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As ações das companhias que divulgaram resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) repercutiram em sua maioria com fortes ganhos ou baixas na sessão seguinte após balanço.
Nesta quinta-feira (27), os papéis da Oi (OIBR3, R$ 1,16, -6,45%) e da Dasa (DASA3, R$ 1,98, -7,04%), registravam forte desvalorização, enquanto CVC (CVCB3, R$ 2,47, +6,01%) subia forte, assim como IMC (MEAL3, R$ 1,30, +13,04%), esta última também repercutindo a segregação da operação do KFC no Brasil e venda de controle por US$ 35 milhões. Os papéis de Equatorial (EQTL3, R$ 32,44, -1,13%) e Multi (MLAS3, R$ 1,25, -1,57%) também registravam baixas.
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Confira as visões sobre balanços do 4T24:
Oi (OIBR3)
Na avaliação da Genial, a Oi apresentou mais um resultado fraco no 4T24. “A companhia segue pressionada por uma geração de caixa operacional negativa e não demonstra sinais concretos de reversão desse cenário no curto prazo”, comenta.
Apesar da significativa redução da dívida bruta — que encerrou o trimestre em R$ 12,0 bilhões após a reestruturação no âmbito do segundo Plano de recuperação judicial (RJ) — o nível de alavancagem continua elevado e preocupa da corretora. Diante da ausência de gatilhos claros para recuperação operacional e financeira, a Genial manteve recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 0,70.
Equatorial (EQTL3)
A XP Investimentos tem uma avaliação positiva dos resultados do 4T24 da Equatorial. Os principais destaques são: (i) o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado ficou ligeiramente acima das expectativas, refletindo a expansão de volume no segmento de distribuição e controle das despesas operacionais; (ii) Os indicadores operacionais mostraram melhora em relação ao trimestre anterior em quase todas as distribuidoras do grupo, especialmente no caso da Equatorial Góias; (iii) Os resultados da Echoenergia ainda foram prejudicados pelo curtailment do ONS, mas demonstraram uma melhoria; e (iv) O primeiro trimestre foi positivamente impactado pela equivalência patrimonial da Sabesp, que a corretora espera que a Equatorial repita seu histórico de sucesso na criação de valor.
A reiterou recomendação de compra para Equatorial.
O Itaú BBA comenta que a Equatorial relatou um EBITDA recorrente sólido e em linha, aumentando 6,7% na base anual, mais uma vez liderado pelo segmento de distribuição. No resultado final, houve uma grande superação explicada por impostos de renda melhores do que o previsto.
Simpar (SIMH3)
A Simpar reportou lucro líquido de R$ 82 milhões no 4T24, o que representa queda de 49% na comparação trimestral.
De acordo com o JPMorgan, o resultado abaixo do esperado no lucro líquido foi impulsionado por um Ebitda menor do que o previsto e por despesas financeiras líquidas e impostos acima das expectativas.
O banco americano destaca que a alavancagem encerrou o trimestre em 3,6 vezes dívida líquida/Ebitda, abaixo dos 3,7 vezes do trimestre anterior – com covenant de 4,0 vezes – e que a companhia possui liquidez suficiente para suportar seus vencimentos de dívida até 2026.
Diante disso, o JPMorgan reconhece que a gestão do balanço e do passivo continuará sendo um dos principais pontos de preocupação para os investidores. O banco manteve recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 10,50, que atualmente negocia a 3,6 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2025, embora com um prêmio de holding de 15%.
Para a Genial, o trimestre foi marcado por estabilidade operacional na Movida (MOVI3) e forte resultado em janeiro e fevereiro e lucro dobrando na base anual, bons sinais na Vamos (VAMO3), com yield subindo para 2,8%. Enquanto isso a JSL (JSLG3) veio mais fraca, com pressão de custos e queda de 7% no EBITDA na comparação trimestral. A Automob (AMOB3) segue impactada por baixa nas concessionárias pesadas, enquanto a alavancagem recuou levemente para 3,6 vezes.
Dasa (DASA3)
Os resultados do 4T24 da Dasa foram negativos e abaixo das expectativas do BBI, com o Ebitda ajustado 15% inferior às projeções e um EBT ajustado negativo de R$ 501 milhões, bem pior do que a estimativa de R$ 244 milhões negativos.
A receita líquida apresentou desempenho fraco, com a BU1 (BU = unidade de negócios) crescendo 3% na base anual, impactada principalmente pela descontinuação dos serviços para a Planserv em Salvador, enquanto a BU2 teve alta de 4% ao excluir a operação internacional, que no 4T23 registrou receita negativa devido aos efeitos cambiais na Argentina.
Já as despesas financeiras, excluindo o efeito de marcação a mercado de derivativos de hedge, foram 18% piores do que o projetado pelo BBI. Além disso, a dívida líquida, desconsiderando os R$ 195 milhões da venda da Dasa Empresas, aumentou R$ 188 milhões no trimestre, contrastando com a expectativa do BBI de uma queda de R$ 134 milhões, encerrando o período em R$ 10 bilhões, equivalente a 5 vezes o EBITDA ex-IFRS 16.
