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palavras-chave: Magalu (MGLU3) lucra 54% menos no 1T25, a R$ 12,8 mi, mas com mais margem e caixa; invistaja.info;
CALI3 | ROE: 0.2143 | Liq.Corr.: 1.33 | EV/EBITDA: -29.38 | PSR: 2.325 | P/VP: 4.71 | ROIC: -0.0438
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O Magazine Luiza (MGLU3) registrou lucro líquido de R$ 12,8 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), uma queda de 54,3% em relação ao mesmo período do ano anterior (1T24). Já o lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos não recorrentes, foi de R$ 11,2 milhões, recuo de 62,5%. Mesmo com a queda no resultado final, a empresa elevou sua geração de caixa e ampliou sua margem bruta no período, indicando uma operação com foco maior em rentabilidade do que em expansão de volume.
A queda no lucro, segundo a varejista, está diretamente relacionada ao aumento das despesas financeiras, provocado por juros ainda elevados, o que pressionou o desempenho de categorias de maior valor, como eletrodomésticos e eletrônicos. Apesar disso, a diretora de relações com investidores, Vanessa Rossini, destacou ao (invistaja.info) que o Magazine Luiza conseguiu sustentar o sexto trimestre consecutivo com resultado positivo, favorecido por ganhos operacionais e melhora nas margens.
“Mesmo com uma despesa financeira maior, conseguimos sustentar o resultado positivo graças ao crescimento da nossa margem operacional. Isso foi fundamental para mantermos a lucratividade em um trimestre mais fraco do ponto de vista comercial”, afirma.
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O lucro operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 10,3% e alcançou R$ 758,8 milhões, com margem de 8,1% sobre a receita líquida — um ganho de 0,7 ponto percentual em comparação aos três primeiros meses de 2024. Já a margem bruta atingiu 30,6% no trimestre, avanço de 0,7 ponto percentual na comparação anual.
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Rossini diz que a melhora do Ebitda foi alavancada pelo aumento da margem de contribuição em todos os canais de venda, incluindo lojas físicas e comércio eletrônico. O desempenho da margem bruta, por outro lado, foi puxado por uma elevação de 0,6 ponto percentual na margem de mercadorias e por maior contribuição das receitas de serviços como publicidade digital, seguros e comissões do marketplace — segmentos com margens estruturalmente maiores.
Segundo a varejista, produtos como seguros — incluindo garantia estendida e seguro residencial — já fazem parte da operação nas lojas físicas e contribuem com uma geração de receita recorrente dentro do ecossistema da companhia. O marketplace também continua crescendo, com margens mais altas que as de mercadorias, o que ajuda a melhorar a rentabilidade.
A executiva também explica que a composição das receitas tem evoluído, mesmo em um contexto de juros mais altos. “A gente teve que fazer um aumento de preço mais expressivo frente à taxa de juros, que neste ano está maior do que no começo do ano passado. Isso contribui para a expansão da margem, junto com a redução das despesas logísticas e o crescimento das lojas físicas”, diz.
A empresa fechou o trimestre com uma posição de caixa total de R$ 6,7 bilhões e um caixa líquido ajustado de R$ 2,1 bilhões. A geração de caixa operacional dos últimos 12 meses alcançou R$ 2,4 bilhões, incentivada pela melhora no resultado operacional e na gestão de capital de giro.
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Vendas e crédito
As vendas totais do trimestre, que incluem lojas físicas, e-commerce tradicional (1P) e marketplace (3P), somaram R$ 16,1 bilhões, alta de 0,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho, de acordo com a varejista, foi sustentado por um crescimento de 6,2% nas lojas físicas cujas vendas chegaram a R$ 5 bilhões, compensando a queda de 2,3% no e-commerce. No critério mesmas lojas, o avanço foi de 7,1%, o que resultou em ganho de participação no mercado físico.
O comércio eletrônico totalizou R$ 11,2 bilhões em vendas. O canal com estoque próprio (1P) respondeu por R$ 6,6 bilhões, com queda de 2,6%, e o marketplace (3P), por R$ 4,6 bilhões, com recuo de 1,8%. A participação do e-commerce nas vendas totais recuou de 71,5% para 69,7%, refletindo a estratégia da companhia de priorizar margens mais elevadas, mesmo com volumes levemente inferiores.
Para Rossini, o bom desempenho das lojas neste trimestre faz parte de uma estratégia do Magazine Luiza de não priorizar um canal de vendas em detrimento de outro. Ela explica que, desde que Frederico Trajano assumiu a presidência da companhia, em 2016, a digitalização ocorreu em conjunto com a manutenção da relevância das lojas físicas.
“O e-commerce ganhou escala, o marketplace foi desenvolvido e o modelo multicanal foi consolidado, mas sem comprometer a presença nas lojas. Hoje, a operação combina loja física, e-commerce e marketplace de forma integrada, utilizando os mesmos centros de distribuição e estruturas logísticas para atender aos diferentes canais”, pontua a diretora de relações com investidores.
Foi esse modelo que, conforme Rossini, permitiu que o Magalu crescesse onde houvesse espaço e oportunidade, sem a necessidade de cortar investimentos em outras frentes. “Acreditamos que os canais não devem competir entre si, e sim se complementar. A loja física tem ganhado participação de mercado em um momento em que o varejo desacelera, o que mostra que nosso modelo é capaz de capturar crescimento em diferentes frentes com mais eficiência”, completa.
O percentual das despesas operacionais ajustadas sobre a receita líquida foi de 23%, alta de 0,5 ponto percentual em relação ao ano anterior. Segundo a empresa, esse aumento está ligado a investimentos em sua operação logística, sobretudo em Fulfillment (processo logístico e operacional que permite entregar produtos a clientes no e-commerce), para encurtar prazos de entrega e melhorar o nível de serviço. Também houve aumento de despesas com pessoal nas lojas físicas, acompanhando o crescimento das vendas nesse canal.
No fechamento do trimestre, o Magazine Luiza contava com 1.245 lojas, 18 a menos que no mesmo período de 2024. A área de vendas encolheu 2,1%, para 686,9 mil metros quadrados.
No braço financeiro da companhia, o MagaluBank, o volume total de transações (TPV) foi de R$ 24,5 bilhões entre janeiro e março. A base de cartões de crédito chegou a 6,1 milhões, com faturamento de R$ 14,4 bilhões no período e uma carteira total de R$ 19,9 bilhões. A inadimplência, segundo a empresa, foi uma das menores da história da operação. O lucro da Luizacred, financeira do grupo, foi de R$ 84 milhões, com retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado de 16,8%.
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REFLEXÃO: Tim Hanson, da Motley Fool: Compre ações impressionantes por preços que não refletem sua grandiosidade.
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