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O que esperar do último leilão de transmissão de energia de 2022? Analistas aponta alta competição

Leilão de Transmissão da Aneel deve ter concorrência acirrada, mas cenário de juros altos pode reduzir apetite dos participantes

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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TFCO4 | Cotacao: 9.48 | Cresc.5anos: 0.3197 | Pat.Liq: 317938000.0 | P/VP: 4.76 | P/Ativo: 2.928 | EV/EBITDA: 12.36

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizará na próxima sexta-feira (16), às 10h (horário de Brasília), na sede da B3 em São Paulo, o Leilão de Transmissão de número 2/2022 para a construção de aproximadamente 710 quilômetros (km) de linhas de transmissão e 3.650 mega-volt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações, além da manutenção do serviço de 743 km de linhas de transmissão e de 2.200 MW em subestações conversoras. Este será o último leilão de transmissão de energia elétrica para o ano de 2022.Os seis lotes do edital possuem expectativa de investimento de R$ 3,51 bilhões, com receita anual garantida (RAP) de R$ 604 milhões.Os blocos estão distribuídos em quatro diferentes regiões do Brasil, sendo um bloco localizado na região Norte, um no Nordeste, um no Sul e três na região Sudeste. A maior delas está localizada no Rio Grande do Sul/Santa Catarina (RAP de R$ 231,4 milhões e investimento de R$ 1,176 bilhão).De forma geral, analistas do Credit Suisse esperam por outro leilão competitivo, como observado nos últimos leilões, “dada a atratividade do perfil de menor risco do segmento transmissão com níveis de retorno inicial ainda atrativos”.Apesar do cenário macro desfavorável, eles ainda enxergam algum espaço para melhorias e sinergias (embora os custos de construção tenham aumentado).Além da concorrência acirrada entre players tradicionais, o Credit Suisse espera a participação de participantes não tradicionais como construtoras e private equity (conforme observado nos últimos leilões). Por outro lado, as taxas de juros mais altas podem reduzir o apetite dos participantes que já possuem um grande pipeline de capex em 2023 e 2024.Dentre as companhias tradicionais, analistas acreditam que Taesa (TAEE11), Alupar (ALUP11), Energisa (ENGI11), EDP Brasil (ENBR3), Equatorial (EQTL3) e Engie Brasil (EGIE3) poderiam participar.O BofA também espera a participação dos players listados acima e inclui Neoenergia (NEOE3) e Isa Cteep (TRPL4)  como prováveis concorrentes no leilão.“É improvável que o ambiente competitivo diminua”, comentam analistas do Bank Of America. Eles lembram que nos últimos 7 leilões (2018-22), “os licitantes ofereceram um desconto médio de 52% ao limite de receitas reguladas, refletindo: (1) melhor desempenho esperado versus capex estimado (20%, em média); (2) entrada em operação antes do cronograma original do regulador (12 meses, em média); e (3) taxas mínimas mais baixas (rendimento dos títulos de longo prazo do Brasil em baixa histórica)”.O Bank Of America ainda destaca que a recente elevação nos rendimento dos títulos de longo prazo do Tesouro Nacional  pode aliviar o cenário competitivo, mas implica em criação limitada de valor presente líquido (VPL).A Levante Ideias de Investimentos aponta que a expectativa é de alta competitividade, com atração de grandes nomes do setor, e de deságio acentuado, característica já usual das disputas de projetos de transmissão. Nesse sentido, empresas como a CPFL, Energisa, Engie, Isa Cteep e Sterlite já confirmaram sua participação no certame.“Destas, todas com exceção da CPFL sagraram-se vencedoras no leilão de junho, com a Isa  Cteep arrematando o terceiro maior bloco disputado (Lote 3 – MG/ES, de 1,1 mil km de extensão de linhas e capex estimado de R$ 3,6 bilhões)”, aponta a casa.Entretanto, cabe lembrar que a grande vencedora do leilão realizado em junho foi a Neoenergia, que, após sinalização ao mercado de que não participaria do certame, arrematou o principal lote disputado, o Lote 2 – MG SP, de 1,7 mil km de extensão de linhas e investimentos previstos de R$ 4,9 bilhões, por um deságio de 50,3% da RAP de referência. Na época, sua justificativa foi de que já estava analisando o ativo ao longo dos últimos vezes e seus estudos indicavam que conseguiria realizar sua entrega na metade do prazo previsto pela Aneel, o que lhe permitiu realizar um lance mais agressivo pelo bloco.“Apesar de ser também esperada a prática de fortes deságios neste leilão, destacamos que o agravamento do cenário econômico poderá ainda limitar os lances a serem realizados, de modo que os vencedores ainda consigam extrair valor do ativo arrematado”, apontam os analistas do banco.Potencial de retornoAssumindo os termos originais do leilão da Aneel, analistas do BofA estimam que os projetos potencialmente renderão TIRs reais de aproximadamente 11%.No entanto, o cenário base do banco aponta para taxas de retornos reais de 9% (alavancadas) com criação de VPL de R$ 200 milhões, pois incorporam as seguintes premissas: “(1) taxa 10% maior em relação ao capex do regulador e estimativa de despesas de O&M (operações e manutenção); (2) desconto médio de 20% versus o teto de receita; (3) alavancagem de 80% (Custo da dívida = inflação + 6% devido ao financiamento subsidiado esperado); (4) benefícios fiscais quando aplicáveis; e (5) início das operações doze meses antes”.Um pouco mais otimista, o relatório do Credit Suisse aponta para uma TIR real média de aproximadamente 14% no limite de receitas do leilão, assumindo 70% de alavancagem a um custo de IPCA+6%, incentivos fiscais (que podem mudar no futuro) e premissas regulatórias para cronograma de construção e capex.Caso as empresas possam cortar o capex em torno de 15% a 20%, segundo analistas, as licitações podem implicar em descontos de até 35% para obter retornos ainda razoáveis ​​(média de 10% em termos reais). De qualquer forma, analistas do banco suíço acreditam que o cenário macro atual também deve incorporar riscos maiores. “Os descontos para capex também podem ser limitados devido à inflação no nível da construção, bem como aos altos preços das commodities e gargalos iniciais na mão de obra especializada”, avaliam analistas.

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GLEBA PALHANO | mercados | invistaja.info – O que esperar do último leilão de transmissão de energia de 2022? Analistas aponta alta competição

REFLEXÃO: Rich Greifner, da Motley Fool: Pense a longo prazo, seja paciente e busque por retornos assimétricos.

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