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Petrobras (PETR4), PetroRio (PRIO3), Vibra (VBBR3) e mais: o que esperar dos balanços de empresas de combustíveis

Alta do preço da commodity deve impulsionar resultados de petroleiras e distribuidoras

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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VIVR3 | EV/EBIT: -7.04 | DY: 0.0 | Div.Brut/Pat.: -1.69 | Liq.Corr.: 0.64 | P/ACL: -0.51 | ROIC: -0.1598

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Na próxima terça-feira (15) a PetroRio (PRIO3) abre a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2021 do setor de óleo e gás. As expectativas de analistas para petroleiras e distribuidoras são, em maioria, otimistas, com o preço da commodity, com alta de 9% no trimestre, puxando os números e o segundo grupo pode ser um destaque.

“Esperamos que as distribuidora de combustíveis desfrutem um quarto trimestre muito forte, impulsionado por margens de comercialização saudáveis e volume de venda se recuperando”, apontam Bruno Montanari e Guilherme Levy, analistas do Morgan Stanley, em relatório.

Segundo eles, a implementação da política de preços da Petrobras (PETR3);PETR4), que desconsidera leves oscilações e só altera o valor dos combustíveis quando há mudanças consideráveis, deve ajudar a explicar a performance dessas empresas.

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Além disso, com as sequências de altas do petróleo, as distribuidoras devem apresentar também os chamados ganhos de estoque – tendo comprado combustíveis das refinarias a preços menores e os repassados, posteriormente, por um valores maiores.

“Espera-se que a Vibra (VBBR3) seja a mais beneficiada, pois tem a maior exposição à distribuição, especialmente antes da conclusão da aquisição da Comerc”, comentam. “Na Ultrapar (UGPA3), a evolução da margem dos postos Ipiranga será o centro das atenções, pois este continua a ficar atrás dos pares na sua alocação de capital”.

Os analistas do Bradesco BBI, Vicente Falanga e Gustavo Sadka, afirmam que também veem as distribuidoras trazendo resultados “muito fortes”, vão no mesmo caminho do Morgan Stanley. “Em suma, esperamos um crescimento de 21% dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Vibra e queda de 2% para Ultrapar, pois os resultados da Ipiranga provavelmente serão ofuscados pela sazonalidade mais fraca na Oxiteno”, expõe, fazendo menção ao braço de química da companhia.

Leonardo Marcondes, do Itaú BBA, por fim, afirma que as distribuidoras devem trazer melhores margens, o que diminui o impactado da queda dos volumes na base trimestral, explicada pela sazonalidade.

Para a Cosan (CSAN3) e para a Raízen (RAIZ4), que também têm um braço de distribuição, a expectativa, dividida pelo BBA e pelo Morgan Stanley, é que os resultados mais fracos da Rumo (RAIL3) junto com os menores volumes da Compass e a pressão de custos, com o açúcar mais caro, pressionem o resultado. A Raízen divulga seus números nesta segunda após o fechamento do mercado.

O Bradesco BBI também vê pressão sobre o balanço e os números caindo na base trimestral, mas enxerga, no entanto, esses valores sendo compensados no próximo trimestre e acreditam que o balanço deve trazer uma boa expansão no braço de Marketing e Serviços.

“Os vastos estoques e ativos logísticos da Raízen permitem que ela navegue sem problemas em um mercado de distribuição de combustível com oferta insuficiente pela Petrobras”, comentam.

Confira as projeções dos analistas para as companhias

Cosan: Para o BBI, R$ 2,7 bilhões de Ebitda, para o Morgan Stanley, R$ 3,01 bilhões e para o BBA R$ 2,7 bilhõesVibra: Para o BBI, R$ 1,5 bilhão de Ebitda, para o Morgan Stanley, R$ 1,45 bilhão e para o BBA, R$ 1,46 bilhãoUltrapar: Para o BBI, R$ 998 milhões de Ebitda, para o Morgan Stanley, R$ 1,06 bilhão e para o BBA, R$ 1,03 bilhão

Petroleiras devem surfar em alta da commodity

Para as companhias que trabalham com a extração de petróleo e com o seu refino, o período entre setembro e dezembro, além de ser impulsionado pelo preço da commodity, deve ser impulsionado pelo fato de o real ter desvalorizado.

