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Powell, Lagarde e Campos Neto: os novos sinais dados pelos chefes dos BCs sobre os rumos da política monetária

Autoridades monetárias seguem preocupadas com escalada da inflação, enquanto observam riscos de uma recessão global

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A semana é mais curta para os mercados americano e brasileiro por conta dos respectivos feriados na segunda (5) e na quarta-feira (7), mas trouxe muitas indicações importantes sobre os rumos de política monetária de importantes Bancos Centrais.

Nesta quinta-feira (8), em sua primeira fala pública desde o último simpósio em Jackson Hole, no Wyoming, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, continuou sem indicar a magnitude da próxima alta de juros nos Estados Unidos. O próximo encontro do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está marcado para os dias 20 e 21 deste mês. Nesta data, o monitor de juros do CME Group mostra que 86% das apostas apontam para um ajuste de 75 pontos base, levando a taxa para um intervalo entre 3% e 3,25%.

A fala de hoje do chairman, segundo analistas, serviu para ajudar a esclarecer a visão da autoridade monetária sobre os últimos dados do mercado de trabalho americano. O payroll divulgado na última sexta-feira (2) indicou a criação de 315 mil vagas em agosto, mas um aumento na taxa de desemprego, para 3,7%. “No relatório mais recente do mercado de trabalho, vimos um bem-vindo aumento da participação da força de trabalho”, disse Powell durante o evento do qual participou hoje.

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“Powell ressaltou que o mercado de trabalho está forte, diferente da reação do mercado ao último payroll, em que vimos uma parte apontando que o desemprego subiu. Acho que o mercado de trabalho forte dificulta a chance de uma alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Fed”, afirma Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Um outro destaque na fala de Powell diz respeito ao risco de uma recessão. O presidente do Fed afirmou que é possível subir juros evitando impactos sociais muito altos. Na última vez em que o Federal Reserve uma inflação tão alta como a atual, no início dos anos 1980, a autoridade monetária elevou a taxa para a casa dos dois dígitos, provocando recessão e desemprego.  “A inflação pode ser domada sem custos sociais muito altos”, disse Powell.

Como de costume, o chairman reforçou o compromisso primordial do Fed em reduzir a inflação. “Mas de forma geral, ele deixou em aberto as possibilidades para a próxima reunião. O mercado vai se posicionar mesmo é com a inflação de agosto. Até lá segue essa volatilidade”, afirmou Cruz.  O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) será divulgado na próxima terça-feira (13).

Na Europa, sinais de aperto monetário mais rigoroso

Também nesta quinta, o Banco Central Europeu elevou os juros em 75 pontos-base nesta quinta-feira, confirmando as projeções da maioria dos economistas. A alta, sem precedentes, promete se repetir nas próximas reuniões da autoridade monetária. “Ao longo das próximas reuniões, o Conselho do BCE espera aumentar ainda mais as taxas de juros para diminuir a demanda e se proteger contra o risco de uma persistente mudança para cima nas expectativas de inflação”, disse o comunicado do BCE.

A mensagem foi reforçada pela presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, em coletiva de imprensa após a decisão. Além da perspectiva de inflação elevada, que deve levar a novas altas de juros, Lagarde chamou atenção para a desaceleração da economia europeia, com um cenário de menor demanda global. Uma disrupção no fornecimento de gás, com o corte de abastecimento pela Rússia, é outro agravante, tanto do ponto de vista de alta de preços como de queda na demanda.

Lagarde disse que a inflação europeia está se espalhando por uma gama de itens, incluindo em serviços. Sobre a magnitude da próxima alta, a presidente do BCE afirmou que “não será necessariamente de 75 pontos-base”. Analistas, por outro lado, acham difícil haver uma desaceleração no ritmo de aperto monetário agora. “A decisão de hoje foi hawkish [dura, mostrando preocupação com a inflação]. Ninguém sai da casinha para subir juros em 75 pontos-base apenas uma vez”, afirma Angelo Polydoro, economista da ASA Investments.

A sinalização de Lagarde é que os juros continuem subindo por pelo menos mais dois encontros. Não há expectativa de que a inflação na Europa se reaproxime da meta nos próximos três meses. A tendência, segundo a presidente do BCE, é que os juros cheguem em breve a um patamar neutro. Contudo, não há previsão para que o ciclo de aperto monetário chegue ao fim. “A taxa de juros terminal é desconhecida”, afirmou Lagarde.

Para Polydoro, da ASA Investments, o discurso de Lagarde deu a entender que a taxa de juros ainda está bem longe de fazer com que a inflação retorne à meta. “Houve uma revisão significativa da inflação para cima”, explica o economista. “Subir pouco os juros não vai ser suficiente para controlar essa alta de preço. O BCE vai ter subir bastante a taxa”.

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A equipe de análise da Julius Baer espera que o BCE eleve as taxas em 50 pontos-base em sua próxima reunião e continue aumentando as taxas em dezembro e fevereiro de 2023 em 25 pontos-base em cada encontro, destacando que leituras duradouras de alta inflação, que persistirão no próximo mês, são a principal razão para a mudança hawkish do BCE.

“Agora, a autoridade está explicitamente visando desacelerar o crescimento da demanda e do emprego para reduzir a inflação para sua meta”, aponta.

No Brasil, juros podem subir ainda mais

Já na última segunda-feira (5), em evento do jornal Valor Econômico, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou que a batalha contra a inflação não está ganha e ainda não há previsão de cortes de juros no Brasil. E afirmou que a taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, poderá sofrer um ajuste final na reunião deste mês de setembro.

“A gente entende que tem que passar mensagem dura. A mensagem de hoje é a mesma do último Copom. Aproveitamos eventos como esse para nos manifestar e a mensagem que continua valendo hoje é a do último Copom, que a gente disse que avaliaria um possível ajuste final”, disse Campos Neto.

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O aceno do presidente do BC para uma continuidade do aperto monetário destoou das expectativas anteriores do mercado, que já viam possibilidade de uma desaceleração dos juros com a recente deflação de preços, o que levou a um ajuste das projeções na sessão seguinte. Mas Campos Neto fez ressalvas, mostrando preocupações com a retomada de impostos federais sobre combustíveis em 2023, assim como o futuro do Auxílio Brasil. Além disso, afirmou que muito do processo de alta de juros já realizado ainda não fez efeito.

Na Austrália, BC acena para redução de juros

Por fim, o presidente do Banco Central da Austrália, Philip Lowe, surpreendeu com um sinal de desaceleração de juros no país. Durante um discurso sobre perspectivas para a economia americana, nesta quinta-feira, Lowe afirmou que mais altas serão necessárias para conter a inflação. No entanto, admitiu que a taxa já subiu de forma considerável e muito rápida. O BC australiano já elevou os juros por cinco vezes consecutivas, em um total de 2,25 pontos percentuais.

“Reconhecemos que o argumento para um ritmo mais lento de aumento dos juros se torna mais forte à medida que o custo do dinheiro aumenta”, afirmou Lowe, segundo a Reuters. A autoridade monetária da Austrália é alvo de críticas por ter errado feio alguma de suas previsões. No final do ano passado, o BC australiano dizia que os juros só deveriam subir a partir de 2024. Na última terça-feira, a taxa foi elevada em mais 50 pontos base, para 2,35% ao ano. O comitê espera aumentar ainda mais a taxa, mas afirma que não há um caminho pré-determinado.

(Com agências internacionais)

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