Publicidade

Reforma tributária: novo imposto não tem impacto relevante para ações, mas traz alerta para petroleiras e mineradoras

Imposto de 1% sobre a extração de recursos não renováveis está no relatório de Eduardo Braga; analistas ficarão de olho em possíveis novas taxações

Conteúdo de quem vive de mercado

Edição invistaja.info e MarketMsg

palavras-chave: Reforma tributária: novo imposto não tem impacto relevante para ações, mas traz alerta para petroleiras e mineradoras; invistaja.info;


ESPA3 | P/VP: 0.46 | P/L: -10.62 | P/Cap.Giro: 1.65 | ROE: -0.043 | EV/EBIT: 10.69 | P/ACL: -0.88

ListenToMarket: Reforma tributária: novo imposto não tem impacto relevante para ações, mas traz alerta para petroleiras e mineradoras – Áudio gerado às: 12:30:44

VELOCIDADE: 1.0x | 1.95x | 2.3x

A Reforma Tributária ainda tem um longo caminho no Congresso para ser aprovada, mas o seu andamento segue sendo observado de perto pelos analistas de mercado.Eduardo Braga, relator da nova reforma no Senado, publicou nova versão da proposta na última quarta-feira (25). Esse texto deverá agora ser votado pela CCJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – do Senado antes de seguir para o Plenário da casa.A proposta de Braga, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 45, já inclui aspectos-chave das outras duas PEC relevantes sobre o tema (PEC nº 46 e PEC nº 110), e deve ser a principal proposta legislativa do Governo para a Reforma Tributária.O Bradesco BBI listou os pontos principais, citados abaixo:A PEC nº 45 institui o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS) e o Imposto sobre Contribuições sobre Mercadorias e Serviços (CBS), que possuem características de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e devem substituir diversos tributos federais, estaduais e municipais, como IPI, Cofins, PIS/Pasesp, IOF, ICMS e ISS.2.A PEC nº 45 também introduz o Imposto Seletivo (IS) a ser cobrado sobre produtos que agridam o meio ambiente e apresentem riscos à saúde, incluindo tabaco, bebidas alcoólicas e combustíveis fósseis.Embora a extração de recursos não renováveis (como minerais e petróleo) possa estar sujeita ao imposto IS, Eduardo Braga, relator da PEC, sugeriu uma taxa máxima de 1% das receitas para o imposto IS no caso destas atividades.Sobre esse terceiro ponto, para o Bradesco BBI, o imposto de 1% sobre a extração de recursos não renováveis não será implementado por enquanto e irá se tornar um limite constitucional para este tipo de tributação sobre petróleo e minerais.O imposto precisaria ser implementado no futuro por meio de um Projeto de Lei.“Será importante acompanhar se esse patamar de 1% será mantido quando a PEC for efetivamente votada no Congresso, pois os congressistas poderão tentar aumentá-lo”, avalia o banco.Se o imposto for mantido em 1% e implementado no futuro, os analistas da casa destacaram ver impactos limitados em seus preços-alvo para as ações do setor de petróleo.Os impactos seriam de R$ 0,60 por ação (1,5%) para Petrobras (PETR4); R$ 1 por ação (1,5%) para PRIO (PRIO3); R$ 1 por ação (3%) para PetroReconcavo (RECV3) e R$ 2 por ação (3%) para 3R Petroleum (RRRP3).Já o Morgan Stanley fez uma análise da taxação voltada para mineradoras e siderúrgicas, também vendo um impacto limitado.“Supondo que a alíquota seletiva seja de 1% sobre as receitas brutas de mineração (ou seja, o nível máximo contemplado na reforma), Vale VALE3 e CSN Mineração (CMIN3) seriam os nomes mais impactados”, avalia o banco, com as companhias sendo afetadas negativamente em cerca de 1,7% o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) esperado para 2027. Já o efeito para o fluxo de caixa descontado para outras empresas seria marginal.CSN (CSNA3) teria seu Ebitda para 2027 afetado em 1%, Nexa em -0,9%, Usiminas (USIM5) em -0,7% e Gerdau (GGBR4) em -0,1%.Ao falar sobre petroleiras, o BBI avalia que, apesar do impacto limitado, a proposta mostra como, mais uma vez, o setor permanece sob o radar do governo na busca por mais receitas.O banco lembra a taxa temporária de exportação de petróleo bruto, que foi instituída no primeiro semestre do ano como outra forma que o Governo encontrou para extrair mais recursos da indústria.