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Investir em bancos no Brasil ou nos EUA agora é oportunidade ou risco?

Bancos brasileiros devem começar a emitir projeções um pouco mais fracas de crescimento para 2022, mas nada catastrófico

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As incertezas fiscais, o risco de crédito e a elevação da competição no setor financeiro são alguns dos principais fatores analisados por especialistas do mercado no momento de avaliar os bancos. Mas, afinal, investir em bancos no Brasil ou nos EUA agora é oportunidade ou risco?

Para responder a esta pergunta a Ohmresearch reuniu três especialistas do segmento nesta quarta-feira (1º), durante o evento Ohmresearch Global Insights 2022.

Carlos Macedo, analista de bancos latino-americanos e fintechs, ex-Goldman Sachs, avalia que provavelmente deve haver uma pressão de inadimplência até o meio do próximo ano que vai impactar os bancos – a depender também de como irá progredir a economia.

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Segundo ele, os bancos brasileiros devem começar a emitir guidances para 2022 com projeções de crescimento um pouco mais fraco do que esse ano, mas nada catastrófico.

Para João Braga, sócio fundador da Encore Asset Management, a década que vivemos é a da digitalização e da disrupção dos bancos. Mas também de forte competitividade.

Nos fundos administrados por Braga sua maior posição é em Itaú (ITUB4). Uma posição tática para o momento que, segundo ele, neste cenário de incertezas, oferece proteção. “Acho que o cenário de crédito a longo prazo é difícil, mas os valuations de curto prazos [dos bancos] estão baratos”, avalia.

João Braga lembra que em 2018/2019 os bancos não eram tão visados por não apresentarem lucros crescentes. Agora ele vê outros fatores para este cenário que são mais macro do que micro, como, por exemplo, o risco político.

Ele afirma que tanto Itaú (ITUB4) quando Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) estão com grandes diferenças entre preço e valor. Mas João Braga acredita que o trigger que favorece o Itaú é a agilidade do banco em surfar em ambientes mais desafiadores.

Outperformance nos EUA

Saul Martinez, analista de bancos latino-americanos e dos EUA, fintechs e serviços financeiros, ex-JPMorgan e UBS, destaca que o setor bancário dos EUA vê pressões inflacionárias, taxas de juros subindo e, ao mesmo tempo, lucros crescendo e expansão de empréstimos.

Assim, os grandes bancos dos EUA, segundo ele, têm previsão de outperformance por estarem com descontos elevados baseados nos preços atuais de mercado. Ele cita JP Morgan (JPMC34) e Bank of America (BOAC34) como dois exemplos com descontos que variam de 35% a 41%.

“Este desconto irá diminuir no ambiente de maior inflação mesmo com os lucros sendo maiores que as expectativas”, pondera Saul Martinez.

Há ainda a Wells Fargo (WFCO34), que tem passado por problemas regulatórios, mas que apresenta grande desconto. Segundo o especialista, o banco precisa superar os desafios regulatórios para que seus negócios voltem a crescer.

Ele afirma ainda que o investidor deve ficar de olho nas taxas de juros, no crescimento ou não de empréstimos e os índices de não pagamentos para as instituições financeiras.

Na próxima semana os grandes bancos norte-americanos vão apresentar suas previsões para 2022 e para os próximos quatro anos. Será a oportunidade de ter um panorama melhor do cenário.

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Nova fase do Open Banking e evolução do PIX

De acordo com os analistas, as instituições financeiras brasileiras estarão de olho em 2022 na evolução do Open Banking e também do PIX.

Para João Braga, da Encore Asset Management, a experiência que os bancos irão proporcionar para os clientes com o Open Banking é que vai fazer a grande diferença e apontar os “vencedores” na disputa entre grandes bancos e fintechs.

Segundo Carlos Macedo, analista de bancos latino-americanos e fintechs, a nova etapa que chega do Open Banking em 2022 ainda não deve trazer grandes revoluções.

“É algo que deve acontecer ao longo do tempo à medida que todos aprenderem a usar esses dados. Isso deve mudar como os bancos abordam os clientes e trabalham seus produtos”, afirma.

Ele prevê ainda que, com a forte adesão que o PIX teve no último ano, colocando de lado métodos tradicionais como o TED e o DOC, o PIX agendado poderá ser uma nova revolução e tem potencial de possivelmente mudar o setor de cartões de crédito. O PIX agendado permite ao usuário programar transações futuras.

“São mudanças que podem ser bastante profundas. Não é algo que vai abalar 2022, mas tem que ficar de olho”, alerta Carlos Macedo.

IPO

Um dos mais aguardados IPOs de 2021, o Nubank deve estrear na Bolsa de Valores de Nova York, a Nyse, possivelmente no próximo dia 8 de dezembro.

Carlos Macedo destaca que o banco – que é relativamente novo – já chega no mercado financeiro com um valuation próximo ao do Itaú, o maior banco do Brasil.

Segundo ele, se você for avaliar o Nubank pelos múltiplos tradicionais, o valuation não se sustenta. “Mas você não necessariamente precisa olhar para o Nubank com os múltiplos tradicionais. O investidor americano tem outro parâmetro de avaliação, são investidores de crescimento, e acabam olhando para isso”, destaca.

Nos últimos dois anos as fintechs têm feito uma acirrada competição para angariar clientes. Mas agora o grande desafio do Nubank e outras fintechs será monetizar esses clientes.

“Conseguir engajar o cliente para ele consumir os seus produtos é muito mais complexo. O Nubank, por exemplo, ainda não gera lucro de maneira consistente. Tem várias outras fintechs que estão na mesma parte do ciclo e é um desafio para elas”, pondera Carlos Macedo.

Nos Estados Unidos, segundo o analista Saul Martinez, muitos bancos grandes acabaram fazendo fusões com várias fintechs, construindo ou integrando os sistemas para efetivar parcerias mais agressivas. “Isso nos leva a questionar o valor das fintechs disruptivas e se o modelo de negócios delas é sustentável por si só”, afirma.

Outro desafio dos grandes bancos nos EUA é com relação às criptomoedas. Segundo o especialista, os bancos tradicionais estão entrando na oferta de serviços bancários em criptomoedas – o que ainda não tem deixado as instituições confortáveis com relação aos riscos envolvidos com os criptoativos.

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