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Itaú (ITUB4) traz números fortes no 4º tri, “limpa” balanço de Americanas e traz alívio; ação salta mais de 8% e puxa setor

Lucro ficou abaixo do esperado por provisão com Americanas, mas provisão de 100% é notícia positiva e mostra que banco seguirá descolada dos pares privados

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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Apesar de uma primeira leitura indicar que o resultado do Itaú (ITUB4), divulgado na noite da última terça-feira (8), ficou abaixo do esperado – também impactado pelas provisões com a recuperação judicial da Americanas (AMER3) – uma leitura mais detida dos números mostra a resiliência do banco mesmo em um cenário desafiador. Com isso, a tese da ação da instituição financeira como uma das preferidas entre os “bancões” foi reforçada após o balanço divulgado na véspera.Com o alívio do mercado após semanas de tensão com o setor financeiro desde a explosão do caso Americanas, os ativos saltaram 8,27%, a R$ 26,58, na sessão desta quarta-feira (8), impulsionando outras ações do setor bancário, caso de Bradesco (BBDC4, R$ 14,16, +4,89%), Santander (SANB11, R$ 28,94, +4,86%) e o BTG Pactual (BPAC11, R$ 21,15, +5,17%), ainda que as perspectivas para estes não sejam tão positivas e/ou eles tenham mais exposição à varejista. O Banco do Brasil (BBAS3), por sua vez, subiu 2,37%, a R$ 39,80.O Itaú Unibanco fechou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido gerencial de R$ 7,668 bilhões, uma alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, o  consenso Refinitiv apontava para lucro líquido reportado de R$ 8,239 bilhões.Contudo, graças a margens mais altas, fruto de uma carteira de crédito mais rentável, o maior banco do País conseguiu absorver o impacto de um evento subsequente de um grande cliente corporativo sobre o custo de crédito.O nome desse cliente não foi informado, mas o movimento, que é o mesmo já informado pelo Santander Brasil (SANB11) na semana passada, indica que trata-se da Americanas. O Itaú é um dos maiores credores da companhia, que pediu recuperação judicial em janeiro, com R$ 2,9 bilhões a receber da varejista. Em termos relativos, é um dos grandes bancos menos expostos à companhia, o que dilui o impacto do evento sobre o resultado.O Itaú diz que houve um esforço para cobrir 100% deste evento, com impacto negativo de R$ 719 milhões no lucro recorrente. Apenas com este cliente, o banco teve uma despesa de R$ 1,3 bilhão em provisões. Ao todo, o custo de crédito do Itaú foi de R$ 9,805 bilhões, alta de 58,1% em relação ao mesmo período de 2021, de acordo com o balanço.A XP aponta ver  os resultados do 4T22 do Itaú como sólidos, apesar do lucro líquido abaixo do esperado e impactado pelo considerável provisionamento de R$ 1,3 bilhão relacionado provavelmente o caso da Americanas).“Do lado positivo, esta provisão equivale a 100% da exposição do banco à empresa e limpa os resultados de 2023 de qualquer impacto adicional”, avalia.Esse revés momentâneo, que correspondeu a menos de 10% do seu Lucro Líquido, pressionou seu Retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) para 19,3%, uma queda de 0,9 ponto porcentual (p.p.) em um ano, e de 1,7 p.p. em três meses,  que os analistas da XP ainda veem como positivo e com tendência de recuperação nos próximos trimestres.“Como resultado, apesar de um lucro um pouco abaixo do esperado, vemos os números gerais do banco como robustos e reiteramos nossa visão positiva sobre o nome”, apontam os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães, que assinam o relatório.Apesar da desaceleração no segmento de grandes empresas, o crescimento da carteira de crédito do Itaú manteve-se forte, crescendo 11% no ano no total e 14,2% na base anual no Brasil, avaliam.Segundo Manda e Guimarães, a Margem Financeira (NII) continuou se destacando, atingindo R$ 25 bilhões no 4T22 (alta de 18% no ano), suportada pelo desempenho positivo da Margem Financeira com Clientes. Com isso, sua receita operacional totalizou R$ 37,9 bilhões no período (alta trimestral de 3,6% e anual de 13,2%).Leia mais: Confira o calendário de resultados do 4º trimestre de 2022 da Bolsa brasileiraO que esperar da temporada de resultados do 4º trimestre de 2022? Confira no que ficar de olhoSua taxa de inadimplência aumentou marginalmente para 2,9% (alta de 10 pontos-base no trimestre), enquanto o índice de inadimplência no Brasil atingiu 3,4%, avanço trimestral de 20 pontos-base. Isso, aliado ao reconhecimento dos impactos decorrentes do evento subsequente relacionado ao caso específico (provavelmente Americanas), levou o banco a aumentar substancialmente a provisão no trimestre para R$ 9,8 bilhões, alta trimestral de 22,7%. Assim o índice de cobertura ficou em 212%, queda trimestral de 3 pontos percentual, o que a XP ainda considera como saudável.O Credit Suisse apontou que já tinha o Itaú como um dos seus top picks (preferidos) e enxerga que os resultados, assim como o guidance para 2023, são uma prova do poder de lucros e execução da companhia.Os analistas do banco suíço reforçaram a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) no nome e acreditam que o desempenho operacional continuará a se distanciar de outros pares do setor privado.