Publicidade

MG, RS e RJ, que estavam “quebrados”, recuperam o caixa na pandemia

Analistas, porém, colocam em dúvida a possibilidade de esse cenário se manter em um ano eleitoral

Notícias do mercado financeiro

Edição invistaja.info e MarketMsg

palavras-chave: MG, RS e RJ, que estavam “quebrados”, recuperam o caixa na pandemia; invistaja.info;


BGIP3 | Mrg.Ebit: 0.0 | Div.Brut/Pat.: 0.0 | P/ACL: 0.0 | EV/EBITDA: 0.0 | EV/EBIT: 0.0 | Pat.Liq: 556943000.0

ListenToMarket: MG, RS e RJ, que estavam “quebrados”, recuperam o caixa na pandemia – Áudio gerado às: 11:11:2

VELOCIDADE: 1.0x | 1.95x | 2.3x

Tidos como quebrados desde 2015, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tiveram um alívio nas contas públicas durante a quarentena e chegam a 2022 com uma situação fiscal um pouco menos desconfortável.

Analistas, porém, colocam em dúvida a possibilidade de esse cenário se manter em um ano eleitoral. Do lado dos governos, a adesão ao plano de recuperação fiscal é tida como essencial para que consigam continuar pagando salários em dia – o que voltou a acontecer em 2021 após pelo menos quatro anos de atrasos.

Apesar de ainda alto, o endividamento dos três Estados diminuiu desde a chegada da covid ao Brasil. No Rio de Janeiro, onde a queda foi mais expressiva, a relação entre dívida líquida e receita corrente líquida passou de 282% em dezembro de 2019 para 197% em agosto do ano passado, uma retração de 85 pontos porcentuais. No Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, os recuos foram de 224% para 184% e de 192% para 162%, respectivamente, segundo o Itaú Unibanco.

+Banco Inter (BIDI11): com queda de mais de 70% desde a máxima e forte volatilidade, vale a pena comprar ações?

A consultoria Tendências, que atribui notas para os Estados conforme níveis de receita, endividamento e despesas, também aponta que houve uma melhora considerável durante a pandemia. As notas vão de 0 a 10 e, quanto menores, maior o risco de insolvência. O Rio Grande do Sul, que teve a menor média em 2019 – de 0,03 -, chegou a 3,48 em 2021. Em Minas Gerais, a média passou de 0,12 para 2,62 e, no Rio de Janeiro, de 2,69 para 5,18.

Apesar de os três Estados terem avançado em suas agendas de reforma, que incluíram privatizações e alterações na previdência, a chave para a mudança na área fiscal foram as medidas adotadas no País no início da pandemia. Com a Lei Complementar 173, Estados e municípios do País receberam R$ 76 bilhões do governo federal para compensar a queda prevista na arrecadação em 2020 (desse total, 62% foram destinados a Estados e ao Distrito Federal). A perda que municípios e Estados tiveram naquele ano, porém, ficou em R$ 28 bilhões, ainda segundo cálculos do Itaú. Isso garantiu um saldo positivo de R$ 48 bilhões – o banco não tem dados específicos para RJ, RS e MG.

EFEITO DA INFLAÇÃO. Além desse repasse, os Estados foram favorecidos pela alta da inflação. Com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 10,06% em 2021, a receita com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também avançou. Em todo o País, a arrecadação com o tributo – uma das principais fontes de recursos dos Estados – era de 6% do PIB no fim de 2019. Em 2021, chegou a 7,5% do PIB. O aumento foi ligado, principalmente, aos setores da indústria e do comércio.

SERVIDORES SEM REAJUSTE. Outro fator que ajudou RJ, RS e MG a melhorar a situação fiscal – mas dificultou a vida de alguns trabalhadores – foi a proibição de reajuste aos servidores públicos, imposta também pela Lei Complementar 173. Com a aprovação da regra em 2020, os Estados já estão há quase dois anos sem ampliar suas despesas gerais. Considerando todos os entes federativos, as despesas estão em torno de 9% do PIB. A parcela é a mesma de antes da pandemia, apesar de, inicialmente, ter subido a 9,5% em 2020 com a ampliação dos gastos na saúde.

hotWords: recuperam caixa “quebrados”,

Anuncie no invistaja.info

“A lei 173 estipulou um congelamento geral de salários de servidores públicos. Então, apesar da inflação alta, não houve reajuste ao funcionalismo. Sem a lei, parte da folga (na receita) gerada pela inflação teria sido consumida”, diz a economista Juliana Damasceno, da Tendências.

Juliana afirma já prever, para este ano, uma reposição do poder de compra corroído dos servidores, mas destaca que a manutenção de uma situação fiscal mais confortável nos Estados vai depender das políticas adotadas pelos governos. “Alguns governos podem contratar agora a próxima crise fiscal ao fixar gastos permanentes baseados em um momento de melhora na arrecadação por motivos conjunturais. Já vimos isso acontecer antes.”

O economista Pedro Schneider, do Itaú, destaca que os Estados estão chegando ao ano eleitoral com caixa. Em 2021, o superávit primário deles ficou em 1,1% do PIB, a última vez que um patamar desses havia sido alcançado foi em 2007. “Tenho poucas dúvidas de que os governos vão aumentar os gastos. A única dúvida é quanto vão conseguir gastar”, diz.

palavras-chave: MG, RS e RJ, que estavam “quebrados”, recuperam o caixa na pandemia; invistaja.info;

BRASIL | economia | invistaja.info – MG, RS e RJ, que estavam “quebrados”, recuperam o caixa na pandemia

REFLEXÃO: Michael Kitces, conselheiro financeiro: Invista pensando no longo prazo, não especule, mas, não ignore as flutuações do mercado.

Veja também:

Tesla busca reduzir dependência da China para obter material fora do país

Taxa de investimentos no Brasil atinge maior nível desde 2015, mas crescimento é pontual, mostra estudo

Debate eleitoral e questão fiscal preocupam setor da construção civil

58 projetos de concessão desafiam as incertezas de 2022

Entre em contato para anunciar no invistaja.info

Resumo do mercado

Assine grátis nossa newsletter semanal

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

Newsletter invistaja: receba um resumo semanal dos principais movimentos do mercado

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

plugins premium WordPress