Publicidade

Movida (MOVI3): depreciação e juros derrubam lucro e ações caem mais de 7% após resultado

Lucro da companhia de seminovos e aluguel de veículos caiu além do esperado e foi destaque do balanço, ainda que operacional seja positivo

Investindo como um profissional

Edição MarketMsg e invistaja.info

palavras-chave: Movida (MOVI3): depreciação e juros derrubam lucro e ações caem mais de 7% após resultado; invistaja.info;


TELB4 | Div.Brut/Pat.: 0.11 | Mrg.Ebit: -0.8306 | P/VP: 0.46 | P/ACL: -0.9 | Liq.2meses: 43161.9 | P/L: -4.99

ListenToMarket: Movida (MOVI3): depreciação e juros derrubam lucro e ações caem mais de 7% após resultado – Áudio gerado às: 13:20:45

VELOCIDADE: 1.0x | 1.95x | 2.3x

Apesar de resultados operacionais considerados neutros, as ações da Movida (MOVI3) registram forte queda de até 12,4% na sessão desta terça-feira (8), com os analistas destacando como negativo principalmente a linha do lucro líquido no terceiro trimestre de 2022 (3T33). Às 13h (horário de Brasília), os ativos MOVI3 caíam 7,27%, a R$ 12,50.A empresa de aluguel e seminovos de carros teve um lucro líquido de R$ 94 milhões, queda anual de 64% e trimestral de 50%, ficando 30% abaixo da estimativa da XP.A baixa ocorreu por uma queda acentuada na margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita líquida) de seminovos com a normalização das vendas de carros, depreciação maior do que a esperada na frota de aluguel de carros (R$ 8.200 por carro, alta de 63% anualmente) e custos financeiros em ascensão (avanço de 30% no trimestre).Em resumo, a retração se deu principalmente devido ao aumento nas despesas financeiras líquidas, reflexo da contínua elevação da taxa de juros do Brasil e do aumento dos custos com depreciação.O Credit Suisse ressaltou que já tinha uma expectativa alta para depreciação e despesas de juros, mas esses foram ainda maiores do que o previsto. Embora reconheçam a surpresa positiva no Ebitda do aluguel de carros (RAC) em relação às estimativas, apontou que o grande aumento na depreciação e o consequente baixo lucro líquido seriam o foco dos investidores no pregão pós-balanço.Neste contexto, os analistas comentam que após uma depreciação por carro RAC de R$ 5 mil no 2T22, a Movida aumentou consideravelmente a depreciação sequencialmente enquanto que, como porcentagem do valor bruto da frota, ela subiu de 5,7% para 9,2%, o que surpreendeu negativamente. A queda nas margens dos seminovos foi outro fator esperado, mas com magnitude maior do que estimava (de 16,7% no 2T22 versus 9,7% no 3T22).Leia também:As ações e os setores para ficar de olho na temporada de resultadosConfira o calendário de resultados do 3º trimestre de 2022 da Bolsa brasileiraOs analistas ainda comentam que esperavam um aumento da sua frota em 2,5 mil carros no 3T22, mas o crescimento foi mais forte, em 5,8 mil carros.  O crescimento mais robusto também levou a um maior aumento sequencial na dívida líquida de R$ 1,6 bilhão versus projeção do Credit de R$ 580 milhões. Com isso, a relação entre dívida líquida e Ebitda da Movida atingiu 3,1 vezes neste trimestre versus 3 vezes no 2T22.No trimestre, a Movida apresentou crescimento de receita líquida e Ebitda impulsionados pelo crescimento da frota (+26,4% no ano) e aumentos das tarifas, principalmente no RAC que atingiu R$ 139,0 (alta de 44% no ano). O crescimento da tarifa pressionou a taxa de ocupação, porém o número de diárias no trimestre mostra uma demanda aquecida no setor delocação que deve abrir espaço para novos aumentos na alta temporada do 4T22, avalia a Eleven Financial.“Apesar desses resultados, a margem Ebitda consolidada apresentou uma redução de 4 pontos percentuais, principalmente pela normalização mais rápida que o esperado no segmento de seminovos, o qual encerrou o trimestre com 9,7% de margem Ebitda (versus 16,7% no 2T22 e versus 12,0% das nossas estimativas). A normalização já era esperada pela companhia, querenovou a sua frota e agora retoma o ritmo de depreciação dos veículos novos. O aumento da margem Ebitda do RAC de 2,2 p.p. compensou a queda de 1,0 p.p. do GTF (gestão e terceirização de frotas), que sofreu impacto de maiores despesas com mídia e pessoal, além de custos com implantação de frota”, destaca a Eleven.A Levante aponta que os resultados da companhia estão atrelados à estratégia de crescer em um ambiente macroeconômico desfavorável, “sendo que em algum lugar há de se pagar o preço”.“Na nossa visão, ficamos tranquilos ao ver que a parte operacional da companhia se mantém favorável, com repasse de preços nas tarifas, ocupação em patamares confortáveis, e cada vez mais a empresa se firmando como a segunda principal competidora do mercado tanto de RAC quanto de GTF. Quando olhamos para o financeiro, por mais que a alavancagem e a depreciação em alta possam assustar alguma parte dos investidores, nós vemos a Movida com um perfil de dívida alongado, uma posição de caixa suficiente para pagar as obrigações dos próximos 3,5 anos, e não vemos grandes preocupações em relação à liquidez”, destaca a casa de análise.Além disso, aponta, a companhia tem gerado caixa operacional se contar apenas o capex [investimentos em capital] de renovação, ou seja, a partir do momento que a empresa pare de crescer, ela se torna uma geradora de caixa.“Por conta de um cenário de alta de juros e elevada inflação, acreditamos que agora não seja o melhor momento para a organização em termos de resultado, fazendo com que, quando o ciclo se torne favorável, o papel fique ainda mais descontado em comparação aos seus pares”, avalia, destacando ainda que a Movida negocia com um grande desconto em relação ao seu principal concorrente, a Localiza (RENT3).A Eleven tem recomendação de compra para a Movida, com preço-alvo de R$ 25, ou um potencial de valorização de 85,5% frente o fechamento da véspera. Por outro lado, o Credit Suisse tem recomendação neutra para os ativos, com preço-alvo de R$ 16, ou potencial de valorização de 19%.

palavras-chave: Movida (MOVI3): depreciação e juros derrubam lucro e ações caem mais de 7% após resultado; invistaja.info;

GLEBA PALHANO | mercados | invistaja.info – Movida (MOVI3): depreciação e juros derrubam lucro e ações caem mais de 7% após resultado

REFLEXÃO: Bill Mann, da Motley Fool Asset Management: Busque investir em conjunto com grandes gestores, depois, é só ser paciente.

Saiba mais:

Qual será o impacto das eleições de meio de mandato dos EUA para Wall Street?

Corretoras cripto elogiam “bancões” e alimentam esperanças de regulação ainda este ano

Otimismo das pequenas empresas nos EUA cai para 91,3 pontos em outubro, diz NFIB

Aumento de casos de Covid-19 confronta esperanças por reabertura na China, mas por que minério de ferro segue em alta?

Publique seu negócio no invistaja.info

Resumo do mercado

Assine grátis nossa newsletter semanal

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

Newsletter invistaja: receba um resumo semanal dos principais movimentos do mercado

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

plugins premium WordPress