Diante da avaliação atual, do fraco momento dos lucros e dos desafios de execução e integração na recuperação da companhia, o BBI manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 2.
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Multi (MLAS3)
O Itaú BBA classifica os resultados da Multi como fracos, mas melhores do que as estimativas conservadoras para tendências operacionais.
Segundo o BBA, o 4T24 marcou outro trimestre em que a empresa se concentrou na otimização de seu portfólio de vendas, contribuindo para uma superação de 3% na receita líquida e melhorando a eficiência de despesas.
Por outro lado, as tendências de fluxo de caixa foram mais fracas do que antecipado pelo BBA, com a posição de caixa líquido diminuindo em 79 milhões no trimestre no 4T24, principalmente devido à estratégia da Multi de fortalecer os níveis de estoque. Apesar disso, houve melhores sinais na receita líquida e na lucratividade.
O BBA manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 1,40.
Maiores altas
CVC (CVCB3)
A CVC (CVCB3) reportou prejuízo líquido de R$ 61,2 milhões no 4T24, queda de 18% na base anual, mas acima do prejuízo estimado de R$ 20,6 milhões pelo consenso Bloomberg. A receita líquida cresceu 4% na base anual, totalizando R$ 366,4 milhões, enquanto o Ebitda ajustado avançou 25% ano a ano, para R$ 108,1 milhões, com margem Ebitda de 29,5%. As reservas somaram R$ 3,96 bilhões e a companhia encerrou o trimestre com 1.286 lojas.
Para o BBA, os resultados da CVC mostraram uma sólida melhora sequencial nas tendências de reservas consolidadas, e espera que o primeiro trimestre continue essa trajetória.
O BBA ressalta que a CVC registrou uma queima de caixa de R$ 40 milhões no trimestre, e a empresa encerrou o ano de 2024 em 3,3 vezes dívida líquida/Ebitda (considerando contas a receber descontadas).
Os analistas do BBA acreditam que se um cenário top-down (abordagem que faz as averiguações das informações de cima para baixo) mais favorável de se materializar — refletido em uma curva de rendimento de longo prazo mais estreita — juntamente com uma forte execução bottom-up (foca no micro antes do macro), significando crescimento sólido, expansão de Ebitda, geração de FCF (fluxo de caixa livre) e consequente desalavancagem, a CVC pode ser uma ação que tenha um bom desempenho ao longo do ano.
O BBA reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 5,40.
Já o BTG pontua que os resultados do quarto trimestre mostraram tendências decentes nas reservas no Brasil e melhores sinais na frente de lucratividade, mas o fluxo de caixa foi um destaque negativo. “Depois de atingir as mínimas em 2020 e 2021, a empresa se beneficia da recuperação da demanda de viagens, ao mesmo tempo em que explora suas fortes relações de longo prazo com o fragmentado setor hoteleiro e as companhias aéreas”, comenta.
O BTG disse gostar da reestruturação em andamento, mas manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 3, devido aos grandes desafios futuros, como o progresso da desalavancagem e o crescimento/competição online.
IMC (MEAL3)
Os resultados do 4T24 da IMC ficaram um pouco abaixo das estimativas para a receita líquida e EBITDA, mas significativamente abaixo das expectativas no nível de lucro por ação (EPS). Como a perda não foi tão material em termos absolutos, o BBA vê os resultados como neutros.
Por outro lado, o Itaú BBA destaca a boa gestão de custos e o desempenho da margem bruta durante o trimestre.
O BBA reiterou recomendação neutra para ação do IMC, com preço-alvo de R$ 2,80.
Além do balanço, a IMC anunciou na véspera que a Kentucky Foods Chile Limitada pagará US$ 35 milhões à companhia, em um acordo que prevê a criação de uma joint venture para acelerar a expansão da rede de fast food KFC no Brasil.
A operação contempla a segregação dos ativos da IMC relacionados a marca KFC para uma nova estrutura societária, em que o grupo chileno deterá 58,3% da operação da rede no país, enquanto a IMC terá o restante.
A transação avalia a KFC no Brasil em US$ 60 milhões – acima do valor de mercado de US$ 54,56 milhões da IMC, cujo portfólio inclui marcas próprias e franqueadas, como Pizza Hut e Frango Assado, entre outras, além do KFC.
De acordo com o presidente-executivo da IMC, Alexandre Santoro, parte do montante será paga no fechamento da operação, previsto para o terceiro trimestre, e o restante em dois anos, com os recursos sendo usados “majoritariamente” para pagar dívida.
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REFLEXÃO: Rich Greifner, da Motley Fool: Pense a longo prazo, seja paciente e busque por retornos assimétricos.
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