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palavras-chave: Lucro cai, margem encolhe, mas ação dispara: o que anima investidores da Marcopolo?; invistaja.info;
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Mesmo com um resultado mais fraco e abaixo do esperado no primeiro trimestre deste ano (1T25), as ações da Marcopolo (POMO4) subiam 4,36%, às 14h32 (horário de Brasília, desta terça-feira (30), cotadas a R$ 7,14.
A leitura do mercado parece mirar mais à frente do que no passado imediato: os investidores apostam em uma melhora do mix de vendas e maior rentabilidade nos próximos trimestres, o que vem sendo reforçado pela própria gestão da empresa tanto em balanço como em teleconferência ao mercado e endossado por analistas de grandes bancos.
O lucro líquido da maior fabricante de carrocerias de ônibus da América Latina caiu 23,3% em relação ao mesmo período de 2024, para R$ 243,1 milhões, resultado puxado por uma combinação de fatores sazonais, férias coletivas e um mix de produtos menos rentável no mercado doméstico. Ainda assim, o número veio em linha com o consenso de mercado. O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, somou R$ 262 milhões, 12% abaixo das estimativas da Bloomberg e quase 17% menor que no ano anterior. A margem Ebitda ficou em 15,6%, recuo ante os 19% de um ano antes.
Apesar disso, o Itaú BBA mantém recomendação outperform (acima da média do setor) para as ações, com preço-alvo de R$ 10,50 ao fim deste ano. O banco reconhece que o resultado operacional foi mais fraco que o esperado, mas pondera que o lucro foi sustentado por uma reavaliação positiva da dívida em moeda estrangeira, em função da queda do dólar de R$ 6,20 no fim de 2024 para R$ 5,70 no primeiro trimestre deste ano. A instituição, contudo, alertou para possível revisão nas estimativas de lucro líquido dos investidores institucionais, atualmente projetado em R$ 1,3 bilhão para 2025.
O Bradesco BBI também reiterou a recomendação de desempenho acima da média, com preço-alvo de R$ 10, citando melhora esperada no mix de vendas e maiores volumes no mercado interno. Segundo o banco, a entrega de 692 ônibus para o programa Caminho da Escola (contra 463 no mesmo período de 2024) é um sinal positivo, com expectativas de um novo leilão do programa entre o quarto trimestre deste ano e o primeiro de 2026. A margem Ebitda menor é atribuída à maior participação das receitas no exterior, onde as comissões são mais elevadas.
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O JPMorgan, por sua vez, reforçou a avaliação positiva sobre a ação, com classificação overweight (desempenho superior ao do seu índice de referência), destacando que, durante teleconferência sobre os resultados, a diretoria da companhia demonstrou otimismo com a recomposição do mix de receita a partir do segundo trimestre. A expectativa é de maior participação de ônibus rodoviários pesados, tanto no Brasil quanto em operações internacionais. A carteira está cheia até agosto em todos os segmentos, e o payout de dividendos deve se manter entre 40% e 50%, o que atrai investidores em busca de retorno consistente.
Em termos de mercados internacionais, o JPMorgan apontou que a África do Sul deve entregar bons resultados ao longo do ano, apesar da sazonalidade do primeiro trimestre. A Argentina continua se recuperando, a Austrália opera com pedidos em carteira cheios, e até a China, que havia enfrentado dificuldades em 2024, apresentou sinais de virada. Já o México deve mostrar recuperação gradual com o modelo G8 produzido localmente.
No primeiro trimestre, o volume total vinculado à receita líquida subiu 8% em relação ao mesmo período de 2024, puxado por um aumento de 89% nas exportações. No Brasil, a receita caiu 24%, com queda nos segmentos rodoviário e urbano. O desempenho internacional, por outro lado, foi o destaque positivo: alta de 72% na receita, com avanço em todas as geografias. Esse avanço contribuiu para manter a receita líquida consolidada estável, em R$ 1,7 bilhão, ainda que 5% abaixo do consenso.
Embora a margem bruta tenha caído para 22,9%, a Marcopolo já indicou que os volumes devem crescer no segundo trimestre, com melhora no perfil das vendas. Se isso se confirmar, a empresa deve ganhar eficiência operacional por meio de maior diluição de custos fixos — condição que favorece a recuperação das margens.
A ação da Marcopolo negocia a 6,3 vezes o lucro projetado para 2025, com um dividend yield estimado de 8%, segundo o Itaú BBA. Já o JPMorgan calcula que o múltiplo EV – valor da firma/Ebitda está em 4,9 vezes, abaixo do praticado por concorrentes como Randon (5,2 vezes) e próximo da Tupy (3,7 vezes), o que reforça a percepção de atratividade do papel em relação ao setor.
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