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Real é a moeda com pior performance em relação ao dólar entre emergentes em 2024

Juros altos nos EUA são principal causador do movimento, mas real vem se desvalorizando muito além dos demais emergentes, por questões internas, como o fiscal

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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O real ultrapassou na tarde desta segunda-feira (17), por volta das 16h, o peso argentino, passando a figurar como a moeda entre os países emergentes com a pior performance em 2024.

O dólar, usado como parâmetro, acumulou hoje valorização de 10,54% frente à divisa brasileira em 2024.

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Mais para o fim do dia, contudo, a diferença para o peso argentino diminuiu e o real fechou praticamente empatado com a divisa dos “hermanos“. A moeda do país vizinho, dessa forma, é a segunda em desvalorização, com perda frente ao dólar de 10,48%.

Real supera peso argentino

Hoje, o dólar se valorizou frente ao real, mesmo caindo no restante do mundo. O DXY, que mede a força da moeda dos EUA frente a outras, de países desenvolvidos, recuou quase 0,2%, em um dia de menor aversão ao risco no exterior, com as bolsas americanas subindo. 

De forma geral, especialistas vêm mencionando já há algum tempo que a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos é a principal causadora do enfraquecimento do real. A tese ganhou força desde o começo do ano, após dados macroeconômicos sinalizarem que a economia norte-americana ainda está aquecida, levando a visão de que o Federal Reserve terá de manter os juros altos por mais tempo — ou ao menos não cortando como o esperado anteriormente.

“A política monetária dos EUA tem exercido papel significativo no câmbio. As taxas de juros altas por lá atraem recursos para o país, ajudando a valorizar o dólar. E os recursos saindo do Brasil para alocar em dólar nos EUA, fazem com que a nossa moeda desvalorize também”, contextualiza Felipe Pontes, diretor de gestão de patrimônio da Avantgarde Asset Management.

“Os  juros americanos são considerados a taxa livre de risco do mundo. E se a gente for comparar, os juros nos Estados Unidos estão na casa dos 5,5% enquanto os juros no Brasil estão em 10,5%. Há um spread de 5 pontos porcentuais, o que é baixo historicamente, o que causa, portanto, uma fuga de capital”, explica Enrico Cozzolino, head de análise da Levante.

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No entanto, nas últimas semanas, os rendimentos da renda fixa americana vêm recuando após alguns dados mais fracos dos EUA, caso do CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) e o Payroll, o principal dado do mercado de trabalho, ambos de maio. Os treasuries yields para dez anos, por exemplo, pagavam quase 4,7% no começo de maio e, agora, estão rendendo algo próximo a 4,25%. 

Desde então, o DXY também vem perdendo força, saindo de mais de 106,2 no começo de maio para 105,3 nesta segunda. Hoje mesmo, como já mencionado, o dólar caiu no mundo, mas se valorizou frente ao real. 

Entram ai os problemas “mais brasileiros”. 

Questões internas pesam no real

“Desde o início de fevereiro e meados de março vemos uma elevação do chamado risco Brasil. Olhando o CDS [credit default swap, que mede a chance que o mercado vê de o Brasil não arcar com suas dívidas], está no maior preço do ano. A desancoragem fiscal que levou também uma desancoragem inflacionária”, comenta  Rafael Perretti, economista e trader da Clear Corretora. 

O real vem perdendo, portanto, força mundialmente de forma sucessiva. Os ruídos políticos aumentam o temor de que as contas públicas brasileiras se deteriorarão e, consequentemente, geram a visão de que investir no país é mais arriscado. Fatores como a mudança na meta fiscal, na presidência da Petrobras e, hoje, falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram levados em conta.

Ademais, quando há maior risco, o mercado cobra taxas maiores para emprestar para um país. Só que, ao mesmo tempo, as taxas brasileiras estão menos competitivas, já que nos Estados Unidos os treasuries, apesar da queda recente, continuam em patamares elevados.

 

Ainda nesta frente, a visão do mercado recentemente vem trazendo a perspectiva de que a inflação brasileira deve avançar, por conta de fatores como o fiscal mas também com o impacto, por exemplo, das chuvas no Rio Grande do Sul. Hoje, o Boletim Focus trouxe uma nova revisão para cima da inflação brasileira em 2024. 

A inflação mais alta no Brasil acaba diminuindo o chamado juro real, que configura na diferença entre as taxas pagas e a variação dos preços. Por outro lado, nos Estados Unidos, dados mais fracos vêm aumentando o rendimento real, o que diminui ainda mais a atratividade dos ativos brasileiros.

Por fim, ainda pesando internamente, o recente enfraquecimento das commodities também é apontado por especialistas como um detrator do real, já que os preços mais baixos impactam a balança comercial brasileira. 

O barril de petróleo Brent no começo de abril era negociado a mais de US$ 90, ficando em US$ 84,3 por agora. Já a tonelada do minério de ferro saiu por volta do dia 20 de maio atingiu uma máxima de três meses, com o contrato na Bolsa de Cingapura em US$ 122,5, mas, desde então, já acumulou forte queda e hoje fechou a US$ 104,8. 

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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

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