Negociando na bolsa de valores
Edição MarketMsg e invistaja.info
palavras-chave: Renda maior ajuda nas vendas varejistas em setembro, mas analistas esperam estagnação nos próximos meses; invistaja.info;
EUCA4 | Mrg.Ebit: 0.1889 | Cresc.5anos: 0.2083 | Mrg.Liq.: 0.1285 | Liq.2meses: 318123.0 | ROIC: 0.1498 | EV/EBIT: 2.59
ListenToMarket: Renda maior ajuda nas vendas varejistas em setembro, mas analistas esperam estagnação nos próximos meses – Áudio gerado às: 11:50:43
VELOCIDADE: 1.0x | 1.95x | 2.3x
A elevação de renda observada nos últimos meses, fruto do impacto dos auxílios do governo em um período de inflação menor e com recuperação do emprego, motivaram a alta de 1,1% no volume de vendas do varejo em setembro. Analistas consideram, por outro lado, que esse aquecimento não foi disseminado, pois as compras dependentes de crédito continuaram pressionadas pela política monetária restritiva imposta pelo Banco Central.A XP destacou em análise que as vendas reais dos bens mais sensíveis à renda cresceram 1,5% no trimestre, por conta de “efeito almofada” gerado pelo estímulo fiscal, especialmente o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600, além da sólida recuperação do mercado de trabalho. No entanto, vendas reais dos produtos mais sensíveis ao crédito recuaram 4,3% no trimestre passado e ainda estão 4,5% mais fracas em relação ao final de 2021.“Essa tendência negativa não deve ser revertida nos próximos meses. Esperamos uma estagnação virtual do índice geral do varejo no final deste ano”, previu a XP, mesmo considerando impactos da realização da Copa do Mundo de Futebol, entre novembro e dezembro, e a campanha de vendas da Black Friday no trimestre atual.A análise leva em consideração que os índices do núcleo e do varejo amplo caíram no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre (-1,1% e -1,2% , respectivamente). “Esses resultados vieram após uma forte recuperação nas vendas no varejo no primeiro e segundo trimestres”, ponderou a XP.Outro destaque apontado foi que as vendas no varejo de setembro trouxeram sinais mistos entre os setores, com seis das dez atividades monitoradas pelo IBGE registrando ganhos em relação a agosto. Do lado positivo, subiram bem as vendas de Supermercados, Alimentos e Bebidas e de Equipamentos de Escritório, Informática e Comunicação. Por outro lado, houve fraco desempenho de Veículos, Motos e Autopeças, Materiais de Construção e Móveis e Eletrodomésticos. “Apenas três das dez atividades cresceram no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre”, disse a XP.Supermercados e farmáciasMatheus Pizzani, economista da CM Capital, também destacou o avanço do volume de venda de Hiper, supermercados e produtos alimentícios (+1,2% em setembro), após crescimento de 0,3% em agosto e queda de 0,6% em julho. “A recuperação do grupo vem na esteira da implementação de políticas de apoio e ampliação da renda por parte do governo, programas destinados para públicos que possuem elevada propensão marginal a consumir e tendem a concentrar seus gastos na aquisição de alimentos”, comentou.Segundo ele, outro segmento que tem esboçado reação ao longo dos últimos meses é o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, cujo avanço foi de 1,5% em setembro, acelerando frente ao dado de agosto, quando registrou alta de 0,8% e revertendo por completo a queda de 0,8% observada em julho.“Vale destacar que no comparativo interanual, houve avanço de 21,9% no volume de vendas deste grupo, décima primeira elevação em sua série histórica, mantendo padrão expressivo de crescimento sob esta ótica de análise”, disse Pizzani, que acredita na sustentação desses números aos longo dos próximo períodos.“No sentido oposto, menção deve ser feita para a desaceleração do volume de vendas do segmento de combustíveis e lubrificantes, que registrou alta de 1,3% mensal em setembro”, alertou o economista da CM Capital.Pizzani acredita que as políticas de auxílio não devem ser capazes de produzir o mesmo efeito positivo daqui para a frente, “tendo em vista que a inflação deve voltar a acelerar nos grupos de alimentação e combustíveis, afetando negativamente os segmentos mais beneficiados pelas medidas”.Ele também acredita que política monetária restritiva imposta pelo Banco Central deve contribuir para uma desaceleração econômica ao longo de 2023 e que isso afetará diretamente o desempenho do comércio, “que terá dificuldades em estabelecer uma trajetória sustentável de crescimento e também deve perder tração no decorrer do próximo ano.”Crédito apertadoPara o Goldman Sachs, apesar de as vendas no varejo básico terem registrado uma variação sólida e acima do esperado em setembro, as condições financeiras domésticas apertadas, os níveis recordes de endividamento das famílias e o setor de crédito cada vez mais exigente devem gerar dificuldades crescentes para a atividade nos próximos meses.“Do lado positivo, moderando a inflação, generosas transferências fiscais em dinheiro para famílias com alta propensão a consumir e o fortalecimento da confiança do consumidor devem oferecer algum suporte de curto prazo à atividade de varejo”, diz análise do banco de investimentos.O BTG Pactual também se surpreendeu positivamente com as vendas em setembro, tanto no conceito restrito como no ampliado, isso nos dados mensais e nos anuais, mas enxerga para o último trimestre do ano vetores tanto de alta como de baixa no setor. “No agregado, esperamos continuidade do sentimento mais brando para o setor varejista ante Serviços”, disse em análise.Entre os vetores positivos, foram citados aumento da renda disponível das famílias em meio ao arrefecimento da inflação, a disponibilização do Auxílio Brasil de R$ 600, o mercado de trabalho mais forte e as datas comemorativas. “Em outubro, o dado (as vendas varejistas) pode ser beneficiado pelo Dia das Crianças, em novembro pela Black Friday”, estimou o BTG Pactual, que prevê um provável impulso em vestuários e supermercados.“Na direção oposta, mantemos a cautela com segmentos dependentes de crédito (veículos, eletrodomésticos e materiais de construção), que tem mostrado dados mais fracos em virtude da taxa Selic em patamar restritivo e da demanda saturada”, ponderou o banco.
palavras-chave: Renda maior ajuda nas vendas varejistas em setembro, mas analistas esperam estagnação nos próximos meses; invistaja.info;
BRASIL | mercados | invistaja.info – Renda maior ajuda nas vendas varejistas em setembro, mas analistas esperam estagnação nos próximos meses
REFLEXÃO: Morgan Housel: Se preocupe somente quando você achar que tiver tudo resolvido.
Leia também:
Cripto brasileira BRZ não depende apenas da FTX, tranquiliza CEO da Transfero
Shein vai abrir loja física em modelo pop-up no Shopping Vila Olímpia em São Paulo
Seleção Brasileira de Futebol vale mais do que Azul, Gol e Via Varejo
Publique seu negócio no invistaja.info