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palavras-chave: Governo Trump discute compra de participação de 10% na Intel; invistaja.info;
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ListenToMarket: Governo Trump discute compra de participação de 10% na Intel – Áudio gerado às: 15:40:33
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O governo de Donald Trump está em negociações para adquirir cerca de 10% de participação na Intel, segundo um funcionário da Casa Branca e outras pessoas a par do assunto, em uma medida que poderia transformar os EUA no maior acionista da fabricante de chips em dificuldades.
De acordo com fontes ouvidas sob condição de anonimato, a administração avalia converter parte — ou até a totalidade — dos subsídios concedidos à empresa pela lei Chips and Science Act em ações da companhia. A Intel foi selecionada para receber US$ 10,9 bilhões em subsídios destinados à produção comercial e militar.
Esse valor é próximo ao necessário para bancar a fatia cogitada. Pela avaliação atual de mercado, uma participação de 10% na Intel equivale a US$ 10,5 bilhões. O tamanho exato da fatia e a decisão de levar o plano adiante ainda estão em aberto, disseram as fontes.
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Um porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, recusou-se a comentar os detalhes, afirmando apenas que “nenhum acordo é oficial até ser anunciado”. O Departamento de Comércio, responsável pelo Chips Act, também não comentou. A Intel não respondeu a pedidos de posicionamento.
O governo ainda considera a possibilidade de converter outros subsídios do Chips Act em participações acionárias, mas não está claro se essa ideia ganhou apoio dentro da administração ou se já foi discutida com outras empresas.
Intel em crise
Uma questão central é se a ajuda governamental pode reverter a crise da Intel. A empresa enfrenta vendas estagnadas, prejuízos recorrentes e dificuldade em recuperar a liderança tecnológica no setor. O novo CEO, Lip-Bu Tan, tenta reestruturar a companhia, com foco em cortes de custos e demissões.
A notícia inicial de um possível investimento federal impulsionou as ações da Intel, que tiveram a maior alta semanal desde fevereiro. Porém, após a Bloomberg revelar as negociações mais recentes, os papéis recuaram 3% na segunda-feira.
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Vale destacar que, caso o plano avance, a Intel não receberia necessariamente mais recursos do que já estava previsto, apenas em um ritmo mais rápido. Assim como os demais beneficiários do Chips Act, a empresa deveria receber o dinheiro ao longo do tempo, à medida que cumprisse metas acordadas. Até janeiro, havia recebido US$ 2,2 bilhões.
Não está claro se esse montante faria parte da eventual conversão em ações ou se houve novos repasses desde que Trump assumiu o cargo. A maior parte dos subsídios da lei aprovada em 2022 foi liberada durante a gestão Biden.
Tan esteve com Trump na Casa Branca na semana passada, o que abriu caminho para a negociação. Antes crítico do executivo por seus laços com a China, o presidente mudou o tom e elogiou o CEO, dizendo que ele tinha “uma história incrível”. Fontes afirmam que Tan permanecerá no cargo.
O futuro da Intel preocupa Washington há anos. A pioneira americana ficou para trás em relação à Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), líder mundial na fabricação de semicondutores avançados. Isso atrapalha os esforços de trazer de volta aos EUA a produção de chips, que migrou para a Ásia nas últimas décadas.
Embora TSMC e a sul-coreana Samsung Electronics ampliem operações em solo americano, o governo vê como estratégico ter a Intel fabricando chips de ponta dentro do país. Ainda sob Biden, chegaram a ser cogitadas fusões improváveis, como com a GlobalFoundries. Já a equipe de Trump discutiu se a TSMC poderia operar fábricas da Intel, ideia que não avançou. Também foi levantada a hipótese de buscar investimento dos Emirados Árabes Unidos.
Se confirmada, a participação acionária na Intel se somaria a um padrão recente de maior intervenção do governo em setores estratégicos. O time de Trump já garantiu 15% da receita de algumas vendas de chips para a China e assumiu uma “ação dourada” na US Steel como condição para autorizar sua venda a um grupo japonês.
Em outro movimento inédito, o Departamento de Defesa anunciou no mês passado a aquisição de US$ 400 milhões em ações preferenciais da produtora americana de terras raras MP Materials Corp., tornando-se seu maior acionista, com cerca de 15% da empresa.
©️2025 Bloomberg L.P.
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