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Mercado brasileiro e payroll: por que a Bolsa tem uma reação tão negativa aos dados dos EUA?

Benchmark da Bolsa brasileira passou a ter queda após dados de emprego muito fortes nos EUA

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O Ibovespa firmava-se em queda nesta sexta-feira, após dados fortes do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que enfraqueceram ainda mais apostas de um corte nos juros norte-americanos ainda no primeiro trimestre e ainda colocou dúvidas de que a redução das taxas pode ser postergada de maio para junho, o que tem levado a uma grande pressão no mercado.

Às 11h37 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 1,16%, a 126.985 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 128.878,43 pontos.

De acordo com os dados do Departamento do Trabalho dos EUA, foram criadas 353 mil vagas de emprego no país em janeiro, bem acima das expectativas que apontavam 180 mil. A taxa de desemprego ficou em 3,7% ante previsão de 3,8%.

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Além disso, as revisões dos dois meses anteriores adicionaram liquidamente 126 mil empregos, sendo que a maior revisão aconteceu em dezembro, onde o número de empregos criados passou de 164 mil para 333 mil. Houve uma revisão anual das estatísticas de emprego, que também contribuiu para as revisões dos dados de novembro e dezembro; mas que não é a principal explicação para os resultados dos últimos meses. “Esses resultados são explicados, inequivocamente, por uma economia americana mais forte”, avalia Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management.

Uma outra surpresa relevante, aponta o economista, aconteceu nos salários (Average Hourly Earnings). Esperava-se (mediana Bloomberg) uma taxa de crescimento de 0,3% no mês, mas a taxa efetivamente observada foi o dobro da expectativa (0,6%), acelerando em relação à taxa de 0,4% registrada em dezembro. Com esse resultado, o crescimento acumulado dos salários nos últimos doze meses subiu de 4,3% em novembro (divulgação anterior: 4,1%) para 4,5%. E o número de horas trabalhadas se reduziu de 34,3 em dezembro para 34,1 em janeiro, contrariando as expectativas (Mediana Bloomberg) de manutenção.

O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano renovou máximas após a divulgação dos números, marcando 4,0085% há pouco, de 3,863% na véspera. Os futuros acionários em Wall Street também pioraram, com o Dow Jones e o S&P Futuro abrindo em queda.

A diretora de pesquisa da Global X ETFs, Morgane Delledonne, disse que os dados reforçam a visão do Federal Reserve de adiar as discussões para os primeiros cortes nas taxas.

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Na última quarta-feira, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, já havia esfriado as apostas para um corte mais cedo, afirmando que não achava provável uma redução em março, mesmo observando uma melhora na inflação.

Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, o relatório de emprego tira totalmente da frente as chances de juros em março e ainda coloca uma “pulga atrás da orelha” se o começo dos cortes não pode se dar apenas em junho. Um corte de juros nos EUA sendo postergado pode diminuir a atratividade dos emergentes, o que inclui o Brasil, fazendo com que o mercado por aqui sofra.

O Morgan Stanley também vê o Fed segurando as taxas de juros até junho. “O relatório de emprego é mais uma prova de que o mercado de trabalho continua apertado e, por isso, o foco continua na inflação. A nossa previsão para a inflação mostra um ritmo de inflação que continua a diminuir gradualmente em 12 meses, mas será acompanhado por uma pressão ascendente nas taxas de crescimento anualizadas de 3 e 6 meses devido aos preços básicos dos serviços. Todas as três medidas mostrarão o núcleo da inflação bem acima de 2% no primeiro trimestre”.

Olivares ressalta que o mercado de trabalho americano ainda muito aquecido tem implicações para a política monetária do Federal Reserve são óbvias. A desinflação recente é explicada basicamente pela deflação global nos setores produtores de bens. Já o setor de serviços continua forte, como explicitado pelo fato de ser esse setor o principal criador de empregos na economia americana. “Assim, poderíamos descrever a situação atual da economia americana como sendo uma de desinflação com riscos. E esses riscos vem do comportamento do setor de serviços, que deverá ser o foco das atenções do Federal Reserve, requerendo dose adicional de cautela”, avalia.

Confira os destaques de ações:

VALE ON caía 1,11%, a 66,70 reais, engatando a quinta queda seguida, pressionada nesta sessão por nova queda nos contratos futuros do minério de ferro. O vencimento mais negociado na Dalian Commodity Exchange, na China, encerrou as negociações do dia com recuo de 2,23%, conforme persistem as preocupações com a recuperação do setor imobiliário chinês. Os papéis da mineradora chegaram a 66,58 reais no pior momento, logo após a divulgação dos dados de emprego nos EUA.PETROBRAS PN tinha variação positiva de 0,19%, a 41,65 reais, buscando manter o viés positivo que predominou na semana — a ação fechou em queda apenas na terça-feira — e assegurou novas máximas histórica para o papel. No exterior, porém, os preços do petróleo recuavam, com o barril de Brent mostrando variação negativa de 0,61%. No setor, PETRORECONCAVO ON caía 2,56%, PRIO ON perdia 2,97% e 3R PETROLEUM ON cedia 0,6%.COGNA ON recuava 8,68%, a 2,63 reais. Relatório de analistas do BTG Pactual cortou recomendação das ações para “venda” e reduziu o preço-alvo de 3,4 para 2,6 reais, citando um “valuation esticado” e dinâmica fraca de resultados entre as razões. Ao mesmo tempo, os analistas elevaram a recomendação de Yduqs para “compra” e o preço-alvo de 26 para 28 reais, enxergando um bom ponto de entrada nos papéis, apoiado em uma dinâmica sólida para os resultados e exposição a nichos mais resilientes, entre outros fatores.YDUQ3 ON avançava 0,47%, a 19,22 reais.AZUL PN subia 3,02%, a 13,65 reais, apoiada por relatório do BTG Pactual que elevou a recomendação dos papéis para “compra”, bem como o preço-alvo de 20 para 33 reais, citando entre os argumentos uma estrutura de capital mais forte e menor competição no mercado doméstico após a Gol pedir recuperação judicial nos EUA. Em paralelo, os analistas do BTG cortaram a recomendação de Gol para “venda”, reduzindo o preço-alvo de 10 para 1 real, citando a decisão da companhia de pedir recuperação judicial nos EUA e o financiamento de 950 milhões de dólares na modalidade “debtor in possession” (DIP). GOL PN caía 1,12%, a 2,65 reais.GERDAU PN valorizava-se 1,67%, a 21,32 reais, após relatório do Goldman Sachs elevar recomendação das ações para “compra” e o preço-alvo de 25 para 26 reais. Os analistas enxergaram níveis de ‘valuation’ atrativos, enquanto avaliam que a confiança de investidores e a dinâmica dos resultados está quase no piso. No setor, CSN ON cedia 2,39% e USIMINAS PNA apurava decréscimo de 1,19%.ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,22%, a 32,29 reais, e BRADESCO PN caía 1,14%, a 15,13 reais, contaminados pela piora no mercado. A próxima semana reserva uma bateria de resultados do setor. BTG Pactual abre a agenda antes da abertura na segunda-feira, enquanto Itaú divulga no mesmo dia, mas após o fechamento. Bradesco reporta na quarta-feira cedo e Banco do Brasil apresenta seu desempenho no final da quinta-feira. BANCO DO BRASIL ON tinha queda de 0,62% e BTG PACTUAL UNIT mostrava decréscimo de 0,87%.

(com Reuters)

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