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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira – 25/3

Bolsas europeias caem com alta dos casos de coronavírus; no Brasil, Relatório Trimestral de Inflação, fala de Guedes, IPCA-15, Eletrobras e mais destaques

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SOND6 | P/Cap.Giro: 2.68 | EV/EBITDA: 16.91 | P/ACL: 3.64 | P/Ativo: 1.109 | P/VP: 1.48 | ROIC: 0.0394

BRASIL | invistaja.info — A sessão desta quinta-feira (25) é movimentada para os principais mercados mundiais, com as bolsas europeias voltando a cair com o aumento dos casos de COVID-19 voltando a afetar negativamente o humor dos investidores, com a expectativa de uma recuperação mais lenta da economia. Já os futuros dos EUA têm leve alta após perderem força na reta final do pregão da véspera.

A agenda doméstica tem como destaque o Relatório Trimestral de Inflação, o IPCA-15 de março, além do noticiário corporativo bastante movimentado, com a aprovação da incorporação da Smiles pela Gol, a indicação do novo nome da Eletrobras, além da saída de diretores da Petrobras. Na temporada de resultados, atenção para os números da JBS. Confira os destaques:

1.Bolsas mundiais

+Governo e Congresso criam comitê de combate à Covid-19; veja as primeiras decisões

As bolsas europeias recuam nesta quinta-feira (25), com os investidores avaliando o impacto de uma ressurgência em casos de contaminação por coronavírus na Europa. Os índices futuros americanos sobem, e as bolsas asiáticas tiveram desempenho misto.

O índice Eurostoxx, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, tem queda de 0,19%. O setor de gás e petróleo lidera as perdas, recuando 1,3%. O setor de serviços sobe 0,6%.

Investidores acompanham nesta quinta uma reunião de líderes da União Europeia que discutirá a situação epidemiológica na Europa e a distribuição de vacinas. As autoridades discutirão a possibilidade de barrar a exportação de vacinas.

Na quarta (24), líderes de União Europeia e do Reino Unido buscaram reduzir a tensão sobre as exportações de vacinas produzidas pela parceria entre AstraZeneca e Universidade de Oxford. Eles têm afirmado que desejam encontrar uma solução favorável a ambos os lados para elevar os estoques por todo o continente.

Em fala direcionada a parlamentares alemães se antecipando ao encontro, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendeu a decisão de seu governo de buscar garantir vacinas contra o coronavírus em conjunto com outros países membros da União Europeia.

“Apesar de todas as reclamações, foi correto investir na busca e aprovação conjuntas de vacinas pela União Europeia (…) Neste momento, vemos que mesmo pequenas diferenças na distribuição de vacinas causam grandes discussões, e eu não gostaria de imaginar como seria se alguns países membros tivessem vacinas e outros não. Isso abalaria as bases do mercado interno”, afirmou Merkel.

A farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca divulgou na quarta dados adicionais sobre a sua vacina, cuja taxa de eficácia foi revisada dos 79% divulgados na segunda para 76%.

Os dados adicionais foram divulgados em resposta a uma agência independente do governo americano, que afirmou que as informações divulgadas na segunda poderiam não ser as mais atualizadas, e não dariam uma “visão completa” sobre a vacina.

Apesar da reavaliação para baixo da taxa, ao divulgar os dados adicionais a empresa afirmou que eles confirmam que sua vacina é eficaz. Nesta quinta, investidores acompanham o desempenho das ações da farmacêutica que, pela manhã, tiveram alta de 06%.

Os índices futuros americanos têm altas modestas nesta quinta, após uma quarta-feira marcada por queda de 2% no índice Nasdaq, devido ao mau desempenho de ações do setor de tecnologia.

As perdas do setor ocorreram apesar do recuo dos rendimentos de títulos do Tesouro com vencimento em dez anos para 1,61% na quarta, visto como positivo para empresas do setor.

As perdas do índice Dow foram marcadas pelo recuo de empresas de aviação e cruzeiros.

A secretária do Tesouro Janet Yellen e o presidente do Fed, Jerome Powell, falaram pelo segundo dia consecutivo a parlamentares americanos. Em sua fala on-line, ambos reiteraram que acreditam que a economia dos Estados Unidos viverá um crescimento pronunciado em 2021.

Powell afirmou: “É muito provável que seja um ano muito, muito forte (…) Claro que há riscos positivos e negativos, mas deve ser um ano muito forte do ponto de vista do crescimento… No longo prazo, teremos que elevar a receita para sustentar os gastos permanentes que desejamos realizar”.

