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Goldman vê ações de utilities com preços atrativos apesar de rali; veja as preferidas

Spread real médio do setor gira em torno de 3,8% acima dos títulos públicos brasileiros

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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CESP6 | P/EBIT: 22.65 | Div.Brut/Pat.: 0.51 | PSR: 5.689 | P/L: 7.9 | Cresc.5anos: -0.0266 | Pat.Liq: 7992040000.0

Apesar da recente valorização das ações do setor de utilities, o Goldman Sachs ainda vê os valuations de muitos papéis como razoáveis — com o spread real médio do setor girando em torno de 3,8% acima dos títulos públicos brasileiros. Diante desse cenário, o banco mantém recomendação positiva para o segmento e destaca nomes com catalisadores no curto e médio prazo, como Sabesp (SBSP3), Copel (CPLE6) e Equatorial (EQTL3).

O Goldman Sachs atualizou suas estimativas para as distribuidoras brasileiras Copel, Equatorial, Energisa e Cemig após a aprovação, em 20 de maio, da nova metodologia de cálculo do opex na distribuição de energia pela Aneel — tema debatido desde 2019.

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Entre as principais mudanças estão: (i) atualização anual do período de referência do opex; (ii) simplificação do modelo de benchmark, com maior sensibilidade a custos em áreas rurais, geração distribuída e perdas não técnicas; (iii) uso do IPCA como indexador único; (iv) compartilhamento de ganhos de eficiência com os consumidores atrelado à eficiência mediana do setor; (v) repasse imediato de parte dos ganhos (limitado a 5%); (vi) retenção dos ganhos condicionada ao cumprimento de indicadores de qualidade; e (vii) definição de limites máximos e mínimos de 140% e 60% para os ganhos, respectivamente — anteriormente sem restrições.

Energisa e Equatorial foram apontadas como as mais impactadas pela nova metodologia, com reduções estimadas de 9% e 8% no valor justo de suas ações, devido à elevada exposição ao segmento de distribuição. Cemig e Copel apresentaram impactos menores, de 4% e 3%, respectivamente.

O banco também incorporou aos modelos as projeções revisadas do ONS, que indicam menor crescimento da demanda de energia, além de ajustar as expectativas para o RAB líquido entre 2025 e 2027.

Nos próximos anos, o Goldman espera que as empresas atinjam indicadores regionais de qualidade DEC (disrupções no fornecimento) alinhados à meta da Aneel de 80% das regiões concessionárias dentro dos limites estabelecidos, o que levará a um aumento na retenção dos ganhos para 30% (contra 50% fixos atualmente).

O banco também elevou as previsões de despesas unitárias gerenciáveis de opex para a Equatorial no curto prazo (2025-27), passando de quedas anuais reais de -5%/-3%/0% para estabilidade, semelhante às previsões para a Energisa, pois espera que os ganhos de eficiência decorrentes da recuperação em Celg, CEEE-D e CEA sejam compensados pelas exigências de qualidade da nova metodologia.

Análise por ações

Copel (CPLE6)

Para Copel, o banco reiterou a recomendação de compra, com leve redução nos preços-alvo (R$ 13,00 para CPLE6, R$ 11,70 para CPLE3 e US$ 9,20 para ELP). O Goldman destaca o dividend yield (dividendo sobre o preço) elevado estimado (11% para 2025–2027) e uma taxa interna de retorno (IRR) real de 10,2%, vendo o aumento dos dividendos como principal catalisador para valorização das ações.

Entre os principais riscos negativos destacados estão: maior fiscalização por parte do regulador e do governo federal sobre a qualidade dos serviços, possível interferência governamental, abertura do mercado de distribuição, aumento de encargos setoriais, crescimento da geração solar distribuída afetando volumes e perdas, excesso de energia no médio prazo, energia não contratada nos próximos cinco anos, além da possibilidade de extensão do debate e novos cortes no componente financeiro da RBSE.

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Equatorial (EQTL3)

Na Equatorial, o preço-alvo foi cortado em 3% (para R$ 41,00), com manutenção da recomendação de compra. O Goldman vê a empresa como uma das melhores alocadoras de capital do setor, negociando a um IRR real de 11,3%. As estimativas de EBITDA e lucro também foram revisadas negativamente.

Os riscos incluem maior escrutínio regulatório, interferência do governo federal, abertura do mercado de distribuição, alta de encargos setoriais, avanço da geração solar distribuída, ritmo mais lento do que o esperado na recuperação das concessões adquiridas e excesso de oferta de energia no médio prazo.

Energisa (ENGI11)

Para a Energisa, o banco reduziu o preço-alvo em 7% (para R$ 57,30), mas manteve recomendação de compra, destacando o IRR real de 12,9% e a eficiência operacional da companhia. As estimativas de EBITDA e lucro líquido foram revisadas para baixo.

Os principais riscos apontados são: maior fiscalização e interferência governamental, abertura do mercado de distribuição, aumento de encargos setoriais, crescimento da geração solar distribuída, excesso de energia no médio prazo e eventuais atrasos ou aumento de capex em projetos de transmissão.

Cemig (CMIG4)

Para a Cemig, a instituição manteve recomendação de venda e reduziu os preços-alvo para R$ 8,90 (CMIG4) e US$ 1,60 (CIG), citando a limitação para geração de valor enquanto a empresa permanecer estatal. As estimativas de crescimento foram revistas para baixo, refletindo menor demanda esperada e impacto da nova metodologia de custos.

Entre os riscos positivos que poderiam contrariar essa visão estão a possibilidade de privatização da companhia — o que poderia acelerar iniciativas de corte de custos —, crescimento do PIB e de volumes acima do esperado, melhora na qualidade dos serviços e na eficiência operacional, além de um cenário macroeconômico mais favorável e redução das taxas de juros no Brasil.

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REFLEXÃO: Bill Mann, da Motley Fool Asset Management: Busque investir em conjunto com grandes gestores, depois, é só ser paciente.

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