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IPCA de outubro mostra demanda aquecida no final do ano, mas não deve alterar rumos do BC, dizem analistas

Núcleos da inflação e índice de difusão mais alto colocam mais elementos de risco, mas postura “vigilante” do BC deve prevalecer

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O início do período de consumo sazonalmente mais forte no último trimestre do ano, somado ao impacto ainda relevante do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 ,mantiveram a demanda aquecida e foram os principais fatores que levaram o IPCA de outubro a uma alta de 0,59% na comparação mensal. Para analistas, apesar do risco de um carrego maior de inflação para o início de 2023, o indicador não deve mudar a linha de comunicação do Banco Central, que tem evitado antecipar movimentos de queda de juros.Ariane Benedito, economista e especialista em mercado de capitais, comentou que é comum observar um crescimento da inflação no período entre outubro e dezembro, com itens de consumo como alimentação fora do domicílio e os grupos de vestuário e de viagens apresentando maior demanda nesses meses.Assim, ela acredita que os dados anunciados hoje pelo IBGE vieram em linha com o esperado. Ela alerta, por outro lado, que indicadores como os núcleos da inflação e o índice de difusão – que mostra a quantidade de itens dentro do IPCA que apresentaram inflação – apontam para uma continuidade de alta nos preços para os meses à frente. “Dão um sentido altista para a inflação”, comenta.“Esse movimento nos grupos de vestuário, turismo (onde estão as passagens aéreas) e até de transportes devem continuar com os choques de alta. Em contrapartida, despesas pessoas e de educação, que também são sazonais, diminuem esse movimento no final do ano”, pondera, destacando que os dois últimos tendem a pressionar novamente entre janeiro e fevereiro.BC vigilanteAriane observa que o principal impacto em outubro ainda veio do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 iniciado em setembro. Ele alerta que a manutenção desses valores no ano que vem, que vem sendo negociada pela equipe de transição do novo governo Lula, tende a acrescentar um risco inflacionário para o horizonte relevante do Banco Central. “Deixa de ser complemento de renda e vira um adicional na mão da população brasileira. Isso impacta no curto prazo e carrega a inflação para o horizonte de 2023 e 2024”, comenta.Ela não vê possível mudança de postura do Comité de Polícia Monetária (Copom) porque nas última três reuniões, a diretora do BC já sinalizou para o mercado não se animar muito com um possível corte na Selic. “O BC deu um cartão amarelo para a inflação no curto prazo. (O corte de juros) vai depender mais do fiscal”, afirma.Rafaela Vitoria, economista chefe do Banco Inter, concorda com essa visão. Ela acredita que a alta do IPCA em outubro serve de alerta que inflação ainda não está totalmente controlada. “Para a política monetária ter efeito mais eficiente, é importante ser seguida de um fiscal também mais contido”, recomenda.Em relatório divulgado nesta manhã, a XP comenta que a surpresa no IPCA ficou concentrada nos preços de combustíveis veiculares e higiene pessoal. Por outro lado, os serviços apresentaram variação abaixo do esperado, com destaque para os serviços básicos, que desaceleraram no mês (de 0,61% para 0,36%).A XP também cita o índice de difusão, que subiu de 62% para 68%, e os núcleos médios de inflação, que passaram de 0,41% para 0,55%.“No geral, apesar da surpresa ascendente, o detalhamento foi bom. O resultado de hoje adiciona um viés de alta à projeção do IPCA para 2022, após incorporar a inflação mais alta de outubro, bem como a projeção mais alta para novembro, devido aos preços mais altos dos combustíveis”, analisa o relatório XP Macro.Ainda segundo o relatório, o Black Friday e a melhor dinâmica dos serviços podem compensar parte desse aumento no mês, além de colocar uma perspectiva mais benigna para 2023. “Para o ano, projetamos o IPCA em 5,6%”, prevê.Pressão de altaIdean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, diz que os aumentos verificados em Alimentação e Bebidas, Vestuário, Saúde e cuidados pessoais, refletiram o aquecimento da economia, incentivado pelos auxílios que foram concedidos a população e que isso deve pressionar ainda mais a inflação em novembro.“Principalmente em dezembro, com as festas de fim de ano e Copa, podemos ver ainda mais pressão na inflação nos próximos meses. O período da deflação definitivamente terminou em 2022, o que deve levar a inflação do ano fechar próxima a 8%”, estima.Ele também não acredita que BC altere o cenário atual de manutenção de taxa de juros, a não ser que algum acontecimento de projeção maior cause algum grande impacto. “Por enquanto, o BC deve manter a taxa de 13,75 % em sua próxima reunião. Ainda que o comitê se mostre atento aos próximos números de inflação, não há sinalização de qualquer mudança de trajetória”, afirma.O Itáu considera que, apesar da concentração dos aumentos em outubro ter ficado em administrados, a composição do dado segue benigna, com o núcleo subjacente para serviços e industriais desacelerando dos picos recentes. “Projetamos alta de 5,5% no IPCA em 2022, com viés altista em função da pressão de preços no atacado de alguns alimentos in natura e alta recente preços de combustíveis na bomba”, diz em relatório.Para Luca Mercadante economista da Rio Bravo, os dados do IPCA voltaram a representar um sinal ruim para a dinâmica de inflação. “A volta do IPCA para terreno positivo já era esperada, entretanto, tivemos uma elevação dos preços acima das expectativas e com um qualitativo ruim. Núcleos voltaram a acelerar, serviços se mantiveram pressionados, bem como bens industriais”, comenta.“O resultado justifica, mais uma vez, a postura vigilante do Banco Central, entretanto ainda não antevemos mudanças nos rumos da política monetária para os próximos meses”, diz Mercadante.

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REFLEXÃO: Tim Hanson, da Motley Fool: Compre ações impressionantes por preços que não refletem sua grandiosidade.

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