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palavras-chave: Preço dos alimentos: governo faz reunião de emergência e espera queda de 20% no arroz; invistaja.info;
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ListenToMarket: Preço dos alimentos: governo faz reunião de emergência e espera queda de 20% no arroz – Áudio gerado às: 17:20:30
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O governo federal espera uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas. Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma reunião de emergência com ministros para tratar da alta dos preços dos alimentos entre o fim de 2023 e o início deste ano – o que tem afetado a popularidade do governo, segundo pesquisas internas.
Entre novembro de 2023 e janeiro deste ano, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pesou, no cálculo da inflação, sobre o bolso dos brasileiros. As questões climáticas, como altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país, influenciaram a produção dos alimentos e, consequentemente, os preços.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), afirmou que foi um aumento sazonal. “É uma preocupação do presidente que a comida chegue barata à mesa do povo brasileiro. Todas as evidências são de que já baixou. Teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor”, disse.
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Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), o governo espera que a baixa de preços seja repassada na mesma medida para os consumidores pelas empresas atacadistas, que fazem a distribuição ao consumidor. No caso do arroz, isso deve acontecer na virada do mês de março para abril, à medida que haja reposição de estoques a preços menores.
“O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes no estado, exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade. O fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca. O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, afirmou.
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Os ministros também discutiram com o presidente Lula as mudanças que serão feitas no próximo Plano Safra para incentivar a produção de alimentos e redução de preços, em especial de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.
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Segundo Fávaro, houve uma quebra na produção de feijão de cerca de 3,5%, mas que deve ser recuperada com o terceiro ciclo de plantio, que está acontecendo agora. O trigo também é uma preocupação porque há um aumento da produção de cevada em substituição ao trigo, principalmente no Paraná, com a instalação de grandes indústrias cervejeiras.
“É boa a diversificação, mas a gente vai tomar medidas para que haja um incentivo da produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca”, disse.
Fávaro citou como exemplo a desconcentração das regiões produtoras. “O incremento de área plantada, em segunda safra, de arroz em Mato Grosso, no Centro-Oeste é algo muito significativo, algo em torno de 20%”, observou. “O Brasil é quase autossuficiente [na produção de arroz], só que isso é concentrado no Sul do país. Então, quando a gente estimula o plantio de segunda a safra do Centro-Oeste, do Matopiba [região produtora entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], estamos incentivando a ter arroz perto desses centros consumidores”, explicou Fávaro.
Medidas de facilitação de crédito, formação de estoques públicos e política de preço mínimo também devem fazer parte do arcabouço para a redução dos preços dos alimentos, bem como para aumento da renda dos produtores. O ministro explicou que objetivo é estimular principalmente a agricultura familiar, com a atuação fundamental da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“Se, com essas medidas estruturantes, os preços não baixarem, nós podemos tomar outras medidas governamentais que serão estudadas pela equipe econômica”, concluiu Fávaro.
Além de Teixeira e Fávaro, participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT), e da Fazenda, Fernando Haddad (PT), além do presidente da Conab, Edegar Pretto.
(Com Agência Brasil)
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