“Isto manterá o mercado atento aos novos impostos que poderão surgir no futuro, especialmente se as contas do Governo começarem a se deteriorar acentuadamente”, avalia.Para a equipe do BBI, a criação de impostos extraordinários sobre o petróleo poderia ser uma possibilidade, tal como implementado em outros países como a Colômbia.“Acreditamos que isso seria altamente prejudicial para a indústria no Brasil e poderia resultar em anos de disputas legais. (…) A tributação do setor continua sendo uma preocupação fundamental entre os investidores e acreditamos que isso explica parcialmente as lacunas de valuation entre as empresas de E&P [Exploração e Produção] americanas e as operadoras de E&P de alta qualidade na América Latina”, conclui o BBI.Representantes do setor protestamÀ Reuters, Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que representa petroleiras como Petrobras, Shell e Exxon Mobil no Brasil, afirmou que o segmento já é altamente tributado em toda a cadeia produtiva, citando impostos como participações especiais e royalties, que incidem sobre a produção de petróleo, assim como a Cide, que incide sobre a comercialização de combustíveis.As petroleiras com atuação no Brasil defenderam que se retire o imposto seletivo de 1% sobre a extração de petróleo do texto da reforma, alegando que a inclusão do setor pode causar pressão inflacionária e retirar competitividade do Brasil frente a outros países na disputa por investimentos.Para o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a imposição do imposto seletivo de 1%, da forma como apresentada pelo relator, está “totalmente desconectada com a realidade tributária nacional”.Segundo o Ibram, a reforma tributária, se aprovada da forma em que está, prejudicará os setores que produzem bens primários e semielaborados. “O IS proposto, errônea e injustamente, implica na oneração de operações relativas a derivados de petróleo, combustíveis e minerais, com a cobrança proposta de 1% do valor do mercado do produto, independentemente da destinação”, afirmou o instituto em nota.“Entre as razões para que o imposto seletivo não incida sobre mineração, está o fato de que esse setor é onerado por meio de royalties, participação especial e compensação da atividade de mineração.”O Ibram também pede a retirada do artigo 136, que impõe contribuições sobre produtos primários e semielaborados, dizendo que ele contraria os princípios da reforma tributária, como os de não cumulatividade e não incidência sobre exportações. “Não há justificativas plausíveis de se registrar na Constituição mais um imposto que traz para a reforma os problemas do sistema tributário atual”, acrescentou.(com Reuters)

palavras-chave: Reforma tributária: novo imposto não tem impacto relevante para ações, mas traz alerta para petroleiras e mineradoras; invistaja.info;

CALIFORNIA | mercados | invistaja.info – Reforma tributária: novo imposto não tem impacto relevante para ações, mas traz alerta para petroleiras e mineradoras

REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

Veja também:

Juros estão em níveis que, se mantidos, ajudarão a levar inflação à meta, diz presidente do BCE

Instituições financeiras adotam solução antifraude com performance superior às de gigantes da tecnologia

Como o IPCA-15 estimula a alta da Bolsa nesta quinta, apesar de NY fraca e baixa do petróleo

Eficiência e agilidade: ambicioso plano da BRF reverte desafios em indicadores de alta performance

Entre em contato para anunciar no invistaja.info

Resumo do mercado

Assine grátis nossa newsletter semanal

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

Newsletter invistaja: receba um resumo semanal dos principais movimentos do mercado

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

plugins premium WordPress