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Índice de ADRs brasileiros ameniza queda após ata do Fomc, mas segue em baixa de mais de 1%

Inflação ao produtor dos EUA ficou acima do esperado, enquanto investidores repercutem ata do Fomc hoje e esperam por inflação ao consumidor amanhã

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TGMA3 | P/L: 12.35 | DY: 0.046 | Cotacao: 21.11 | P/EBIT: 11.79 | Liq.2meses: 4727120.0 | Cresc.5anos: -0.0346

O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR, que reúne as principais empresas brasileiras listadas na B3 com recibos de ações negociados nos Estados Unidos, registra queda neste feriado na B3 de Nossa Senhora Aparecida, assim como o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil.

O Dow Jones Brazil Titans 20 ADR e o EWZ abriram em baixa, com o movimento de queda ganhando força durante a tarde, para baixa de cerca de 2%, às vésperas da divulgação da ata da última reunião do Federal Open Market Committee (Fomc). Já às 15h08 (horário de Brasília), um pouco depois da divulgação do documento, o índice de ADRs amenizou levemente a baixa, mas ainda caía 1,40%, a 17.009 pontos, enquanto o EWZ tinha baixa de 0,44%, a US$ 31,52.

Os integrantes do Fomc destacaram no documento que precisam adotar uma política monetária mais restritiva – e depois mantê-la por algum tempo – a fim de cumprir a meta do banco central dos Estados Unidos de reduzir a inflação. Muitos deles “enfatizaram que o custo de tomar poucas medidas para reduzir a inflação provavelmente superou o custo de tomar muitas medidas”.

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Também foi destacado ser importante “calibrar” o ritmo de mais apertos de juros com o objetivo de mitigar o risco de efeitos adversos significativos nas perspectivas econômicas.

Na reunião concluída em 21 de setembro, as autoridades do Fed aumentaram as taxas de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez consecutiva, em um esforço para reduzir a inflação das máximas de 40 anos. O presidente do Fed, Jerome Powell, prometeu posteriormente que “continuaria assim, até estarmos confiantes de que o trabalho está feito.”

Mais cedo, foi divulgado o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, que subiu mais que o esperado em setembro em meio a fortes altas nos custos de serviços e bens, sugerindo que a inflação no país pode permanecer desconfortavelmente alta por um tempo.

O PPI  para a demanda final subiu 0,4% no mês passado, disse o Departamento do Trabalho. Dados de agosto foram revisados para baixo e mostraram o indicador PPI caindo 0,2% em vez de recuando 0,1% como relatado anteriormente. Nos 12 meses até setembro, o PPI tem alta de 8,5% após avançar 8,7% até agosto. Economistas consultados pela Reuters previam aumento do PPI em 0,2% e subindo 8,4% ano-a-ano.

Dados a serem divulgados na quinta-feira devem mostrar os preços ao consumidor subindo em setembro, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, selando o caso para o Federal Reserve aumentar as taxas de juros em 75 pontos base no próximo mês pela quarta vez este ano.

Os mercados financeiros praticamente precificaram um aumento da taxa desta magnitude na reunião do Fed de 1 a 2 de novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Já em Wall Street, a sessão é de instabilidade, com os principais índices oscilando entre leves perdas e ganhos durante toda a sessão. Os principais índices abriram em queda; contudo, logo nas primeiras negociações, viraram para leve alta. No início da tarde, operavam perto da estabilidade e depois passaram a operar em alta, com Dow Jones tendo ganhos de 0,40%, enquanto o S&P 500 subia 0,18% e o Nasdaq tinha alta de 0,26%.

