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palavras-chave: Relatório de emprego nos EUA, Powell, balança comercial e mais destaques desta 6ª; invistaja.info;
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As medidas protecionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, geraram tensão nos mercados um dia após o anúncio, aumentando temores sobre o impacto no comércio internacional. O dólar à vista caiu 1,18% frente ao real, fechando a R$ 5,6290, a menor cotação desde outubro de 2024. O Ibovespa oscilou ao longo do dia e terminou praticamente estável, com leve baixa de 0,04%, aos 131.140,65 pontos. Em Wall Street, o tombo foi generalizado, com Dow Jones (-3,98%), S&P 500 (-4,84%) e Nasdaq (-5,97%) registrando a pior sessão desde março de 2020.
A decisão do presidente dos Estados Unidos provocou reações negativas em setores que dependem do comércio exterior, pressionando principalmente ações industriais e de tecnologia, ao que o jornal The Economist chamou de “Dia da Ruína” e “maior erro econômico da era moderna”. No Brasil, exportadoras foram afetadas, enquanto empresas voltadas ao consumo doméstico resistiram melhor às oscilações. O enfraquecimento do dólar ajudou a aliviar pressões sobre empresas endividadas na moeda americana, mas investidores seguem atentos às consequências das medidas sobre fluxos de capital e crescimento econômico.
Nesta sexta-feira (4), o foco do mercado estará na agenda econômica. No Brasil, serão divulgados o IGP-DI de março, às 8h, e a balança comercial do mês, às 15h. Nos Estados Unidos, o relatório de empregos de março será publicado às 9h30, incluindo a criação de vagas e a taxa de desemprego, dados fundamentais para as expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve. Espera-se que o payroll mostre que os EUA criaram 135 mil empregos, uma ligeira desaceleração em relação a fevereiro.
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O que vai mexer com o mercado nesta sexta
Agenda
Nesta sexta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda em São José do Xingu (fuso horário de -1h em relação a Brasília). Às 8h (horário local), ele parte da Base Aérea de Brasília com destino a Novo Progresso (PA), onde chega às 8h30 na Base Aérea da Serra do Cachimbo. Às 10h20, Lula tem um encontro privado com o Cacique Raoni Metuktire, na Terra Indígena Capoto/Jarina. Às 13h, participa de uma cerimônia na Aldeia Piaraçu, também na Terra Indígena Capoto/Jarina, em que será homenageado junto com a primeira-dama Janja pelo Cacique Raoni. Na ocasião, o presidente também condecorará Raoni com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito. Encerrando os compromissos, às 14h40, o presidente participa de um almoço oferecido pelo Cacique Raoni em sua homenagem.
Nos EUA, os mercados acompanham com atenção os discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e dos governadores Christopher Waller e Michael Barr.
Brasil
8h – IGP-DI (março)
15h – Balança comercial (março)
Estados Unidos
9h30 – Criação de vagas (março)
9h30 – Taxa de desemprego (março)
Internacional
Reação
Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, tentou acalmar o mercado após a reação negativa às tarifas recíprocas. À CNN internacional, ela disse que investidores deveriam confiar em Trump, que reafirma sua “fórmula econômica comprovada”. Ela afirmou que países afetados tiveram 70 anos para negociar, mas “roubaram trabalhadores americanos”.
Segundo Leavitt, as tarifas são uma “emergência nacional” e não estarão em negociação. A secretária incentivou o consumo de produtos americanos e disse que o governo busca formas de mitigar impactos inflacionários. O tarifaço de Trump gera apreensão nos mercados.
Pedido
O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu que empresas europeias suspendam investimentos nos EUA após Donald Trump anunciar novas tarifas globais de importação. Durante uma reunião com a indústria francesa, Macron disse que a Europa deve aguardar esclarecimentos antes de continuar investindo. Ele não descartou respostas, mencionando mecanismos de coerção e medidas sobre serviços digitais e financiamento da economia dos EUA.
Tarifa de 25%
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, anunciou medidas para retaliar as novas tarifas dos EUA, classificando-as como uma “tragédia” para o comércio global. O Canadá imporá uma tarifa de 25% sobre veículos dos EUA que não sigam o acordo comercial da América do Norte, mas autopeças ficarão isentas. Carney afirmou que as tarifas já aplicadas pelo Canadá permanecerão em vigor e alertou que os EUA podem demorar a mudar de abordagem.
Mercosul e UE
O tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá acelerar o processo de acordo entre o Mercosul e a União Europeia (EU). A avaliação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana.
