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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou no início da noite desta segunda-feira (25), em entrevista coletiva em Brasília (DF), que houve uma “reação justificada” de importantes empresas brasileiras do setor frigorífico às declarações do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciando um boicote às carnes dos países que compõem o Mercosul.
Questionado sobre o assunto, Haddad diz que preferia não comentar o comportamento do grupo francês. Em seguida, no entanto, manifestou apoio à reação de companhias brasileiras do setor.
“Olha, eu não vou ficar comentando atitude de empresa, mas houve uma reação justificada a esse tipo de declaração. É uma empresa que está instalada no Brasil, não faz muito sentido. Mas não quero me estender sobre isso porque acredito que a empresa vai se reposicionar”, afirmou Haddad.
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Desde o fim de semana, algumas das principais empresas do país decidiram interromper a venda de produtos para a rede de supermercados Carrefour e as demais companhias do grupo, como o Atacadão.
A postura é uma espécie de retaliação ao boicote anunciado, na última quarta-feira (20), pelo CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, às carnes dos países que compõem o Mercosul.
A decisão do CEO do grupo francês foi justificada como um gesto de solidariedade ao agronegócio do país europeu, que tem se posicionado contra o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
“Nós temos uma expectativa porque, durante o G20, tivemos muitas bilaterais para discutir [o assunto]. Eu estive pessoalmente com o presidente [da França, Emmanuel] Macron em duas ocasiões, uma delas reservadamente, conversando sobre o acordo. Ele tem um ponto de vista absolutamente legítimo, no interesse da França. Falou a empresários brasileiros na Firjan, em um jantar oferecido a ele que eu acompanhei, sobre como ele entendia que o acordo poderia ser feito”, disse o ministro da Fazenda.
Em participação recente na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro (RJ), Macron reiterou a posição de seu governo contrária ao acordo Mercosul-UE.
Costurado desde o fim dos anos 1990, o acordo comercial entre os dois blocos teve sua primeira etapa concluída em 2019, ainda sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde então, os termos passaram à fase de revisão por parte dos países envolvidos, mas pouco se avançou até aqui.
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Macron se opõe ao acordo com o Mercosul, principalmente, por questões políticas domésticas. O tratado é visto com ceticismo na França, pois há preocupação com riscos de enfraquecimento do setor agrícola no país. Ainda segundo o governo francês, caso o acordo se concretize nos termos atuais, empresas francesas que seguem leis ambientais mais duras em seu país terão de competir com companhias que não estão submetidas aos mesmos padrões.
Segundo Emmanuel Macron, um dos problemas do acordo entre Mercosul e UE é a falta de um compromisso mais claro relacionado à questão climática e à preservação da biodiversidade.
“Eu não vejo como excludentes a visão que está sendo patrocinada pela União Europeia e por parte do Mercosul, com a liderança do presidente Lula, e os desdobramentos que ele [Macron] próprio pretende”, prosseguiu Haddad.
“O que eu disse foi que o governo brasileiro entendia que o acordo deveria ser firmado sem prejuízo daquilo apontado pelo presidente Macron, de estabelecer nexos entre as cadeias produtivas das duas regiões, ou seja, aprofundar as relações de uma maneira a não fazer uma divisão interregional entre agricultura e indústria. Fazer uma coisa mais transversal”, concluiu o ministro da Fazenda.
Nota de repúdio
Em nota divulgada na última quinta-feira (21), entidades do agronegócio e da indústria de alimentos do Brasil também criticaram as declarações do CEO global do Carrefour.
“Se o CEO Global do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, entende que o Mercosul não é fornecedor à altura do mercado francês – que não é diferente do espanhol, belga, árabe, turco, italiano –, as entidades abaixo assinadas consideram que, se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”, diz o documento.
O texto é assinado por CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), a SRB (Sociedade Rural Brasileira) e FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
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