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Quais ações devem proteger o investidor da inflação mais alta no Brasil?

Bradesco BBI aponta três grupos de ações que oferecem proteção neste cenário, enquanto XP destaca também exposição a investimentos atrelados ao dólar

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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CTKA4 | P/ACL: -0.3 | Liq.2meses: 46836.7 | P/VP: -0.62 | ROE: -0.4205 | Pat.Liq: -191439000.0 | Liq.Corr.: 1.75

RIO DE JANEIRO | invistaja.info — Adormecida até um passado recente, a preocupação com a inflação voltou à tona nos últimos meses, com diversas casas de análise revisando as projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021 para cima.

Em declarações recentes, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, tem destacado que o movimento recente da inflação no Brasil foi mais persistente e intenso do que o que autoridade monetária esperava e alertou mais uma vez para o risco de contaminação da inflação de 2022. No último Relatório Trimestral de Inflação, o BC estimou o índice em alta de 5% para 2021, acima do centro da meta de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com isso, Campos Neto também tem reforçado a necessidade de uma alta mais forte e rápida da taxa Selic, elevada em meados de março em 0,75 ponto porcentual, para 2,75% ao ano.

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Andre Carvalho, Dalton Gardimam, Fernando Cardoso e Ricardo Mauad, do Bradesco BBI, destacaram que os riscos de inflação continuarão a ser um tema importante para os investidores no curto prazo. Eles projetam que o IPCA deve registrar um pico de alta de 8% na comparação anual em meados de 2021, e depois começar em uma trajetória descendente para 4,4% no final de 2021 (acima do centro da meta, de 2,75%) e para 3,8% ao final do ano de 2022 (ainda acima do centro da meta, de 3,50%).

“Na nossa visão, os preços dos ativos incorporam um risco elevado de a inflação permanecer alta e obstinadamenteresiliente por mais tempo. Neste sentido, a maior confiança em termos de queda da inflação vai depender do dólar se estabilizando em torno de R$ 5,50, o processo de vacinação se acelerando substancialmente, os preços das commodities não aumentando muito em dólares e a inércia inflacionária não surpreendendo do lado positivo. Como estamos falando sobre uma vasta gama das condições, pensamos que os riscos de inflação não se comprimirão em breve”, apontam os analistas.

Neste cenário, os analistas destacam três grupos de ações que oferecem proteção contra a inflação: i) de empresas com contratos indexados à inflação; ii) de companhias com alto poder de precificação no mercado interno e iii) empresas mais expostas ao ciclo global de negócios.

No primeiro grupo, setores regulamentados (por exemplo, serviços públicos e estradas com pedágio), shopping centers e algumas outras empresas que são naturalmente protegidas por hedge contra a inflação, pois eles cobram taxas sobre transações vinculadas à inflação. Neste grupo, também estão empresas de pagamento, bolsas, e alguns varejistas online. Entre esses setores, as principais opções dos analistas são: a geradora de energia renovável Omega (OMGE3), a elétrica Neoenergia (NEOE3), a operadora de rodovias Ecorodovias (ECOR3), a operadora portuária Santos Brasil (STBP3), a varejista online Enjoei (ENJU3), a empresa de pagamentos Stone (listada na Nasdaq) e a operada da Bolsa brasileira B3 ([ativo=BESA3]).

O segundo grupo de ações, com alto poder de precificação e / ou um ciclo de conversão de caixa positivo tem como destaques a BRF (BRFS3) e a Alpargatas (ALPA4).

Já o BBI destaca no terceiro grupo,  que contém as empresas mais expostas ao ciclo global de negócios, as principais alternativas as ações de Vale (VALE3), Usiminas (USIM5), Suzano (SUZB3), PetroRio (PRIO3), JBS (JBSS3) e, mais uma vez, a BRF.

Cabe ressaltar que, em sua carteira estratégica para o Brasil, o BBI excluiu Direcional (DIRR3) e incluiu Alpargatas. Atualmente, o portfólio é composto por Itaú (ITUB4), Santander (SANB11), B3, BR Distribuidora (BRDT3), Lojas Renner (LREN3), Neoenergia, EcoRodovias, Santos Brasil, Vale e Alpargatas.

A XP também destacou em relatório quais podem ser as melhores oportunidades de investimento e de proteção neste cenário de inflação e de juros mais altos.

Trazendo uma perspectiva histórica, os estrategistas Fernando Ferreira e Jennie Li apontaram que, nos últimos 25 anos, os melhores ativos (na média anual) em termos de desempenho quando a inflação subiu foram o ouro (alta de 28%), as ações americanas (alta de 22,1%), o dólar (desempenho positivo de 21,1%) e as commodities (valorização de 14,9%).

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Por outro lado, os índices Ibovespa e Small Caps apresentaram desempenho inferiores. “Vale ressaltar que olhamos os retornos em reais e o gráfico abaixo sugere que ter investimentos em dólares é a estratégia vencedora quando a inflação está subindo”, destacam. Confira no gráfico abaixo, elaborados pela XP:

 

 

 

A inflação mais alta implicará em novas altas de juros o que, a princípio, poderia diminuir a atratividade na renda variável. Contudo, os estrategistas ressaltam que há oportunidades de investimento na Bolsa, com destaque para ações do setor financeiro, seguradoras e empresas importadoras, que tendem a se beneficiar com a alta na taxa Selic (veja mais clicando aqui). A XP projeta a Selic a 5% ao final de 2021.

De modo a medir o impacto dos juros no mercado de ações, os estrategistas da XP elaboraram um estudo quantitativo de ações da Bolsa olhando para relação entre os retornos de preço e a alta de juros no passado. O levantamento busca entender a dinâmica de cada empresa quanto a sua fonte de receita, dívida, entre outros fatores, para assim, filtrar movimentos de alta no preço que provavelmente não foram relacionados com uma subida de juros.

Como resultado, os analistas encontraram, entre as ações que se beneficiam com a alta de juros, as seguintes empresas: Itaú, Bradesco (BBDC4), Santander Brasil, Itaúsa (ITSA4), BTG Pactual (BPAC11), do setor bancário, BB Seguridade (BBSE3) e SulAmérica (SULA11), entre as seguradoras, e Santos Brasil entre as empresas de logística, esta última também destacada pelo BBI. Confira abaixo a lista:

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REFLEXÃO: Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz: Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito.

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