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Rússia ameaça ampliar corte de fornecimento de gás na Europa; movimento é o mais duro desde início de sanções

Mais cedo, a estatal russa Gazprom confirmou suspensão do fornecimento de gás para Polônia e Bulgária, por falta de pagamento em rublos

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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Após cortar o fornecimento de gás natural para Bulgária e Polônia, a Rússia pode ampliar a medida para outros países da União Europeia. Essa é a iniciativa mais dura adotada pelos russos até agora, por conta das sanções internacionais impostas ao país por conta da guerra declarada contra a Ucrânia.

A informação é do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, justificando tal medida caso outros clientes da UE se recusem a pagar em rublos pela mercadoria.

Segundo o jornal The Guardian, Peskov disse que “a Rússia foi e continua sendo um fornecedor confiável de recursos energéticos para seus consumidores e continua comprometida com suas obrigações contratuais. Quando os prazos de pagamento se aproximarem, se alguns consumidores se recusarem a pagar sob o novo sistema, então o decreto do presidente (Putin) será aplicado”.

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Dessa forma, o Kremlin parece não estar preocupado com eventuais perdas orçamentárias decorrentes da decisão. Peskov acrescentou que o país poderia suportar se os países europeus se recusassem a pagar pelo gás em rublos: “tudo foi calculado, todos os riscos foram previstos e as medidas necessárias tomadas”.

Suspensão fornecimento de gás russo

Mais cedo, a estatal russa Gazprom confirmou que suspendeu o fornecimento de gás para Polônia e Bulgária, por falharem em pagar pelo produto em rublos, como exigido por Moscou.

Em comunicado, a Gazprom disse que a suspensão para a búlgara Bulgargaz e a polonesa PGNiG ficará em vigor até que pagamentos por gás fornecido desde 1º de abril sejam efetuados em rublos, como determinado pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 31 de março.

A companhia de gás também ressaltou que Bulgária e Polônia são Estados de trânsito. “Em caso de retirada não autorizada de gás russo de volumes de trânsito destinados a outros países, o fornecimento de trânsito será reduzido por este volume”, alertou a Gazprom.

Ajuda à Ucrânia

A medida foi classificada por líderes europeus como “chantagem” e ocorre no momento em que países europeus se juntam aos Estados Unidos para aumentar os envios de armas para ajudar a Ucrânia a se defender de um novo ataque russo no leste. Kiev informou na quarta-feira que tropas russas obtiveram ganhos em várias localidades na região.

A Polônia confirmou que os suprimentos foram cortados, enquanto a Bulgária disse que descobriria em breve. Ambas acusaram a Gazprom de violar contratos de fornecimento de longa data.

“Como todas as obrigações comerciais e legais estão sendo observadas, está claro que no momento o gás natural está sendo usado mais como uma arma política e econômica na guerra atual”, disse o ministro da Energia da Bulgária, Alexander Nikolov.

Conforme o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, a medida de corte é um “ataque direto” ao país. Segundo ele, a Rússia ultrapassou os limites de seu “imperialismo do gás” e acusou Moscou de atacar a economia europeia por meio de medidas inflacionárias, informa o The Guardian.

Morawiecki, porém, tranquilizou o país dizendo que a Polônia tem gás suficiente armazenado. Ele acabou afirmando que “a Rússia não apenas realizou um ataque brutal e assassino à Ucrânia, mas também atacou toda a segurança energética e alimentar da Europa”.

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“É um ataque direto à Polônia… Vamos lidar com essa chantagem, essa pistola na cabeça de forma que não afete os poloneses. A Polônia não precisará de gás russo”, garantiu.

Chantagem

O presidente russo, Vladimir Putin, exigiu no mês passado que os compradores de países “hostis” paguem pelo gás em rublos ou seriam vetados. A União Europeia diz que isso viola contratos que exigiam pagamento em euros.

“O anúncio da Gazprom de que está interrompendo unilateralmente a entrega de gás a clientes na Europa é mais uma tentativa da Rússia de usar o gás como instrumento de chantagem”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Isso é injustificado e inaceitável. E mostra mais uma vez a falta de confiabilidade da Rússia como fornecedora de gás”, disse ela.

Polônia e Bulgária são ex-satélites de Moscou da era soviética que desde então se juntaram à União Europeia e à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Oponentes aos russos

A Polônia tem sido um dos oponentes mais expressivos do Kremlin durante a guerra. A Bulgária teve relações calorosas com a Rússia no passado, mas o primeiro-ministro Kirill Petkov, um ativista anticorrupção que assumiu o cargo no ano passado, criticou fortemente a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Petkov viajará nesta quarta-feira para Kiev, o mais recente líder europeu a se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.

A Polônia recebe seu gás russo através do gasoduto Yamal-Europa dos enormes campos de gás da Rússia no extremo norte do Ártico, que continua a oeste para abastecer a Alemanha e outros países europeus. A Bulgária é fornecida através de tubos sobre a Turquia.

Outros países europeus, incluindo a Alemanha, maior compradora de gás russo, não relataram cortes.

Os suprimentos da Gazprom cobrem cerca de 50% do consumo da Polônia e cerca de 90% da Bulgária. A Polônia disse que não precisava recorrer às reservas e que seu armazenamento de gás estava em 76% da capacidade. A Bulgária afirmou que está em negociações para tentar importar gás natural liquefeito através da Turquia e da Grécia.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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