Na terça, Yellen e Powell haviam afirmado que o valor de certos ativos parece elevado em certos setores, mas disseram avaliar que o setor financeiro é saudável e bem equipado para lidar com qualquer turbulência de mercado assim que os estímulos arrefecerem.

2. Agenda

A agenda econômica doméstica é bastante movimentada nesta quinta-feira, com destaque para o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central às 8h (horário de Brasília), após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) considerada hawkish (dura, sinalizando maior alta dos juros) na última terça (veja mais clicando aqui). A divulgação será seguida por entrevista do presidente, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, a partir das 11h.

Às 9h, outro dado importante e que pode influenciar nos rumos da política monetária será divulgado: o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa é de alta de 0,96% frente fevereiro e 5,55% ante março de 2020, segundo projeção Refinitiv. A quinta-feira também conta com a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Banco Central e Ministério da Economia.

A partir das 10h, a Comissão Temporária da Covid-19 promove audiência pública com Guedes, para debater o Plano Nacional de Imunização e o cumprimento de seus prazos, bem como a situação fiscal do país.

Nos EUA, dois importantes indicadores às 9h30: o PIB final do quarto trimestre, com expectativa de alta de 4,1% em termos anualizados e os dados de auxílio-desemprego semanal, com expectativa de aumento de 730 mil pedidos, segundo projeção Refinitiv.

3. Mais de 300 mil mortes

Com 2.244 mortes registradas em 24 h, o Brasil ultrapassou, na quinta, a marca de 300 mil vítimas de Covid. As informações são do consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil, que divulgou, às 20h de quarta, o avanço da pandemia em 24 h no país.

Autoridades estaduais afirmam que ocorreu uma subnotificação mais intensa de mortes, na comparação com dias anteriores. Isso porque o Ministério da Saúde implementou uma mudança no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), alterando o formulário de preenchimento de dados sobre mortes e passando a exigir informações adicionais, como: Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS); se o paciente é brasileiro ou estrangeiro; se já foi vacinado contra a Covid-19. O CPF passou a ser considerado um item obrigatório.

A mudança reduziu o número de mortes por Covid-19 divulgados por alguns estados na quarta, como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Em São Paulo, as mortes caíram de 1.021 na terça para 281 na quarta. O secretário de Saúde do Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, afirmou: “Vamos apontar hoje 20 óbitos, o que não é realidade. Nós estamos tendo muito mais óbitos que esses anunciados hoje”.

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Em comunicado o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) informaram que solicitaram “a retirada temporária da obrigatoriedade do preenchimento” dos novos campos, afirmando que estados e municípios não haviam sido propriamente informados da alteração.

O Ministério da Saúde atendeu ao pedido das entidades, e a alteração nas fichas foi suspensa. O novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, afirmou que não determinou as mudanças: “Não sou maquiador, sou médico”.

No momento em que vigorou, no entanto, a alteração pode ter contribuído para que país cessasse a sua série de recordes na média móvel de mortes em sete dias, que perdurou por 25 dias consecutivos.

Foram registradas na quarta 2.279 mortes por covid na média móvel de sete dias, alta de 34% em comparação com a média de 14 dias antes. A marca de 2.000 mortes na média foi ultrapassada pela primeira vez na semana passada.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 75.250, alta de 8% em relação ao patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia houve 90.504 diagnósticos, o segundo maior patamar até o momento.

Até terça, 13.389.523 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid no Brasil, o equivalente a 6,32% da população. A segunda dose foi aplicada em 4.418.109 pessoas, ou 2,09% da população. Analistas vêm apontando a velocidade da imunização como um dos fatores a influenciarem a retomada da economia.

Após reunião entre chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário visando lidar com o agravamento da crise de Covid, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirmou, em discurso ao plenário da Câmara que “remédios políticos” do Congresso são “conhecidos”, “amargos”, e alguns, “fatais”.

Sem citar o alvo da crítica ou mencionar a possibilidade de impeachment, afirmou que estava “apertando o sinal amarelo”, e falou em “erros primários, desnecessários e inúteis”.

“Muitas vezes [os remédios políticos] são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta Presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas, frutos da autocrítica, do instinto de sobrevivência, da sabedoria, da inteligência emocional e da capacidade política”, disse Lira.

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta o texto-base de projeto que cria o Programa Pró-Leitos, que prevê que pessoas jurídicas possam contratar leitos clínicos e de terapia intensiva da rede privada para uso do SUS. Empresas que aderirem ao programa poderão deduzir o valor investido no seu imposto de renda referente ao exercício financeiro de 2021. A proposta ainda pode ser alterada por emendas e depois segue para análise do Senado.