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O Bradesco BBI vê a Petrobras se destacando entre as demais, com seu Ebitda crescendo 18% na base trimestral, para R$ 75,3 bilhões. A atenção da casa, porém, está na distribuição de dividendos – que deve ficar entre US$ 4 e US$ 7 bilhões.

A estatal, para o Itaú BBA, deve apresentar um Ebitda de US$ 12,1 bilhões, com o setor de exploração e produção, mesmo com a queda de vendas de 5,2% na base trimestral, impulsionado pelo preço do petróleo.

O Morgan Stanley vai no mesmo caminho, destacando que o valor de venda do petróleo deve compensar a produção 5,2% menor na base trimestral. O banco americano, porém, chama atenção para o fato de que o maior uso das refinarias, apesar da queda dos volumes, se deu por conta da política de vender combustível a preços menores do que a paridade internacional sugere. O Ebitda projetado para a companhia pelo Morgan é de US$ 12,09 bilhões.

Para as petroleiras menores, ou juniors, as perspectivas não são diferentes: as receitas devem mostrar ganhos nas bases anual e trimestral, mas deve haver divergência entre os resultados por conta de situações específicas.

Os analistas apontam que 3R Petroleum (RRRP3) deve trazer um resultado mais fraco na base trimestral pelo fato de estar se preparando para assumir várias operações em 2022, com campos adquiridos da Petrobras.

“O foco será na orientação sobre a futura estratégia de alocação de capital, com a janela oportunidade de adquirir campos maduros chegando ao fim, bem como sobre a execução do crescimento da produção em 2022”, comenta o Morgan Stanley, que prevê que a companhia registre um Ebitda de US$ 17 milhões.

O BBI, apesar de ver a receita aumentando 29% na base trimestral, para R$ 249 milhões, endossa a análise do banco americano e vê o Ebitda cair 16%, para R$ 88 milhões, mensurando, além dos gastos com os novos polos, também bônus para funcionários.

O BBA também fala em queda do Ebitda de 25%, para R$ 95 milhões, mas não menciona os gastos em sua análise. Destaca, do outro lado, o crescimento da produção, de 13,5% no trimestre, para 7,6 mil barris ou equivalentes por dia (kboed, na sigla em inglês), e da receita, que deve chegar a R$ 244 milhões, alta de 27% na base trimestral.

A PetroRio, para os analistas, deve ser impulsionada tanto pelo preço do petróleo quanto pelo aumento da sua produção, que saiu de 2,5 milhões de barris no terceiro trimestre para 3,8 milhões. Além disso, a companhia deve ser beneficiada também por menores gastos recorrentes, uma vez que finalizou a compra dos campos de Polvo e TBTM.

O Itaú BBA vê o Ebitda da PetroRio chegando a R$ 1,4 bilhão, alta de 19% no ano e 88% no trimestre. O Bradesco vê o Ebitda em R$ 1,2 bilhão.

Para a PetroReconcavo (RECV3), o Itaú BBA, o único que a cobre, vê o resultado impulsionado pela conclusão da aquisição dos campos de Remanso e de Miranga, com o número de barris saltando 11,4% no trimestre, para 13,6 mil por dia. O Ebitda deve ficar, para o banco, em R$ 153 milhões, alta de 13% no trimestre e 16% no ano.

“Observe que a PetroRecôncavo não se beneficia integralmente dos preços mais altos do petróleo, pois fez um hedge para proteger parte da sua produção, provinda do polo de Potigual, em torno de US$ 59 o barril”, comentam.

Para a Enauta (ENAT3), com projeções dada também unicamente pelo Itaú BBA, a expectativa é que o Ebitda fique em R$ 495 milhões, alta de 318% no ano e 13% no trimestre.

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REFLEXÃO: Rich Greifner, da Motley Fool: Pense a longo prazo, seja paciente e busque por retornos assimétricos.

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