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ICMS das teles: Vivo também diz que vai compensar clientes após reportagens do InfoMoney

Após a Claro, a Vivo se tornou a 2ª tele a explicar como vai repassar aos consumidores a redução do imposto (que ocorreu há mais de 2 meses)

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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Após reportagens do (MarketMsg) revelarem que as operadoras de telecomunicações não estão repassando a redução do ICMS aos clientes — e ficando com a diferença ou ainda cobrando a alíquota antiga —, a Vivo (VIVT3) afirmou nesta quinta-feira (25) que vai compensar seus clientes até novembro.

“Serão feitas compensações dos valores referentes à redução dos preços que não puderam ser feitos de forma imediata”, afirmou a Vivo em comunicado. “A empresa enxerga que a redução do preço na fatura traz benefícios reais ao usuário e, por isso, tem focado seus esforços nessa medida” (veja o posicionamento completo ao final desta reportagem).

A empresa é a segunda admitir que vai devolver os valores referentes à redução do ICMS aos consumidores. Ontem, a Claro afirmou que vai ressarcir seus clientes, dizendo pela primeira vez como e quando vai repassar a desoneração. Ela também publicou um comunicado sobre o assunto nos jornais de hoje.

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Até então, as operadoras não davam nenhum prazo (e não diziam se os clientes que estavam pagando a mais seriam ressarcidos). A TIM (TIMS3) também foi procurada, mas não se pronunciou até o momento.

A mudança de postura ocorre após o Procon-SP e Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) anunciarem, na semana passada, terem aberto investigações contra operadoras, depois das reportagens do (MarketMsg). Além da Claro, da TIM e da Vivo, os dois órgãos de defesa do consumidor também vão investigar a Oi (OIBR3) e a Sky.

A Senacon é ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Procon-SP, ao governo de São Paulo. Em entrevista exclusiva, o diretor-executivo do Procon-SP, Guilherme Farid, afirmou que a cobrança da alíquota antiga (e maior) era indevida e que não repassar a redução do ICMS ao cliente era “completamente imoral”.

O que dizem Vivo e Claro

Na nota divulgada hoje, a Vivo voltou a dizer que “a redução da carga tributária do ICMS será repassada ao consumidor”, mas que há desafios operacionais para isso. A empresa afirmou também que cerca de 80% dos clientes “já deverão ser impactados com a redução dos valores” até setembro e que “o processamento do ajuste na fatura” será feito até novembro.

“A Vivo reforça que a redução da carga tributária do ICMS será repassada ao consumidor. O desenvolvimento técnico de múltiplos sistemas e com processamento plano a plano, teve início em julho, assim que os primeiros estados realizaram a divulgação das novas alíquotas”, diz a empresa.

A operadora diz também que “desde o início de agosto, os clientes já podem adquirir ou migrar para os planos com redução de carga tributária, se desejarem”, e que “até setembro aproximadamente 80% dos clientes já deverão ser impactados com a redução dos valores em sistema, mantendo-se o processamento do ajuste na fatura até o limite do mês de novembro”.

No comunicado divulgado ontem, a Claro também citou problemas operacionais e afirmou que “a complexidade das adaptações sistêmicas necessárias e os diferentes tempos de adesão dos estados exigiram um grande esforço e um período de transição, que está próximo da conclusão”.

“Clientes já começaram a ter a redução do imposto repassada e, entre setembro e novembro, receberão desconto retroativo referente ao período de ajustes nos sistemas”, destacou a Claro.

Mas a Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo afirmou ao (MarketMsg) que “não há período de transição para adequação dos sistemas”. “Conforme disposto no Informativo SFP de 27/06/2022, com fundamento na Lei Complementar nº 194/2022 e no § 4º do artigo 24 da Constituição Federal, tais operações devem ser tributadas à alíquota de 18% a partir de 23/06/2022” (veja mais abaixo).

As reportagens

A primeira reportagem, publicada na semana semana, revelou que a Claro, a Vivo e a Copel/Ligga Telecom já estão pagando uma alíquota menor de ICMS, mas não estão repassando o benefício aos clientes em pelo menos 4 estados (Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo).