O governador em exercício do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), determinou a proibição de permanecer em praias de todo o estado, durante o período de antecipação de feriados, entre 26 de março e 4 de abril. Municípios poderão estabelecer barreiras sanitárias nas rodovias estaduais para controlar o acesso às cidades.

Com a posse de Marcelo Queiroga como titular do Ministério da Saúde, o antigo ministro, general Eduardo Pazuello, perde o foro privilegiado. Assim, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, determinou na quarta a remessa do inquérito que corre contra o general por suposta omissão na gestão da crise do coronavírus no Amazonas para a primeira instância.

Em um discurso de despedida do cargo de ministro a funcionários do Ministério da Saúde ao lado do novo titular da pasta, o general Eduardo Pazuello afirmou que tentou reagir às tentativas de derrubá-lo do cargo, mas já sabia que seria impossível permanecer.

“Mostrei todas as ações orquestradas contra o ministério, eram oito”, afirmou Pazuello, de acordo com um vídeo do discurso obtido pela agência internacional de notícias Reuters. “Não tinha como nós chegarmos ao dia 20 de março, porque todo o conjunto estava trabalhado.”

4. Orçamento

Sob críticas e pressão por mais recursos, Congresso vota Orçamento nesta quinta-feira.  A peça orçamentária destina R$ 8,3 bilhões para investimentos do Ministério da Defesa, um quinto (22%) do total para todo o governo federal, conforme relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC) apresentado ontem.

Ainda no radar, o agravamento da pandemia de covid-19 e a adoção de medidas de isolamento social em Estados e municípios levaram o governo federal a acionar mais uma vez o botão das medidas de ajuda, seguindo um protocolo semelhante a março de 2020. Após a recriação do auxílio emergencial a vulneráveis, o Ministério da Economia anunciou hoje o adiamento do recolhimento de tributos para empresas do Simples Nacional.

O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, que desde o ano passado tem a função de coordenar o grupo de monitoramento dos impactos econômicos da covid-19, disse que o cenário econômico está sendo constantemente avaliado. Ele deixou o caminho aberto para novas ações para evitar demissões de trabalhadores e garantir acesso a crédito às empresas.

5. Radar corporativo

A Eletrobras (ELET3;ELET6) comunicou ao mercado que o seu conselho de administração decidiu, por maioria, recomendar o nome de Rodrigo Limp para ocupar uma vaga no colegiado, “visando o exercício futuro do cargo de Presidente da Companhia”. Ele substituirá Wilson Ferreira Júnior, que anunciou a sua saída do cargo no dia 24 de janeiro e se manteve como CEO até o final de março.

Após a escolha de Limp, Mauro Gentile Rodrigues Cunha, coordenador do Comitê de Auditoria e Risco Estatutário e membro do conselho de administração da Eletrobras pediu demissão. Cunha deixa o cargo por não concordar com a escolha de Limp pelo acionista controlador da estatal.

Ainda em destaque, a Petrobras informou ontem que quatro membros de sua diretoria executiva comunicaram ao Conselho de Administração que não têm interesse de renovar seus mandatos. São eles Andrea Almeida (Financeira e de Relacionamento com Investidores), André Chiarini (Comercialização e Logística), Carlos Alberto Pereira de Oliveira (Exploração e Produção) e Rudimar Lorenzatto (Desenvolvimento da Produção).

Os executivos em questão, segundo comunicado ao mercado divulgado pela estatal, disseram que não se trata de “ato de renúncia” e que estão comprometidos a cumprir com todos os seus deveres e obrigações até a posse de seus respectivos sucessores, o que deve acontecer após a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para 12 de abril.

Ainda no radar da estatal, o seu conselho de administração aprovou nesta quarta-feira a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) e seus ativos logísticos associados, na Bahia, para a Mubadala Capital, por US$ 1,65 bilhão, informou a companhia em fato relevante ao mercado.

A JBS (JBSS3) encerrou o quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 4,02 bilhões, o que representa uma alta de 65% ante os R$ 2,44 bilhões apresentados um ano antes. No acumulado de 2020, por sua vez, a companhia teve lucro de R$ 4,60 bilhões, um resultado 24,2% pior que os R$ 6,07 bilhões de 2019. O desempenho da companhia foi impulsionado pelas exportações para a China, consumo firme tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e também com a variação cambial. Entre outubro e dezembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da empresa de proteínas subiu 24,1% quando comparado com o mesmo período de 2019, atingindo R$ 7,03 bilhões.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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