Negociando na bolsa de valores
Edição MarketMsg e invistaja.info
palavras-chave: Juros mais altos por mais tempo: por que a ata do Fomc “azedou” a Bolsa brasileira; invistaja.info;
CGAS3 | Liq.Corr.: 1.0 | Liq.2meses: 77108.3 | P/EBIT: 5.3 | Div.Brut/Pat.: 9.4 | P/L: 5.67 | ROIC: 0.2396
Dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) esperam que a inflação fique elevada por mais tempo nos Estados Unidos do que era previsto na reunião de março. Isso fez com que o Ibovespa perdesse ainda mais força na tarde desta quarta-feira (22) após a divulgação da ata da última reunião de polícia monetária do Fed, que aconteceu em 30 de abril e 1º de maio, e manteve os juros inalterados no país. Às 16h28 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa caía 1,40%, a 125.623 pontos, aceleram as perdas de antes da divulgação da ata.
Ainda que a desaceleração da inflação à meta de 2% seja apontada como o cenário mais provável no médio prazo, segundo consta na ata, o documento diz que os dirigentes reconhecem a ausência de progresso na desinflação no primeiro trimestre deste ano, e estão alertas para o avanço nos preços, que segue excessivamente incerto. Eles identificaram avanço no núcleo de serviços, com exceção de moradias, e isto deve mantê-los “muito atentos aos riscos de inflação”.
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Mesmo assim, os dirigentes afirmaram ver maior equilíbrio nos riscos entre metas de emprego e de inflação, e vários dirigentes esperam que a inflação de serviços não habitacionais volte a cair à medida que o crescimento dos salários abranda no país.
No documento, alguns participantes apontaram preocupações com eventos geopolíticos, que podem provocar interrupções na oferta de algumas commodities e acelerar a inflação em determinados setores e pesar sobre o crescimento econômico, que no momento segue avançando a ritmo forte.
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“A ata foi hawk [dura], com clara piora na avaliação sobre a inflação. Apesar de não haver sinais de que próximo movimento de juros poderia voltar a ser de alta, a retirada do trecho que indicava taxa atual no pico e corte de juros ainda este ano sugere que o Fed está mais cauteloso e em dúvida sobre atual nível de restritividade da política monetária”, avalia Andréa Durão, economista da Asa Investments.
Para Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, a ata transmitiu bastante firmeza em relação ao processo de convergência para a meta inflacionária de 2%. “A trajetória de desaceleração da inflação não se dá no ritmo desejado pelo FOMC. Além disso, destacam que a atividade e o mercado de trabalho permanecem resilientes. Assim, a avaliação do cenário feita pelo Fed é dura. O balanço de riscos é assimétrico para cima, a diminuição no ritmo de redução do balanço de ativos não tem como objetivo mudar o posicionamento do BC americano e ainda foi considerada expressamente a possibilidade de que os juros voltem a subir caso o cenário não mostre a melhora esperada”, avalia o economista.
Em uma perspectiva mais de longo prazo, o Fed também deu destaque a possibilidade de que o a política monetária tenha menos efeito sobre as variáveis econômicas em virtude de um juro neutro mais elevado. Mercadante ainda apontou que a ata do Fed reforça a posição cautelosa do Copom (do BC brasileiro) frente ao cenário externo. “A postura do BC americano na ata não abre muito espaço para uma discussão de cortes indicando que a pressão externa deve continuar ao longo do ano”, avalia, em um cenário em que diversos economistas já não veem corte de juros pelo BC por aqui neste ano, o que deve desfavorecer o investimento em renda variável.
(com Estadão Conteúdo)
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