“Nos resultados, a empresa entregou um retorno sobre o patrimônio líquido robusto de 19%, apesar de provisionar 100% para a exposição de Lojas Americanas, ao mesmo tempo em que apresentou bom desempenho de qualidade dos ativos no varejo”, aponta. O Credit ainda ressalta que, excluindo a provisão provável com o efeito Americanas, o lucro líquido gerencial teria sido de R$ 8,387 bilhões com um ROE de 21%, 1,1% acima da projeção do banco suíço.O Bradesco BBI também vê que o Itaú apresentou um trimestre forte no 4T22. O destaque é que o banco continuou a beneficiar de fortes receitas financeiras com clientes. Enquanto as provisões foram significativamente impactadas provavelmente pelo caso Americanas, “o atual momento positivo do banco permitiu o provisionamento de 100%, evitando impactos em 2023”, avalia.Entre os pontos negativos apontados pelo BBI, as taxas de serviços e despesas operacionais decepcionaram, parcialmente compensadas por um dado melhor no segmento de seguro. As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 10,4 bilhões 5,5% abaixo da expectativa da casa, com cartão de crédito e gestão de ativos mais fortes compensados por conta corrente e taxas de corretagem mais fracas. Por outro lado, o resultado de seguros ficou 13,7% acima da estimativa do BBI, puxado por um aumento nos prêmios ganhos e comissões/taxas devido ao aumento das vendas. Finalmente, as despesas operacionais atingiram R$ 14,6 bilhões, 1,9% acima da projeção da casa, refletindo os efeitos de um acordo coletivo de trabalho e processamento de dados.Com 2023 “limpo” de provisões, agenda é de crescimentoA Genial Investimentos ressalta que a melhor notícia que vem com o provisionamento de Americanas em 100% é que, com o “balanço limpo” para 2023, a agenda volta ser de crescimento.“Pelo menos é isso que o guidance de 2023 nos guia. Na nossa simulação, chegamos a um lucro de R$ 35,9 bilhões, crescimento anual de 16,8% e ROE de 20,7%, no meio da faixa do guidance de 2023 do banco”, aponta.O Itaú divulgou suas projeções de desempenho para 2023 com expectativa de crescimento de 6% a 9% da carteira de financiamentos, de 13,5% a 16,5% da margem financeira com clientes, e de 7,5% a 10,5% das receitas com tarifas e serviços. O banco estimou ainda que o custo do crédito neste ano vai ser de R$ 36,5 bilhões a R$ 40,5 bilhões. No ano passado, foi de R$ 32,3 bilhões.Em relatório a clientes, a equipe do Citi apontou que, diante da piora das expectativas dos investidores nas últimas semanas para o setor bancário desde o caso Americanas, vê “o guidance alinhado ao consenso do Itaú como um bom indicativo, reafirmando bons resultados mesmo em um ano desafiador pela frente”.A Genial ressalta que o guidance dá sinais de que o banco deverá continuar reportando fortes resultados e acima de seus pares privados, apesar de uma desaceleração de crédito em 2023 devido ao cenário macroeconômico bem desafiador.O banco estima o crescimento de crédito entre 6-9%, mas com a margem financeira com clientes rodando à velocidade bem superior entre 13,5 – 16,5% como fruto da reprecificação da carteira e um mix com produtos de maior rendimento feita ao longo dos últimos anos, destaca a casa de análise.“Calculamos um lucro de R$ 35,9 bilhões (ROE de 20,7%) no meio do guidance. Na faixa inferior do guidance, chegamos a um lucro parecido com 2022 em R$ 30,7 bilhões e no topo do guidance, um crescimento de lucro de 34,2% ao ano, batendo R$ 41,3 bilhões (ROE de 23,5%)”, avalia a Genial.Olhando para o ponto médio do guidance, o lucro líquido gerencial é  3% acima do esperado pelo Credit Suisse e em linha com o consenso.“Com melhor hedge para se proteger da alta dos juros, receita de juros com clientes crescendo mais rápido que a carteira de crédito, uma exposição maior a alta renda na pessoa física, receita com serviços e seguros crescendo perto dos 10% ao ano, e avanços na digitalização do banco que eventualmente irão levar ganhos de eficiência, reiteramos o Itaú como nossa preferência de longo prazo entre os grandes bancos brasileiros”, aponta a Genial.A casa ressalta que, negociando a apenas 6,64 vezes o múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) esperado para 2023 (suas estimativas e meio do guidance), entende que as ações do banco estão em níveis atraentes, apresentando um potencial de valorização de 30,3% com base no seu preço-alvo de R$ 32.O Goldman Sachs, por sua vez, aponta que os resultados foram mistos, pois a margem financeira continua forte e o banco agora está totalmente provisionado para o caso específico de Americanas, mas o crescimento dos empréstimos está diminuindo e o custo do risco deve permanecer elevado. Contudo, o banco segue com recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 30 para os ativos (ou potencial de valorização de 22%).

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REFLEXÃO: Bill Mann, da Motley Fool Asset Management: Busque investir em conjunto com grandes gestores, depois, é só ser paciente.

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