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Itaú (ITUB4): resultado surpreende projeções já otimistas e analistas veem “divisor de águas”; ADRs sobem 5% no pré-market da NYSE

Credit Suisse vê números como bem positivos, com banco diferenciando-se dos seus pares; XP destaca margem financeira bruta forte

Informação para traders e investidores

Edição MarketMsg e invistaja.info

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JOPA4 | EV/EBIT: 13.67 | Liq.Corr.: 2.12 | Cotacao: 35.0 | P/Cap.Giro: 0.46 | PSR: 0.197 | Mrg.Liq.: 0.0126

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Após as decepções com os números do Santander Brasil (SANB11) e do Bradesco (BBDC4), o Itaú (ITUB4) foi contra a maré e divulgou resultados bem fortes e acima do esperado – sendo que as estimativas já eram altas – no quarto trimestre de 2021.

O banco teve alta de 45% em seu lucro em 2021, na comparação com o ano anterior, para R$ 26,9 bilhões. No quarto trimestre de 2021 o lucro líquido gerencial foi de R$ 7,159 bilhões, um salto de 32,9% em relação ao mesmo período de 2020, quando a instituição ainda fora afetada pelos efeitos da pandemia da covid-19 sobre o custo de crédito.

Os resultados já foram bem recebidos pelo mercado na noite da véspera, com os ADRs (na prática, os papéis negociados na bolsa de Nova York) subindo forte no after market. Às 9h15 (horário de Brasília), no pré-market da NYSE, os ativos subiam 5,32%, a US$ 4,95.

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O Bradesco BBI avaliou os resultados do Itaú no quarto trimestre como “muito fortes” e disse esperar uma reação positiva do mercado. O Bradesco manteve avaliação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) e o Itaú como sua escolha favorita (“top pick”) no Brasil.

A receita líquida recorrente do Itaú no período ficou em R$ 7,2 bilhões, 5,6% superior ao trimestre imediatamente anterior, 32,9% acima do ano anterior e 5,6% acima do consenso de analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Bloomberg. Na avaliação do BBI , o bom resultado foi impulsionado pelo crescimento dos resultados com seguros, que ficaram 8% acima de sua estimativa. Esses resultados foram, no entanto, parcialmente ofuscados por provisões mais altas, que ficaram 3,2% acima da estimativa. Já a receita com taxas e gastos operacionais ficaram em linha com suas estimativas.

O BBI também avalia que a expansão de 6,7% nos empréstimos do Itaú na base trimestral foi “forte”, impulsionada pela alta de 9,5% de empréstimos a indivíduos.

As projeções do Itaú para 2022 como fortes, com receita líquida recorrente de R$ 30,8 bilhões no ponto médio, representando crescimento de 15% na comparação anual e 7% acima de sua estimativa e 7% acima do consenso da Bloomberg.

A receita líquida de R$ 21,2 bilhões representou alta de 8,7% na comparação trimestral e de 20,6% na anual, ficando 7,8% acima da estimativa do Bradesco BBI. Ela foi impulsionada pela receita líquida com clientes de R$ 19,9 bilhões, alta de 13,2% na comparação trimestral e de 24,3% na anual, e 10,6% acima da estimativa do Bradesco, impulsionada por volume de crédito maior e um mix de produtos melhor.

Os gastos com provisões subiram 18,5% na comparação trimestral e 2,8% na anual, a R$ 6,2 bilhões, 3,2% acima da estimativa do Bradesco, refletindo expansão do portfólio que envolve principalmente crédito sem garantia ao consumidor. Como resultado, o custo com o crédito do banco subiu a 2,5%, 0,3 ponto percentual mais alto do que no terceiro trimestre de 2021. A taxa de crédito não produtivo (NPL) de 90 dias caiu 0,11 ponto percentual na comparação trimestral, a 2,5%.

Na avaliação do BBI, o Itaú apresentou um trimestre “sólido”, indicando os benefícios do crescimento forte e de um mix melhor, assim como os impactos positivos de taxas de juros mais altas sobre seu capital. As previsões positivas e “agressivas” do banco trazem fortes expectativas quanto à taxa líquida de juros com clientes, afirma o Bradesco, o que compensa o crescimento esperado no risco do custo com um mix de empréstimos mais arriscado. O ponto médio da guidance representa crescimento de 15% no rendimento em 2022, 7,4% acima da estimativa do Bradesco e 6,6% acima do consenso da Bloomberg. Assim, a recomendação para os ativos é outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 31, ou potencial de alta de 24% em relação ao fechamento da véspera.

