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Padilha defende diálogo com mercado e garante que governo cumprirá marco fiscal

Ministro enfatizou que o marco fiscal é um contrato entre o governo, a sociedade e os atores econômicos e garantiu que a administração federal fará tudo o que for necessário para cumprir as metas estabelecidas

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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), reafirmou nesta segunda-feira (23) o compromisso do governo federal em cumprir o marco fiscal. 

O petista destacou que a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foi determinante para alcançar os resultados fiscais, apesar das pressões e dúvidas do mercado.

“O presidente da Febraban disse o seguinte: ‘Está na hora de furarmos a bolha do estresse dos ativos financeiros’. Ele mesmo dizendo irracionalidade neste momento. Então, eu acredito que é o papel de todos nós – governo, Congresso Nacional, os atores econômicos – furarmos essa bolha do estresse dos ativos e cairmos no terreno da racionalidade”, afirmou o ministro, em entrevista à GloboNews.

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Padilha enfatizou que o marco fiscal é um contrato entre o governo, a sociedade e os atores econômicos e garantiu que a administração federal fará tudo o que for necessário para cumprir as metas estabelecidas.

“Estamos terminando dois anos de governo com o menor déficit primário da última década. É verdade que nem todas as questões sociais foram resolvidas, mas é verdade que a liderança do presidente Lula e do ministro Haddad colocaram caminho para o Brasil perseguir esse desafio de combinar investimento social, investimento público com responsabilidade fiscal”, afirmou. 

A fala do ministro faz referência às observações do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, que defendeu a superação da “bolha de estresse” nos ativos financeiros. Ele reconheceu os esforços do governo para enfrentar o cenário fiscal crítico, mas alertou para a necessidade de medidas adicionais.

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“A forte deterioração das expectativas, no plano fiscal e monetário, levou os ativos para um patamar disfuncional e insustentável”, afirmou Sidney, destacando a importância da racionalidade nas decisões econômicas.

Sobre as recentes críticas e especulações relacionadas ao cumprimento das metas fiscais, Padilha foi enfático: “Quando aprovamos o marco fiscal e o presidente sancionou, muito dessa irracionalidade dizia o seguinte: o governo não vai cumprir o marco fiscal, vai mudar a meta fiscal… Cumprindo na íntegra o que estava no marco fiscal, não mudando nada como diziam que iria ser alterado em relação a isso”. 

Indicações ao Banco Central

O ministro também abordou as nomeações para o Banco Central (BC), incluindo a indicação do futuro presidente da instituição, Gabriel Galípolo. Ele pontuou que o Congresso aprovou sete novos diretores, todos indicados pelo presidente Lula. “E, nesse segmento, não há qualquer questionamento dos atores econômicos sobre a competência desses sete nomes indicados pelo presidente”, observou. 

As declarações de Padilha são dadas em meio a um cenário de tensão no mercado financeiro, com alta do dólar e especulações sobre a trajetória fiscal do país. O ministro reforçou a necessidade de “serenidade” e “diálogo”. 

(Com Estadão Conteúdo)

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