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Maioria das companhias do S&P 500 supera consenso no quarto trimestre, mas perspectivas pioram

Inflação, alta dos juros e guerra na Ucrânia são alguns dos fatores que diminuem otimismo dos analistas para lucros no futuro próximo

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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TOTS3 | P/L: 57.2 | DY: 0.0087 | Div.Brut/Pat.: 0.44 | Mrg.Liq.: 0.1148 | P/VP: 4.98 | EV/EBIT: 18.1

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A temporada de balanços do quarto trimestre de 2021 acabou nos Estados Unidos e a percepção do mercado sobre os resultados foi, em geral, positiva. O lucro consolidado de todas as companhias que fazem parte do S&P 500 ficou 6% acima das expectativas estipuladas por analistas. Do outro lado, porém, já houve a percepção de que há uma desaceleração em andamento.

“Apesar de grande parte das empresas ter divulgado lucros acima daquilo que era esperado, o número consolidado do S&P 500 ficou 6% acima das expectativas, enquanto a média do ano de 2021 foi uma surpresa 13,3% positiva”, pontuam os analistas da XP Investimentos, Pietra Guerra, Rafael Nobre e Jennie Li. “Nesse sentido, vemos como um início de um movimento de normalização dos resultados, voltando aos patamares pré-pandemia”.

Com a desaceleração, a visão agora é menos otimista para o futuro não só para os analistas mas também para as próprias companhias. Segundo o Facset, dentre as 500 empresas que compõem o S&P 500, 93 divulgaram as perspectivas para o primeiro trimestre de 2022. Destas, 64 reportaram perspectivas abaixo do consenso do mercado.

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69% das companhias do principal índice dos EUA estão, então, com perspectivas negativas para o período que vai de janeiro a março de 2022, número maior do que a média dos últimas cinco anos, que é de 60%. A expectativa média de lucro por ação caiu 1,1%, de US$ 52,22 em dezembro do ano passado para US$ 51,62 em março deste ano.

Inflação, alta dos juros e guerra no radar

Guerra, Nobre e Li pontuam que o quarto trimestre de 2021 foi marcado pelo fato de Federal Reserve ter dado as primeiras sinalizações de que uma alta de juros seria necessária para controlar a inflação. Além disso, os analistas destacam que preocupações com a variante Ômicron da covid-19, as falhas nas cadeias produção mundiais e a crise energética também se fizeram presentes.

“O aumento de preços é uma preocupação global. Bancos centrais ao redor do mundo iniciaram seus processos de aperto monetário, desacelerando os massivos estímulos econômicos implementados durante a pandemia. Os altos números de inflação nos EUA e Europa, começam a pressionar também as companhias”, afirmam.

Segundo o Factset, dos 500 constituintes do índice S&P 500, 356 mencionaram a palavra “inflação” em suas apresentações de resultados. Colocando em perspectiva, o número apresentado é 147% superior à média de menções dos últimos cinco anos, que gira em torno de 144 por temporada.

O efeito da alta dos preços varia de setor para setor. Companhias de consumo básico, por exemplo, tendem a ter facilidade em repassar seus maiores gastos mas, no geral, a tendência é que a inflação reduza a margem de lucros, deteriorando as perspectivas.

Além de tudo que estava presente no quarto trimestre de 2021, os analistas apontam que os próximos resultados ainda contarão com um efeito surpresa: a guerra entre Rússia e Ucrânia.

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“Apesar de recentes, as tensões geopolíticas globais e seus possíveis desdobramentos já causam grandes preocupações para as empresas”, afirmam. “Os motivos envolvem as diversas consequências da guerra e variam desde preocupações com funcionários e clientes na região até potenciais impactos do conflito em seus negócios. Vale ressaltar que esse episódio chegou em um momento desfavorável para a economia global, em que diversos países já vinham sofrendo com gargalos nas cadeias de abastecimento e pressão inflacionária elevada”, dizem.

Com inflação, companhias de consumo básico e de materiais têm melhores perspectivas

O conflito no leste europeu estourou já pelo fim da temporada de balanços americana, no fim de fevereiro. Mas, mesmo assim, cerca de 45 companhias do S&P 500 já citaram o problema geopolítico em seus relatórios.

Mesmo com o cenário piorando, sete dos 11 setores presentes no S&P 500 ainda esperam crescimento dos lucros para o primeiro trimestre de 2022. Destaque, entre eles, para os setores de materiais e energia – este último, no quarto trimestre, apresentou crescimento do lucro acima dos 1.000%, impulsionado pelo desempenho de empresas específicas.

“Na ponta positiva houve uma revisão altista na expectativa dos resultados das empresas de energia, justificado pela alta do petróleo dada a correlação positiva do setor com a commodity”, comentam os analistas da XP Investimentos.

Do outro lado, entre as visões mais negativas, estão os setores de consumo discricionário e financeiro, com a menor liquidez e o fim dos estímulos já sendo sentida.

Com tudo isso, no consolidado, hoje a expectativa é que o S&P 500 reporte um crescimento de lucros na ordem de 4,8% no primeiro trimestre de 2022, um valor menor do que os 5,9% esperados ao final de 2021. Se esse número se concretizar, será o menor crescimento de lucros registrado pelo índice desde o quarto trimestre de 2020

Com a revisão dos guidances e também com a queda dos preços vista recentemente, o valuation de várias companhias americanas ficou mais atrativo ao se levar em conta a relação entre valor de mercado e lucro. ”

“A perspectiva menos favorável do mercado em relação aos resultados futuros colocou a bolsa americana em um patamar mais barato versus a média histórica”, comenta a XP. “Entramos em 2022 com uma relação entre preço e lucros projetados para os próximos 12 meses em 20,4x e encerramos a temporada temporada de balanços com o indicador em 18,8 vezes. Quando comparado com a média histórica dos últimos dez anos, de 18 vezes, porém, a bolsa americana continua cara apesar da correção”.

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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

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