Para o Credit Suisse, os resultados foram muito positivos para as ações, vendo como um divisor de águas para o Itaú Unibanco, diferenciando-o ainda mais de seus pares.

“Além dos resultados de altíssima qualidade superados pelo consenso, as diretrizes para 2022 reforçam nossa visão de um ambiente de margem financeira líquida (NII, na sigla em inglês) muito forte para o Itaú Unibanco impulsionado pela Selic, crescimento do crédito no varejo e melhor mix (ajudado pelo retorno das linhas de crédito rotativo).

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Já o ponto médio do guidance implica em  lucro líquido recorrente de R$ 29,9 bilhões (19,3% ROE), 3% acima do consenso, 2% acima da estimativa do Credit, um crescimento robusto de 11% na comparação anual.

“Melhor ainda, o crescimento dos lucros está sendo acompanhado pelo fortalecimento do balanço patrimonial. O banco adotou uma abordagem conservadora nas provisões para 2022, apesar do bom desempenho da qualidade dos ativos, a fim de manter o índice de cobertura estável”, apontam os analistas.

Os analistas do banco suíço veem o guidance para 2022 como altamente alcançável e acreditam que o ambiente de NII favorável deve continuar em 2023 impulsionado por uma taxa Selic média mais alta, apoiando a expectativa de um ciclo de crescimento de lucros plurianual, com pelo menos cerca de 10% de crescimento de lucros em 2023, 4% acima do consenso.

“Reiteramos nosso rating Outperform para o Itaú Unibanco, que continua sendo nossa primeira escolha entre os bancos brasileiros”, apontando que o Itaú Unibanco está sendo negociado a atraentes múltiplos de preço sobre o lucro de 8,2 vezes para 2022. Eles ainda avaliam que um aumento no prêmio Itaú é garantido devido ao maior crescimento dos lucros e ao fortalecimento do balanço patrimonial. O preço-alvo para os ativos é de R$ 33, ou potencial de alta de 32% frente o fechamento da véspera.

O Morgan Stanley também avalia que o banco reportou um trimestre muito forte, superando as expectativas do mercado por uma boa margem.

O banco americano ressalta vê muito mais pontos positivos do que negativos neste trimestre. As métricas de qualidade dos ativos parecem boas e provavelmente serão bem recebidas pelo mercado, que está hiper focado em inadimplência. O crescimento do crédito foi muito forte e, juntamente com a elevação da Selic, deve continuar impulsionando as receitas financeiras nos próximos 6-12 meses.

Em relação ao guidance para 2022, o Morgan Stanley diz que melhor que o consenso de mercado e acredita que há espaço para o Itaú entregar ainda acima do guidance, como foi o caso em 2021. Dessa forma, mantém classificação overweight para Itaú e preço-alvo de US$ 7,20 para os ADRs, ou upside de 53% em relação ao fechamento da véspera.

A XP ressalta que o Itaú apresentou a melhor qualidade de resultados entre os pares privados. Embora as provisões tenham aumentado 24% no trimestre e 21% no período, impulsionadas pela expansão da carteira de crédito em produtos de crédito ao consumo, veem a qualidade como positiva, uma vez que o índice de cobertura (que representa a proporção que a provisão para risco de crédito é capaz de cobrir os créditos inadimplentes) aumentou 7 pontos percentuais no trimestre para 241%, enquanto o Bradesco e o Santander consumiram cobertura, e a taxa de inadimplência diminuiu 9 pontos-base no trimestre e alta de 11 pontos-base na comparação anual, enquanto os pares privados subiram em um ritmo mais acelerado.

Já com relação ao guidance, XP destaca a  projeção de crescimento da carteira de crédito entre 11,5% e 14,5%. “Apesar de ser semelhante ao número do Bradesco, o Itaú tem maior exposição a linhas de crédito de maior crescimento. Isso nos leva a ver seu Guidance como mais atingível do que seu par”, avaliam os analistas.

Os analistas apontaram expectativa de reação positiva do mercado ao lucro construtivo combinado com a boa qualidade dos resultados no próximo pregão. No entanto, reiteraram a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 28 por ação (com upside de 11,8%) diante do cenário macroeconômico mais desafiador pela frente.

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