invistaja.info | Informação p/ quem vive o mercado

Publicidade

Setor elétrico deve atrair novos ‘players’ com mudança em regra cambial para contratos

Mudança permite que contratos celebrados entre concessionárias de infraestrutura e multinacionais exportadoras sejam pagos em moeda estrangeira

Notícias de investidor para investidor

Edição MarketMsg e invistaja.info

palavras-chave: Setor elétrico deve atrair novos ‘players’ com mudança em regra cambial para contratos; invistaja.info;


RENT3 | DY: 0.0089 | Div.Brut/Pat.: 1.44 | Cresc.5anos: 0.1852 | Liq.Corr.: 1.4 | P/ACL: -4.19 | EV/EBITDA: 12.66

ListenToMarket: Setor elétrico deve atrair novos ‘players’ com mudança em regra cambial para contratos – Áudio gerado às: 14:11:11

VELOCIDADE: 1.0x | 1.95x | 2.3x

SÃO PAULO (MarketMsg) – Uma lei sancionada na virada do ano promete impulsionar grandes acordos de compra e venda de energia elétrica em moeda estrangeira –transações até então praticamente inexistentes–, abrindo caminho para a entrada de novos geradores e financiadores internacionais no setor elétrico brasileiro.

Elétricas como Casa dos Ventos e Votorantim Energia, que já vinham estudando há anos a estruturação de contratos de energia (PPA, no jargão do setor) em moeda estrangeira, estão de olho em novos negócios agora que o instrumento ganhou respaldo legal com o marco cambial sancionado em 30 de dezembro.

As novas regras cambiais permitem que contratos celebrados entre concessionárias de infraestrutura e multinacionais exportadoras, como Vale (VALE3), Citrosuco e Alcoa, sejam pagos em moeda estrangeira.

+Diretora do Fed crê que ações aliviarão inflação e permitirão máximo emprego

Segundo executivos e especialistas, o setor elétrico deve ser o mais beneficiado pelo dispositivo, principalmente as grandes geradoras que têm fôlego financeiro para construir e operar usinas dedicadas ao consumo de energia de exportadoras.

“Projetos eólicos e solares têm um componente relevante de moeda estrangeira por causa dos equipamentos, às vezes até mais de 50%. Você precisa ter um mecanismo de hedge para cobrir as volatilidades cambiais, e isso é repassado ao consumidor”, avaliou Carlos Guerra, CFO da Votorantim Energia, empresa que tem quase 1 gigawatt (GW) de projetos eólicos operacionais e em construção no país.

“Agora o gerador vai poder ajustar uma parte do PPA a isso, financiamento também, e ter um hedge natural. A energia fica mais competitiva.”

Para Guerra, a estrutura é um “ganha-ganha”, já que permite ao exportador ter o custo da energia elétrica acompanhando sua receita.

“Estamos muito atentos, é uma demanda do mercado. Vemos isso dentro do Grupo Votorantim, temos exportadoras como CBA, Nexa e Citrosuco, em que a moeda funcional acaba sendo o dólar”, acrescentou ele, em referência à companhia de alumínio, à mineradora e à produtora de suco de laranja, respectivamente.

SEGURANÇA JURÍDICA

Embora a lei com as novas regras cambiais só passe a vigorar em 31 de dezembro de 2022, a sanção no ano passado trouxe segurança jurídica para mais “players” atuarem com o esquema no setor elétrico.

Outra companhia que se prepara para oferecer o produto é a Casa dos Ventos, desenvolvedora e geradora eólica que tem entre seus clientes importantes grupos exportadores, como as mineradoras Vale, Anglo American, a petroquímica Braskem e química Dow.

“Já tínhamos a estrutura jurídica para dar robustez (aos contratos) pré-lei, já conversávamos com ‘players’ relevantes”, afirma Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos.