Voltando aos ativos brasileiros, entre os ADRs mais líquidos, o da Vale (VALE3) caía cerca de 1% com notícias de que a China não tem planos imediatos de aliviar as restrições rígidas para controle da Covid, o que impacta a demanda por minério.  A Petrobras (PETR3; PETR4) também vê seus ADRs em queda entre 1,5% e 2% – tanto os PBR, referente às ações PETR3, quanto os PBR-A, equivalentes às ações PETR4 – com a baixa de cerca de 2% do contrato futuro do petróleo brent negociado para dezembro, na casa dos US$ 92 o barril, com o impacto do dólar forte e preocupações sobre a demanda.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ainda revisou para baixo sua projeção de aumento na demanda global por petróleo em 2022, de 3,1 milhões de milhões de barris por dia (bpd) para 2,6 milhões de bpd, de acordo com relatório mensal publicado nesta quarta-feira, 12. A Opep estima que a produção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) responderá por 1,4 milhão de bpd e países de fora do grupo, por 1,3 milhão de bpd. Para 2023, a organização também cortou sua projeção de alta no consumo global, de 2,7 milhões de bpd para 2,3 milhões de bpd.

No noticiário político nacional, atenção para novas pesquisas eleitorais. Levantamento PoderData divulgado nesta quarta-feira mostrou estabilidade no segundo turno da eleição presidencial, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 48% das intenções de voto, enquanto o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) soma 44%, ambos mantendo os mesmos patamares da pesquisa divulgada na semana passada.

Ainda de acordo com o levantamento, votos brancos e nulos somam 6% e os indecisos são 2%, também uma manutenção na comparação com a pesquisa anterior.

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Pelo critério dos votos válidos, que exclui brancos, nulos e indecisos, Lula aparece com 52% contra 48% de Bolsonaro, mesmo cenário da pesquisa da semana passada. O PoderData ouviu 5 mil pessoas por telefone entre os dias 9 e 11 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Instabilidade no Reino Unido e queda das Bolsas na Ásia

As bolsas de valores da Ásia fecharam nas mínimas de dois anos nesta quarta-feira, pressionadas por sinais de que a China não tem planos imediatos de aliviar as restrições rígidas para controle da Covid. O contrato futuro mais líquida do minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian, com vencimento para janeiro de 2023, operava perto da estabilidade, a 714,5 iuanes (US$ 99,60), alta de 0,14%.

Enquanto isso, uma alta persistente do dólar e oscilações no mercado de títulos e câmbio do Reino Unido abalaram a confiança dos investidores.

Após uma movimentada sessão, a libra emergiu de uma baixa de duas semanas, ajudada por uma notícia do Financial Times de que o Banco da Inglaterra (BoE) está preparado para estender seu programa de compra de títulos para além de sexta-feira. Na véspera, a autoridade monetária havia assustado os mercados ao ameaçar retirar o apoio até sexta-feira.

Contudo, o Banco da Inglaterra reforçou nesta quarta-feira que seu programa de compra de títulos para apoiar os fundos de pensão do Reino Unido terminará na sexta-feira conforme planejado, uma mensagem que ficou “absolutamente clara” em contatos com bancos. “O presidente do BoE Andrew Bailey confirmou esta posição ontem (terça-feira) e ficou absolutamente claro em contato com os bancos em níveis superiores”, disse em comunicado.

“Mudanças improvisadas na política econômica do Reino Unido deixam mais pontos de interrogação do que respostas em relação à credibilidade e são um vento contrário para os ativos vinculados à libra”, escreveu Stephen Innes, da SPI Asset Management.

“É muito raro uma combinação tão equivocada de políticas e comunicações sobre políticas como as feitas pelo novo governo conservador”, disse o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Larry Summers, na conferência de investimentos do Citi em Sydney.

Na agenda econômica, a produção industrial na zona do euro subiu 1,5% em agosto na comparação com o mês anterior, de acordo com dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia. Economistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam alta de 0,5% no período.

Já a produção industrial do Reino Unido caiu 1,8% em agosto ante julho, segundo dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam estabilidade no período.

O enfraquecimento na manufatura e trabalhos de manutenção em campos de óleo e gás no Mar do Norte contribuíram para uma queda de 0,3% no Produto Interno Bruto britânico desde julho. Uma pesquisa da Reuters com economistas indicava crescimento zero.

 

(com Reuters)

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REFLEXÃO: Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz: Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito.

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