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Economia
13º para aposentados
O presidente Lula assinou um decreto antecipando o 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, com pagamentos em abril e maio. A medida foi solicitada pelo Ministério da Previdência. A primeira parcela será paga entre 24 de abril e 8 de maio, e a segunda, entre 26 de maio e 6 de junho, conforme o número final do benefício. Para quem recebe acima de um salário mínimo, os repasses ocorrem de 2 de maio a 8 de maio, e de 2 a 6 de junho.
Pix
O Banco Central anunciou que o Pix parcelado estará disponível a partir de setembro, permitindo parcelamentos como no cartão de crédito, enquanto o vendedor recebe à vista. Já o Pix como garantia de empréstimos, voltado para empresas, só será implementado em 2026. Essa modalidade permitirá que lojistas usem valores futuros do Pix como garantia para crédito mais barato. Além disso, a partir de 1º de outubro, bancos deverão oferecer um sistema on-line para contestação e devolução de Pix fraudulentos, aumentando a chance de recuperar valores desviados por golpes.
Política
Rejeição
Lula e Bolsonaro têm 55% de rejeição, enquanto Eduardo Bolsonaro marca 56%, segundo pesquisa da Genial/Quaest divulgada na quinta-feira (3). No quesito intenção de voto, Lula tem 41% e Bolsonaro 39%, em empate técnico. Já 62% dos entrevistados são contra um novo mandato de Lula. Entre os possíveis nomes da direita sem Bolsonaro, Tarcísio de Freitas lidera com 15%, seguido de Michelle Bolsonaro (14%) e Pablo Marçal (11%). A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 27 e 31 de março, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Popularidade
O governo federal lançou ontem a campanha “O Brasil é dos brasileiros” para destacar ações dos dois primeiros anos do governo Lula. Os comerciais, com duração de 15 a 60 segundos, abordarão programas como Pé-de-meia, Farmácia Popular e Bolsa Família. O ministro da Secom, Sidônio Palmeira, afirmou que a estratégia é uma prestação de contas, não uma resposta à queda de popularidade. A campanha ocorre em meio a uma crise de aprovação, com pesquisa Genial/Quaest mostrando que mais da metade dos brasileiros desaprova o governo.
Isenção de IR
Arthur Lira (PP-AL) afirmou que buscará uma proposta equilibrada na relatoria do projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais. O projeto, promessa de campanha de Lula, enfrenta debates sobre compensação fiscal. O PP propôs ampliar a tributação adicional para rendas acima de R$ 150 mil. Lira garantiu diálogo com governo e setores econômicos para construir um relatório “justo e preciso”. O texto será analisado por comissão especial antes de votação na Câmara.
PL da anistia
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro já tem 165 assinaturas. A estratégia agora é buscar apoio individual dos deputados para atingir as 257 assinaturas necessárias. O presidente da Câmara, Hugo Motta, teria pedido cautela aos líderes partidários. O PL seguirá com obstruções no Congresso para pressionar pela votação.
Habeas corpus
A oposição na Câmara, composta por maioria bolsonarista, apresentou ao STF um habeas corpus coletivo em favor dos presos pelos atos de 8 de janeiro. O pedido, assinado pelo deputado Zucco (PL-RS), solicita prisão domiciliar para idosos, doentes graves, gestantes e responsáveis por filhos menores de 12 anos. A medida busca beneficiar réus que ainda aguardam julgamento definitivo. O STF definirá um relator para avaliar o caso.
Sem gastos públicos
O Palácio do Planalto afirmou que a viagem de Janja Lula da Silva ao Japão em março não gerou gastos públicos. A primeira-dama viajou em avião da FAB como parte da equipe precursora e se hospedou na embaixada do Brasil em Tóquio. Oposição questiona a presença dela em agendas internacionais e os custos com sua equipe, estimados em R$ 1,9 milhão. Lula defendeu Janja, afirmando que ela seguirá atuando em pautas sociais.
Corporativo
Carrefour (CRFB3)
O Carrefour melhorou a relação de troca de ações no âmbito de sua proposta para fechar o capital da unidade brasileira, elevando o valor que pagaria por papel de R$ 7,70 para R$ 8,50.
O conselho também aprovou cancelar a assembleia geral extraordinária prevista para 7 de abril e agendar uma nova para o dia 25, agora considerando a nova relação de troca, a fim de permitir que os acionistas tenham tempo suficiente para analisar a transação sob os novos termos.
(Com Reuters, The Economist e Estadão)
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