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Setor de seguros cresce 16,2% em 2022, mas desacelera em dezembro

Seguros auto e rural seguiram como destaque; segmento de automóveis teve em dezembro a menor sinistralidade do ano (mas patamar ainda é alto)

Informação para quem vive o mercado

Edição invistaja.info e MarketMsg

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O setor de seguros continuou crescendo em dezembro e fechou 2022 com alta de 16,2% na arrecadação e de 16,1% nas indenizações, mas já vê uma desaceleração em vários segmentos, apontam dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) compartilhados nesta semana.Os destaques foram novamente os seguros de automóveis, que tiveram o melhor mês do ano (a sinistralidade caiu para 59%); e o rural, que viu os prêmios acelerarem de novembro para dezembro (o crescimento aumentou de 30% para 33% na comparação anual).Os dois segmentos já eram os destaques no acumulado do ano até setembro — e a tendência se manteve no quarto trimestre. O seguro rural, inclusive, triplicou de tamanho nos últimos 5 anos, impulsionado por subsídios governamentais e por problemas no campo, como quebras de safra.O Bradesco BBI compilou os dados da Susep em um relatório e destacou também o crescimento de 10% nas contribuições à Previdência privada, para R$ 14,5 bilhões, além das melhores margens no seguro auto (a sinistralidade caiu 4 pontos percentuais no mês). Foi o menor patamar do ano para o segmento, apesar de os sinistros ainda estarem acima da média histórica.“Vemos os dados como positivos para as seguradoras. O principal destaque de dezembro, a nosso ver, foi a forte melhora no segmento de automóveis, o que indica que a Porto Seguro (PSSA3) deve ganhar fôlego nos próximos meses”, aponta o relatório. “A BB Seguridade (BBSE3) também reportou fortes números financeiros, indicando um sólido quarto trimestre à frente”.O documento assinado pelos analistas Otávio Tanganelli, Gustavo Schroden, Camila Koga e Eric Ito também destaca que a participação de mercado da BrasilPrev (braço de Previdência da BB Seguridade) ficou em 37,6% em dezembro, alta de 4,81 pontos percentuais na comparação com novembro, enquanto a do Bradesco (BBDC4) diminuiu 2,66 p.p., para 21,2%.Desaceleração no crescimentoCom exceção do seguro rural (cujo crescimento acelerou de 30% em novembro para 33% em dezembro) e da Previdência (que saiu de uma queda de 17% para uma alta de 10%), os outros segmentos compilados pelos Bradesco BBI viram os prêmios emitidos perderem força no último mês do ano.O seguro de vida cresceu 5% na comparação anual no mês passado (contra 11% no mês anterior e 14% em outubro), assim como o prestamista (que havia crescido 12% em novembro e 21% em outubro), segundo os dados compilados pelo Bradesco BBI.Já o seguro patrimonial desacelerou seu crescimento nos últimos três meses do ano, de 21% para 12% e depois para 9%, enquanto o de automóveis cresceu 27% em dezembro, ante 29% em novembro e 32% em outubro.Os números ainda estão no campo positivo, mas podem indicar uma economia perdendo fôlego devido aos seguros mais caros e à taxa de juros em patamares elevados (a Selic está atualmente em 13,75% ao ano, patamar bastante contracionista).Ano ‘positivo, mas equilibrado’Os dados compilados pela CNSeg (confederação nacional das seguradoras) são um pouco diferentes dos compartilhados pelo Bradesco BBI no relatório, mas apontam para a mesma direção: a arrecadação do setor como um todo cresceu 16,2% no acumulado do ano e 8,5% em dezembro, enquanto as indenizações subiram 16,1% e 8,5%, respectivamente.A arrecadação é a soma dos prêmios pagos pelos clientes quando contratam um seguro, enquanto as indenizações incluem também benefícios, resgates e sorteios distribuidos pelas seguradoras aos segurados.Dyogo de Oliveira, diretor-presidente da CNSeg, avalia o ano como “positivo, mas equilibrado”. “Porque a arrecadação cresceu 16,2% e as indenizações, 16,1%. Foi um ano bom do ponto de vista das receitas, mas as despesas também cresceram”.Ex-ministro do Planejamento e ex-presidente do BNDES no governo Michel Temer (MDB), Oliveira faz questão de destacar os R$ 220 bilhões de indenizações pagas pelo setor em 2022 (a arrecadação no mesmo período foi de R$ 356 bilhões). “O negócio do seguro é pagar indenização”.Além do seguro auto e rural, o presidente da CNSeg também destaca os crescimentos nos segmentos patrimonial (alta de 21,3% em 2022 e de 11,5% em dezembro), de transportes (25,1% e 23,9%, respectivamente) e vida (15,1% e 6%). “O crescimento é generalizado, com alguns poucos ramos com crescimento negativo”.Crescimento de 10% em 2023Oliveira minimiza a desaceleração do setor no fim do ano. Ele atribui o crescimento menor em dezembro a uma base de comparação maior. “Tem um pouco de efeito de base. A pandemia foi arrefecendo ao longo de 2021, e a base de comparação de 2022 é com 2021. Quando chega dezembro de 2021, a base de comparação já está alta”.A CNSeg projeta um crescimento de 10% para o setor de seguros neste ano, mesmo com uma base de comparação mais alta e fatores que desaceleram o setor, como a Selic alta e uma previsão de crescimento menor da economia (o Relatório Focus aponta uma alta de 0,8% do PIB em 2023).A confederação é um pouco mais otimista que a mediana do mercado. Ela prevê um crescimento de 2,2% do PIB neste ano e que a Selic vai começar a cair em junho, mas o diretor-presidente da confederação admite que pode haver revisões nos números se a economia piorar.“Um PIB mais baixo diminuiu o crescimento do setor de seguros, porque a atividade econômica é muito atrelada ao crescimento do setor. Mas estamos crescendo bem”, afirma Oliveira. “Na nossa projeção a Selic começa a baixar no meio do ano, em junho. Se a inflação recrudescer ou ficar elevada por mais tempo, vai ter um impacto no crescimento. Porque uma Selic alta vai ‘machucando’ as estimativas de crescimento com o tempo”.

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REFLEXÃO: Ben Carlson, autor de A Wealth of Common Sense – A riqueza do senso comum, em tradução livre: Menos é mais. O processo de investimento deve ser mais importante que os resultados. Comportamento correto na hora de investir é a chave.

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