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Ibovespa fecha no vermelho, com liquidação global; Bradesco se salva com mais 7%

Bolsas dos EUA caem até 3% com temores de recessão nos EUA

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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GGBR3 | Liq.Corr.: 2.83 | PSR: 0.509 | Cresc.5anos: 0.1399 | P/VP: 0.6 | Liq.2meses: 668213.0 | P/Ativo: 0.399

Como diz o famoso narrador Rômulo Mendonça: “é o caos!”. Hoje, o dia começou assim, mas terminou com perdas mais suaves do que o esperado, pelo menos no Brasil, onde o Ibovespa perdeu “só” 0,46%, aos 125.269,54 pontos, com baixa de 584,55 pontos. “Só”, entre aspas, porque no final ficou longe da mínima de 123.073,16 pontos. Só que isso foi no Brasil. Lá fora, foi um deus-nos-acuda, com todo mundo tentando largar suas posições e um banho de sangue para todo lado.

O dia começou com a derrocada de 12,4% do índice de japonês Nikkei, na maior baixa diária desde o crash de 1987 e queda de 25% em relação à máxima histórica vista em julho. Leandro Marchioretto, sócio e diretor de câmbio da Alta Vista, explica: “basicamente, o carry trade no caso específico do Japão e a aversão a mercados emergentes e risco de recessão global pelos dados (recentes) americanos” puxam o sentimento. “O iene japonês passou por uma valorização significativa em relação ao dólar americano. Essa mudança é amplamente atribuída à decisão do Banco do Japão de aumentar as taxas de juros, ainda que ligeiramente. Praticamente todas as moedas de emergentes estão se desvalorizando em relação ao dólar. Investidores que haviam tomado empréstimos em ienes a taxas de juros baixas para investir em outros ativos estão agora correndo para fechar suas posições devido ao aumento do custo de empréstimo”.

As bolsa europeias recuaram com amplitude. Em Wall Street, mesma coisa, com o VIX, índice de volatilidade, chegando a subir mais de 100%.

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O dólar comercial chegou a ser negociado a R$ 5,86 na máxima do dia, antes de respirar e fechar com mais R$ 5,74, alta de 0,56%. Os dados de empregos nos EUA na sexta-feira (2), que se somaram a uma série de balanços corporativos fracos de grandes empresas de tecnologia e ao aumento das preocupações com a economia chinesa, levaram a uma liquidação global nos mercados de ações, petróleo e moedas de alto rendimento, com os investidores buscando ativos mais seguros.

Beto Saadi, diretor de Investimentos da Nomos, disse que os mercados asiáticos operaram ainda com a resposta do payroll de sexta (2): “um dos motivos para os asiáticos terem ido pior é o aumento de taxa de juros no Japão que aconteceu na semana passada. Combinou ter uma semana que o banco central japonês subiu com juros e não era exatamente unanimidade na opinião dos analistas e dos gestores, então isso contribuiu ainda mais para uma desaceleração da economia japonesa, que também já não está crescendo tão forte”. Além disso, “teve também um balanço da Berkshire que anunciou a redução drástica da posição da principal, que é a Apple, então isso de alguma forma contribui essa aversão às empresas de tecnologia, e afeta os asiáticos, por terem bolsas mais tecnologias do que as bolsas latinas, por exemplo”.

As ações de alto desempenho da Alphabet, Amazon, Meta, Microsoft e Tesla, bem como da Apple e Nvidia, caíram e as perdas nos papéis do grupo conhecido como “Sete Magníficas” estavam encaminhadas para tirar quase US$ 900 bilhões do valor de mercado combinado das empresas.

O combinado economia japonesa, mais ações de tecnologia em baixa, mais possível recessão nos EUA, acabou formando uma tempestade perfeita para que o caos fosse formado e acontecesse um salve-se-quem-puder. E daí entraram no jogo as vozes da ponderação. Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, diz que “é notável como o mercado mudou rapidamente de humor. Até poucos dias, todos acreditavam que a economia dos EUA se encaminhava para um pouso suave. No entanto, o PMI e o relatório de empregos mais fracos (nos EUA, na sexta, 2), juntamente com a apreciação do iene, levaram os mercados a uma forte correção, que parece excessiva e muito relacionada à desalavancagem técnica das posições, dado que não há evidências de que a economia dos EUA esteja entrando em recessão, embora os riscos tenham aumentado. Por isso, é importante manter a tranquilidade e aguardar a depuração deste processo, que deve ocorrer até o final do mês”.

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Para Ruy Alves, gestor de multimercado da Kinea ,é difícil dizer se a queda vista hoje é “excessiva” e que não é possível precisar se ela será passageira ou se irá se estender. “Talvez exagerada fosse a posição anterior [dos investidores] que estava muito alavancada. Agora, [a alocação] está voltando para tamanhos mais ‘naturais’ vis a vis a volatilidade”.

O ministro de Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse que investidores precisam manter uma perspectiva de longo prazo e permanecerem calmos. “Espero que eles julguem as questões com calma”, disse Suzuki, referindo-se a investidores japoneses que aplicam em ações de um programa governamental que oferece vantagens fiscais para aplicações de longo prazo. O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, disse que, embora os dados de emprego dos EUA tenham sido mais fracos do que o esperado, não parece haver uma recessão. Ainda assim, as autoridades do Fed precisam estar cientes de mudanças no ambiente para evitar serem muito restritivas com as taxas de juros, segundo o dirigente. “Você só quer ser tão restritivo se achar que há temores de superaquecimento”, disse Goolsbee em uma entrevista à CNBC. “Esses dados, para mim, não parecem indicar superaquecimento”.

Toda essa ponderação deu um certo respiro ao Ibovespa, mas não o suficiente. As perdas ainda foram amplas. Vale (VALE3) desceu 1,08%, descartando a alta do minério de ferro. Petrobras (PETR4) acompanhou o mau humor e mais uma baixa do petróleo internacional e recuou 1,32%. B3 (B3SA3) desvalorizou 0,28%.

As varejistas perderam terreno em sua maioria, com Magazine Luiza (MGLU3) 0,35% no vermelho, embora Lojas Renner tenha conseguido segurar 2,20% no azul.

E foram poucas as que terminaram com ganhos. Os grandes destaques foram mesmo o GPA (PCAR3), que disparou 15,36%; e o Bradesco (BBDC4) com impressionantes mais 7,67% – BBDC3 avançou 8,30%. O movimento ocorre após o banco registrar um lucro líquido recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, alta de 12% na comparação trimestral e 9% acima da expectativa do JPMorgan.

Em junho passado, a taxa de aprovação de crédito do Bradesco havia crescido 25,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período em 2023. A evolução foi de 26,8 pontos percentuais na pessoa física e de 17,1 pontos na jurídica. O crescimento, porém, ocorre em cima do nível mais baixo de aprovação do ano passado e a taxa ainda está 16% abaixo da média de 2019, antes da pandemia. “São indicadores que mostram que ainda estamos conservadores”, afirmou Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, em coletiva de imprensa. “Estamos com apetite moderado, pé no chão. […] Estamos com segurança em relação ao que estamos fazendo e em linha com o mercado. Com uma mudança maior do macro, podemos ajustar esse apetite ao risco”.

E Bradesco não foi a única notícia boa do dia. Em Paris, Rebeca Andrade ganhou seu segundo ouro olímpico na carreira, a sua sexta medalha no total, se tornando a maior atleta olímpica do país. Embora isso não afete os investimentos em São Paulo, já é um alento, nesse dia em que o caos imperou. (Fernando Augusto Lopes)

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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

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