No dia seguinte, uma segunda reportagem mostrou que a Claro e a TIM ainda estavam cobrando de clientes de São Paulo a alíquota antiga, mais cara, apesar de a lei que determinou a redução do tributo ter sido sancionada há mais de 2 meses.

A maior diferença foi encontrada em uma conta de internet da Copel/Ligga Telecom, no Paraná: a alíquota do ICMS caiu de 29% na conta de julho para 18% na de agosto, o que fez com que o imposto pago diminuísse de R$ 57,97 para R$ 35,98 em um mês (uma redução de R$ 21,99). Mas o preço da conta permaneceu os mesmos R$ 199,90.

Caso essa diferença tivesse sido repassada ao cliente, a conta de internet teria uma redução de 11% (de R$ 199,90 para R$ 177,91). Calculado de outra forma, é como se a Copel/Ligga Telecom tivesse reajustado o preço do serviço em mais de 12% sem avisar o consumidor.

A segunda denúncia

Na segunda reportagem, o (MarketMsg) revelou que a Claro e a TIM estão enviando contas com vencimento em agosto para clientes em São Paulo em que continuam pagando 25% de ICMS sobre telefonia móvel e repassando esse valor aos consumidores (veja na arte abaixo).

As empresas estão adotando tal prática apesar de o estado já ter reduzido a alíquota para 18% em 23 de junho, há mais de 2 meses. Na prática, elas estão pagando mais imposto do que deveriam e cobrando esse custo extra do consumidor. Se já tivessem reduzido a alíquota, a conta dos clientes poderia ficar mais barata.

Em ambas as situações, os clientes estão sendo prejudicados, pois, no caso revelado no dia 16, a redução do ICMS não está chegando a quem deveria; no revelado no dia 18, os consumidores estão pagando mais imposto do que o necessário.

O que dizem as empresas

Procuradas para a primeira reportagem, Claro e Vivo disseram em comunicado que vão repassar a redução do ICMS aos clientes. “A Claro mantém seu compromisso de repassar aos seus clientes o benefício da redução do ICMS. No entanto, a conclusão das adaptações sistêmicas necessárias requererá um pequeno período de transição”, disse a empresa.

Já a Vivo afirmou que “a redução da carga tributária do ICMS será totalmente repassada ao consumidor”. “A partir de agosto, os clientes já poderão adquirir ou migrar para os planos com as novas condições comerciais, que será ampliada para toda a base no menor prazo possível”.

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A Copel disse que vendeu seu braço de telecomunicações em novembro de 2020 e que a conclusão da operação ocorreu há mais de um ano. A Ligga Telecom, que assumiu a operadora, não respondeu aos questionamentos enviados.

Sobre a segunda reportagem, Claro e TIM reafirmaram que vão repassar a redução do ICMS aos clientes.

A TIM disse, em nota, que começou a repassar a redução do ICMS “em um processo que acontecerá em fases”, começando pelos novos usuários. “As mudanças serão feitas no componente de telefonia das ofertas e representam um percentual de reajuste igual ou maior à queda do tributo”.

A operadora afirmou ter reduzido o preço dos planos pós-pago e controle no dia 7 e que desde o dia 14 os clientes do serviço pré-pago passaram a ganhar “até 1GB a mais nos pacotes de internet, mantendo os valores de recarga comercializados”. “As mudanças serão estendidas aos clientes que já estão na base ao longo do processo de implantação dos repasses”.

A Claro manteve o mesmo posicionamento enviado para a primeira reportagem, dizendo que “mantém seu compromisso de repassar aos seus clientes o benefício da redução do ICMS” e que “a conclusão das adaptações sistêmicas necessárias requererá um pequeno período de transição”.

Sem período de transição

Mas a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo afirmou ao (MarketMsg) que “não há período de transição para adequação dos sistemas”. “Conforme disposto no Informativo SFP de 27/06/2022, com fundamento na Lei Complementar nº 194/2022 e no § 4º do artigo 24 da Constituição Federal, tais operações devem ser tributadas à alíquota de 18% a partir de 23/06/2022”.

A secretaria também disse que não há previsão para que as empresas que ainda estão pagando a alíquota antiga — e cobrando esse valor maior dos clientes — possam abater, nos meses seguintes, o imposto que está sendo pago a mais. Mas a pasta ressaltou que as teles podem pedir posteriormente o ressarcimento dos valores.

