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RX Ventures, da Renner (LREN3), faz seu primeiro investimento em startup

Fundo de Corporate Venture Capital da Renner participa de rodada liderada pela Domo Invest; “Não criamos o fundo por moda”, diz executivo

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Edição MarketMsg e invistaja.info

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Estar na moda é essencial para a Lojas Renner (LREN3), uma das maiores varejistas do Brasil. Mas não foi apenas por vontade de fazer parte do assunto do momento – inovação – que a companhia lançou o seu  fundo de Corporate Venture Capital (CVC). Prova disso é que o fundo criado em março e anunciado por Do Zero ao Topo acabou de realizar seu primeiro investimento.

Para isso, a companhia seguiu uma uma métrica de mercado: para escolher uma startup, foram avaliadas, pelo menos,100. “O trabalho foi feito por uma equipe dedicada e olhamos a fundo o time empreendedores, porque num momento de investimento inicial, como o seed ou investimento semente, nossa aposta é nas pessoas”, diz Marie Timoner, head de Novos Negócios e RX Ventures da Lojas Renner.

A startup escolhida para o primeiro aporte, Logstore, dedica-se ao desenvolvimento de soluções inovadoras de tecnologia para o varejo. Fundada em 2017 por Helson Santos e Diego Dias, a Logstore amplia a integração entre o varejo físico e o digital – o chamado phygital – por meio de softwares como serviço (Saas). A solução da startup fornece recursos ponta-a-ponta para as empresas que buscam realizar vendas com entrega ou retirada a partir de suas lojas e para que possam gerenciar todo o ciclo de vida dos pedidos em uma única solução global.

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Com foco em entregar a melhor experiência aos consumidores após a compra, a plataforma já atende mais de 500 mil pedidos por mês em todo o Brasil e tem clientes como Vivara, Leroy Merlin, Grupo DPSP (Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco) e Grupo Mundial Mix.

“O maior desafio do mundo digital é o mundo analógico: as entregas, as barreiras físicas. São esses problemas que as logtechs buscam resolver”, afirma Guilherme Reichmann, diretor de Estratégia e Novos Negócios da Lojas Renner.

As soluções da Logstore permitem que os atendentes das lojas recebam automaticamente, por meio de um aplicativo, os pedidos gerados pelo e-commerce e localizem os produtos no ponto de venda. Com o auxílio de um roteirizador, as soluções entregam agilidade ao processo de entrega de pedidos que não usam o estoque dos centros de distribuição. O tempo de separação e embalagem das mercadorias para envio ou retirada pelos clientes é 78% menor do que nos processos convencionais, nos quais os vendedores precisam acessar diferentes sistemas antes de preparar as encomendas.

“O investimento do RX Ventures nos aproxima de um dos principais varejistas da América Latina, além de abrir portas no mercado de moda, um dos maiores segmentos do e-commerce no mundo, e nos permitirá acelerar a estratégia de expandir a tecnologia da Logstore para o mercado Latam”, diz o CEO e cofundador da startup, Helson Santos.

O aporte minoritário foi feito na Logstore, com sede em São Paulo, em uma rodada liderada pela Domo Invest, uma das principais gestoras de VC no Brasil, que já havia feito um primeiro investimento na startup.

Fundada há cinco anos, a Domo e seus sócios já acumulam participações em mais de 150 investimentos e fusões e aquisições (M&A) na última década. “Acreditamos profundamente no impacto que soluções, como a da Logstore, trazem para a eficiência e produtividade das empresas. Otimizar a distribuição e garantir que pedidos de qualquer canal de venda se transformem em entrega efetiva para o consumidor final, é chave para a indústria do varejo”, afirma o sócio fundador e gestor na DOMO Invest, Marcello Gonçalves.

Para Reichmann, além de investir no potencial de transformação nas operações de varejo, para a RX Ventures é muito importante investir em parceria com outros fundos e aprender com as melhores gestoras de venture capital do mercado. “Em pouco mais de quatro meses, já fizemos conexão com mais de 20 potenciais parceiros”, afirma. “Nos conectamos com os principais hubs do mercado e é dessas ligações que as oportunidades estão surgindo”, diz.

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O histórico de inovação da Renner vem desde os anos de 1990, quando o executivo José Galló assumiu a empresa, que na época valia cerca de R$ 1 milhão. Hoje, a companhia está avaliada em mais de R$ 23 bilhões.

A Renner olha para o relacionamento com startups desde 2017, quando começou a firmar contratos de fornecimento e parcerias. A partir de 2018, a varejista patrocinou programas do ecossistema de inovação, como as acelerações da Endeavor, e realizou provas de conceito com startups. Em 2021, fez seu primeiro movimento de aquisição de startup, com a Repassa.

Lançado em março com o compromisso de aportar R$ 155 milhões em participações minoritárias em ao menos 10 startups, o RX Ventures opera como Fundo de Investimentos em Participações (FIP), regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com a Renner como única cotista. O modelo de gestão é integrado com a gestora Ahead Ventures.

O foco do CVC é direcionado a startups no chamado early stage, tanto as seeds (sementes), com produtos em validação, quanto as “série A”, com níveis um pouco mais elevados de maturidade e o período previsto de permanência no negócio é quatro anos, com mais quatro para desinvestimento.

Os segmentos priorizados são varejo de moda (fashiontech e retailtech); e-commerce e marketplaces; conteúdo, marketing e branding (martech); soluções financeiras (fintech); e logística e supply chain (logtech). “Não criamos o fundo por moda e não vamos deixar de investir, independente do cenário”, afimra Reichmann.

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REFLEXÃO: Ben Carlson, autor de A Wealth of Common Sense – A riqueza do senso comum, em tradução livre: Menos é mais. O processo de investimento deve ser mais importante que os resultados. Comportamento correto na hora de investir é a chave.

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