Já na outra ponta, do consumidor de energia, a opção também ganha atenção. A Hydro, empresa norueguesa de alumina, disse à Reuters que vem notando um aumento da oferta desses contratos pelo mercado.

hotWords: para ‘players’ deve atrair cambial novos

Entre em contato para anunciar no invistaja.info

“Desenvolvimentos regulatórios recentes, acesso mais fácil ao financiamento em dólares e o fato de que uma grande parte das novas despesas de capital eólica e solar estão expostas ao dólar resultaram em um número crescente de geradores que oferecem PPAs em dólares”, afirmou em nota a Hydro Rein, unidade da companhia voltada para o desenvolvimento de novos projetos e soluções renováveis em energia.

“Isso significa mais investimentos no Brasil e maior descarbonização, aumentando o acesso do setor à energia renovável.”

O mercado brasileiro já tinha notícia da assinatura de alguns PPAs de energia em dólar antes da nova lei, mas a tese jurídica que se usava para validá-los era considerada complexa.

“As estruturas eram muito complexas, nem todos os ‘players’ tinham conforto em seguir. Com a nova regra, já temos recebido consultas de bancos e potenciais financiadores, e também de empresas geradoras que ainda não se estabeleceram no Brasil porque não queriam correr o risco cambial do equity”, afirma Pablo Sorj, sócio de Infraestrutura e Energia do escritório de advocacia Mattos Filho.

A agitação do mercado em torno da nova possibilidade também foi notada pelo Santander, que é líder global na assessoria de projetos renováveis.

“O que temos sentido dos casos que estamos trabalhando é que, só por essa razão (da lei), a quantidade de contratos que podem ser fechados e anunciados nos próximos meses tende a ser maior. Algumas das negociações tinham emperrado”, afirma Igor Fonseca, responsável pela área de project finance em energia do Santander.

De acordo com ele, o banco tem conversado com cerca de 35 instituições internacionais para financiamento de projetos renováveis no Brasil, entre bancos comerciais, instituições multilaterais, agências de promoção de desenvolvimento econômico e agências de crédito a importação.

“Vemos muita receptividade. Isso mostra que, apesar de todas as incertezas políticas e econômicas, ainda existem bolsos importantes com apetite e que podem ser abertos”, disse, acrescentando que o principal critério para a concessão do crédito é a qualidade do “offtaker” (consumidor) dos projetos.

O primeiro grupo a anunciar contratos de energia em dólar no país foi a Atlas Renewable Energy, empresa da gestora Actis. Foram duas transações envolvendo projetos solares, uma com a Anglo American e outra com a Dow. Em ambos os casos, foram contratados financiamentos em dólares.

No fim do ano passado, a AES Brasil (AESB3) anunciou seu primeiro PPA em dólar com a Alcoa. Com prazo de 15 anos, o acordo prevê o fornecimento de 150 megawatts (MW) médios de energia renovável a partir de 2024 e viabilizará a retomada da produção de alumínio da Alcoa no Maranhão.

Na época, a CEO da AES Brasil, Clarissa Sadock, afirmou que o contrato abria uma nova “avenida” de negócios para a geradora.

Oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje. Assista aqui!

palavras-chave: Setor elétrico deve atrair novos ‘players’ com mudança em regra cambial para contratos; invistaja.info;

CALIFORNIA | economia | invistaja.info – Setor elétrico deve atrair novos ‘players’ com mudança em regra cambial para contratos

REFLEXÃO: Morgan Housel: Se preocupe somente quando você achar que tiver tudo resolvido.

Notícias relacionadas:

Diretora do Fed crê que ações aliviarão inflação e permitirão máximo emprego

“Venda dólar, compre ações de emergentes” ecoa nas mesas de negociação pelo mundo

Decreto tira poder de Guedes e politiza mais debate orçamentário, dizem analistas

O que esperar dos resultados das empresas dos EUA no 4º trimestre de 2021? Confira os setores que devem se destacar

Entre em contato para anunciar no invistaja.info

Resumo do mercado

Assine grátis nossa newsletter semanal

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

Newsletter invistaja: receba um resumo semanal dos principais movimentos do mercado

Suas informações não serão compartilhadas com terceiros e também não enviaremos promoções ou ofertas.

Publicidade

plugins premium WordPress