“A lei não prevê nenhum período de transição e passou a valer de forma imediata”, afirma o advogado tributarista Mauricio Terciotti, do escritório Terciotti, Andrade, Gomes e Donato Advogados. “Se elas [as teles] não aplicarem [a redução] de forma imediata, os consumidores poderão entrar com uma ação pedindo esse valor em dobro”.

Sobre as “adaptações sistêmicas necessárias” citadas pela Claro, o (invistaja.info) procurou a Conexis (o sindicato das teles, que se chamava SindiTelebrasil e trocou de nome). Mas a entidade informou que não iria se pronunciar sobre eventuais dificuldades que as operadoras possam estar enfrentando para adequar seus sistemas à redução do ICMS.

Anatel diz que preços são livres

Questionada pela reportagem, a Anatel afirmou inicialmente que tinha poder “para determinar o repasse da redução de impostos diretamente para a tarifa paga pelos consumidores” apenas na telefonia fixa, que opera no regime de concessão.

“Para os demais serviços (telefonia móvel, banda larga e televisão por assinatura), a Anatel atua no monitoramento dos preços reportados pelas operadoras à agência”. “A competência legal da Anatel não inclui determinar a adoção de um percentual de redução, uma vez que os preços para o consumidor final são livres. A Anatel pode, por outro lado, monitorar os preços praticados e, detectados eventuais abusos, atuar para a sua repressão”.

Posteriormente, ao ser informada sobre os dois casos que seriam revelados pelas reportagens, a Anatel afirmou que “apura os fatos relacionados ao tema e, em seguida, adotará as ações necessárias, no momento oportuno”. “A Anatel reitera que os canais de comunicação da agência estão abertos para receber diretamente as demandas dos usuários sobre o assunto”.

O que é possível fazer?

O consumidor tem diferentes caminhos para denunciar o descumprimento da redução de ICMS nos serviços de telecomunicações. O primeiro passo é procurar o Procon do estado onde vive (pois, como mostrou a primeira reportagem, o problema foi detectado em pelo menos 4 unidades da federação).

Especialistas consultados recomendam que o consumidor tenha em mãos as contas, que servirão de prova para abrir uma apuração administrativa contra as empresas. O passo seguinte, caso o problema não seja resolvido administrativamente, é ir à Justiça. Os Juizados Cíveis concentram esse tipo de ação.

Outra possibilidade é fazer uma reclamação à Anatel. Para isso, os contatos são:

pelo telefone 1331pelo site https://www.gov.br/anatel/pt-br/consumidor/quer-reclamar/reclamacaopelo aplicativo Anatel Consumidor (disponível para os sistemas Android e iOS)

“Reiteramos que as informações obtidas diretamente a partir da interação com os usuários das empresas de telecomunicações são fundamentais para auxiliar o órgão regulador a planejar suas futuras ações”, afirmou a agência. “Para maiores detalhes sobre funcionamento dos canais, procedimentos e, também, índices de solução do atendimento da Anatel, sugerimos consulta ao link: https://www.gov.br/anatel/pt-br/consumidor/quer-reclamar/reclamacao“.

Veja abaixo o posicionamento da Vivo divulgado nesta quinta-feira (25):

A Vivo reforça que a redução da carga tributária do ICMS será repassada ao consumidor. O desenvolvimento técnico de múltiplos sistemas e com processamento plano a plano, teve início em julho, assim que os primeiros estados realizaram a divulgação das novas alíquotas.

Dentro deste cenário, até setembro aproximadamente 80% dos clientes já deverão ser impactados com a redução dos valores em sistema, mantendo-se o processamento do ajuste na fatura até o limite do mês de novembro. Desde o início de agosto, os clientes já podem adquirir ou migrar para os planos com redução de carga tributária, se desejarem.

Adicionalmente, serão feitas compensações dos valores referentes à redução dos preços que não puderam ser feitos de forma imediata. A empresa enxerga que a redução do preço na fatura traz benefícios reais ao usuário e, por isso, tem focado seus esforços nessa medida.

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