradas de clientes, e um valor muito maior do que a FTX tinha quando desabou.Mas sem uma contabilidade completa dos ativos e passivos da Binance, é impossível saber exatamente como está a saúde da exchange.Por que a Binance deve ser confiável?Apesar da falta de transparência da Binance, os usuários continuam confiando na empresa.A maior exchange de criptomoedas oferece aos usuários a capacidade de negociar mais tipos de tokens, com maior liquidez e taxas mais baixas do que praticamente qualquer outra plataforma – centralizada ou descentralizada. Ela também oferece estratégias inacessíveis, em muitas jurisdições, a qualquer pessoa que não seja um investidor licenciado.Mas o fato de a Binance ser a única firma cripto para certas atividades de trade não é a única razão pela qual alguns investidores continuam confiando no negócio.O CEO da empresa de serviços financeiros Wave Financial, David Siemer, disse ao CoinDesk que, embora desconfie de todas as plataformas centralizadas, ele está relativamente despreocupado com o fato de a Binance enfrentar uma insolvência do tipo da FTX.Por um lado, falou Siemer, a Binance foi fundada em 2017 e simplesmente tem um histórico mais longo do que a FTX, criada em 2019.Siemer também observou que a Binance tem sido relativamente conservadora em termos dos recursos que oferece aos usuários – pelo menos em comparação com a FTX. “Do ponto de vista da funcionalidade”, disse Siemer, “a Binance lança coisas que são bastante testadas e verdadeiras”.A FTX, falou ele, falhou parcialmente porque anunciava um sistema de margem cruzada de alta tecnologia – mas sujeito a erros. Em essência, o sistema deveria permitir que um usuário assumisse várias posições separadas contra um único conjunto de garantias; se uma das apostas de um usuário quebrasse, todo o pool estava sujeito à liquidação (o que significa que a FTX teria automaticamente reivindicado a garantia do usuário).Na experiência de Siemer, esse sistema nem sempre funcionou como anunciado; os usuários às vezes conseguiam fazer grandes apostas que não eram liquidadas automaticamente quando deveriam – o que significa que os investidores podem ter perdido o dinheiro na plataforma (e, ao que parece, de outros usuários) em apostas.Ao contrário da FTX, a Binance “[não] permite muitos recursos malucos e estranhos de margem”, como margem cruzada, disse Siemer.E então, falou ele, há o fato de que a Binance “não tem uma Alameda”. A Alameda Research é a empresa-irmã da FTX e entrou em colapso depois de aparentemente ter investido (e perdido) recursos pertencentes aos usuários. “Como [a FTX] tinha a Alameda”, disse Siemer, “ambos os lados conseguiram se sustentar por muito, muito tempo”.Embora seja tecnicamente possível que a Binance esteja usando ou emprestando dinheiro de usuários nos bastidores (a empresa aparentemente está sob investigação por lavagem de dinheiro), não há nenhuma empresa-irmã como a Alameda para a qual a Binance obviamente canalizaria dinheiro.A importância do RPEmbora seja possível encontrar algumas diferenças entre a Binance e FTX, é impossível saber o que realmente está acontecendo nos bastidores da maior exchage cripto do mercado. CZ, por sua vez, parece ciente do fato de que sua exchange viverá ou morrerá com base na confiança de seus usuários.Em meio a todo o “FUD”, o fundador da Binance tornou-se mais ativo nas mídias sociais nos últimos meses, à medida que o mercado azedou e o desastre do FTX continuou a se desenrolar.Entre os tuítes em defesa da Binance, CZ também encontrou tempo para brincar com seus seguidores e recentemente publicou novamente um tuíte de 2019 no qual explicava que era “um cara normal, nada chique” e tinha como objetivo “buscar e fornecer energia positiva”.Desta forma, encontra-se uma notável semelhança entre CZ e Sam Bankman-Fried, seu ex-inimigo. Ambos os fundadores perceberam que, em um mundo de centralização e regulamentação frouxa, a percepção é tudo.*Sam Kessler é repórter do CoinDesk com foco em tecnologia, DeFi e DAOs.

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REFLEXÃO: Michael Kitces, conselheiro financeiro: Invista pensando no longo prazo, não especule, mas, não ignore as flutuações do mercado.

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