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Santander Brasil (SANB11) tem resultado fraco no 4º tri, impactado por maiores provisões com “efeito Americanas” (mas não só por isso)

Apesar do banco não ter destacado efeito claramente, analistas de mercado estimaram impacto da recuperação da varejista

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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CCTU4 | DY: 0.0 | Liq.Corr.: 1.48 | EV/EBITDA: 21.77 | P/L: 7.65 | P/ACL: -28.32 | ROIC: 0.0296

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A temporada de resultados para os bancões já começou negativa, com o Santander Brasil (SANB11) apresentando números do quarto trimestre de 2022 (4T22) que ficaram abaixo do esperado pelo consenso de mercado. Isso apesar das projeções já estarem baixas para o banco, uma vez que já se esperava um “efeito” da Americanas (AMER3) no balanço (o Santander é um dos mais expostos à dívida da companhia) e por já apontarem anteriormente uma grande diferença para alguns pares do setor.O banco divulgou na manhã desta quinta-feira (2) um lucro líquido de R$ 1,689 bilhão para o quarto trimestre do ano passado, queda de 46% em relação ao trimestre anterior, já que as provisões para perdas com empréstimos aumentaram 18,6% no período.O resultado final ficou aquém das expectativas, já que a média de previsões para o lucro do banco no período apontava para R$ 2,86 bilhões no quarto trimestre, segundo dados da Refinitiv.Ao mencionar provisões, o banco não citou diretamente o caso Americanas (AMER3), mas destacou um “evento subsequente” no crédito de atacado que afetou essa linha do resultado, sem mencionar o valor provisionado. Segundo lista de credores, o Santander Brasil tem R$ 3,65 bilhões a receber da varejista.O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) foi de 8,35% no 4T22, uma queda de 7,3 pontos percentuais no trimestre. Em 2022, o índice ficou em 16,3%,  4,9 pontos percentuais abaixo em relação a 2021.“Na nossa visão, o Santander apresentou resultados fracos no 4T22, sendo fortemente impactado pelo provisionamento da dívida da Americanas, que prejudicou os resultados do banco”, apontam em relatório Renan Manda e Matheus Guimarães, analistas da XP.Os analistas apontam que, por um lado, a abordagem mais seletiva do banco na concessão de crédito ao longo de 2022 resultou em um crescimento mais lento de sua carteira de crédito (alta de 5,8% na base anual), pressionando sua margem financeira bruta (NII) no 4T22 para R$ 12,5 bilhões (queda trimestral de 0,6%). Por outro lado, essa abordagem cautelosa permitiu ao banco manter sob controle suas taxas de inadimplência, com a inadimplência aumentando ligeiramente para níveis ainda saudáveis em ​​3,1%.A XP destacou, de forma geral, esperar uma reação negativa das ações aos fracos resultados e reiterou visão conservadora sobre a ação, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 34 por unit.O Itaú BBA apontou que os resultados foram fracos no 4T22, mas destacou que o lucro ficou em linha com suas estimativas.Além do impacto da Americanas nas provisões, o Santander destacou as fracas tendências operacionais sequentes.A margem bruta total caiu 1% no trimestre devido aos spreads mais baixos e resultados de tesouraria ainda negativos (R$ 1,3 bilhão negativos). As receitas de serviços recuperaram, avançando 7% no trimestre, com melhores tendências em seguros e cartões; contudo, ainda assim ficaram aquém dos números esperados pela casa.A inadimplência esperada de 90 dias aumentou 10 pontos-base no trimestre, para 3,1%; que os analistas estimam que teria sido de 40 pontos-base sem atribuições relevantes de carteira.“Esperamos uma reação negativa das ações, apesar do já fraco desempenho das ações dos bancos durante a semana”, avaliou o BBA em relatório antes da abertura do mercado. Os analistas destacaram que uma leitura para outros bancos conecta principalmente o Bradesco (BBDC4) com rating underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda), que deve apresentar desafios semelhantes, enquanto espera-se que o Banco do Brasil (BBAS3) apresente um conjunto de resultados totalmente diferente devido à diferente qualidade de crédito e dinâmica da margem de lucro.O Credit Suisse, por sua vez, destaca que o lucro ficou 27% abaixo do esperado pela casa, estimando uma provisão de R$ 1,1 bilhão por Americana, mas com destaque negativo principalmente para o NIM (Net Interest Margin, ou margem líquida de juros) abaixo do esperado.O Morgan Stanley também destaca o NIM decepcionante, com queda trimestral de 1%; “a gestão da companhia apontou que a mudança de mix para empréstimos de menor risco é parcialmente culpada”, apontou o banco.O banco americano também avalia que a empresa adicionou R$ 1 bilhão em provisões para perdas com empréstimos neste trimestre citando um “evento subsequente” e relaciona à Americanas, mas aponta ser difícil entender qual é a exposição real, quanto está provisionado e até que ponto esse aumento das provisões ajuda a cobrir a exposição total.Mas reforça: “o salto nas provisões de fato parece ser impulsionado pela Americanas, já que o restante dos números de inadimplência parece bom: o índice de inadimplência foi de 3,1%, contra 3,0% no 3T22 e o índice de inadimplência do consumidor ficou estável em 4,3%. Os empréstimos renegociados tiveram o menor aumento trimestral dos últimos 12 meses”, avalia.De qualquer forma, também apontou que as ações provavelmente ficariam sob pressão hoje devido ao número abaixo do esperado e à falta de visibilidade de quanto ainda falta para cobrir o “risco Americanas”.O Citi também fez suas estimativas para o “impacto Americanas” na instituição financeira e aponta que, mesmo sem ele, o ROE do Santander seria ainda um fraco 11%. Apesar dos números a princípio controlados de inadimplência, os analistas da casa destacam ser preciso ter atenção quanto ao “NPL formation” (a variação do saldo de créditos em atraso), que foi de 4,3% no terceiro trimestre para 5,6% no quarto trimestre, incluindo um portfólio vendido de R$ 600 milhões. Isso indica deterioração na qualidade dos resultados, em um ritmo mais rápido.“De uma forma geral, o resultado reforça nossa visão de que o período de ROE de 20% do Santander ficou para trás e a principal questão é qual é o novo ROE sustentável para o banco”, avalia o Citi. Esse cenário deve pressionar os papéis por um bom tempo, apontam os analistas. Desta forma, mantêm recomendação neutra para o ativo, com preço-alvo de R$ 29.

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REFLEXÃO: Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz: Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito.

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