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Taxas dos DIs sobem após Copom com redução de apostas em corte da Selic ainda em 2025

Novos dados sobre o mercado de trabalho e sobre a área fiscal no Brasil reforçaram as apostas em uma Selic estável até o próximo ano, o que provocou ajustes de alta na curva a termo

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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TMGC3 | Liq.Corr.: 1.69 | P/Ativo: 2.101 | Pat.Liq: 1167010000.0 | ROE: 0.1283 | P/Cap.Giro: 12.7 | ROIC: 0.0873

As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em alta firme, superior a 15 pontos-base em alguns vencimentos, após o Copom manter a Selic em 15% ao ano sem passar qualquer indicação de que poderá iniciar um ciclo de cortes de juros ainda em 2025.

Novos dados sobre o mercado de trabalho e sobre a área fiscal no Brasil reforçaram as apostas em uma Selic estável até o próximo ano, o que provocou ajustes de alta na curva a termo.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 estava em 14,36%, em alta de 13 pontos-base ante o ajuste de 14,227% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,685%, em alta de 16 pontos-base ante o ajuste de 13,521%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,78%, ante 13,642% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,87%, ante 13,774%.

Na noite de quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano, como amplamente esperado, e sinalizou a intenção de seguir com o juro básico neste patamar “para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado”.

Ao mesmo tempo, o BC repetiu que “seguirá vigilante” em relação à inflação, podendo “retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, e pregou cautela diante das incertezas geradas pelo tarifaço dos EUA contra o Brasil.

Alguns profissionais ouvidos pela Reuters imediatamente após a decisão avaliaram que o comunicado do Copom veio dentro do esperado e, por isso, tendia a ter um efeito nulo na curva nesta quinta-feira.

Mas o que se viu na sessão foi uma pressão de alta para as taxas, com o mercado avaliando que o BC deixou menos margem para um corte da Selic já em dezembro, como parte dos agentes vêm precificando.

“O Copom foi duro, porém correto. No comunicado não há evidência de que ele estaria começando a pensar em corte de juros”, comentou Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, ao justificar a alta das taxas dos DIs nesta quinta-feira.

“Esta postura mais dura do BC desencoraja as apostas de início de corte de juros. Há grande chance de não vermos cortes este ano”, acrescentou.

Alguns dados divulgados no Brasil pela manhã reforçaram a leitura de que o BC não cortará juros tão cedo.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego no Brasil atingiu 5,8% no segundo trimestre, menor nível da série e abaixo dos 7,0% do primeiro trimestre e da projeção de 6,0% de economistas ouvidos pela Reuters.

Já o Banco Central informou que o setor público registrou déficit primário de R$47,091 bilhões em junho, resultado pior que os R$ 40,9 bilhões projetados por economistas em pesquisa da Reuters.

O mercado de trabalho aquecido e os déficits primários persistentes são dois fatores que pressionam a inflação, na visão do mercado.

“Aqui no Brasil temos dados de atividade robustos, com o fiscal ainda bagunçado. E existe muita incerteza comercial”, pontuou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, acrescentando que o Copom manteve um tom hawk (duro com a inflação) na véspera.

“Essa combinação, além do fato de que o Federal Reserve também está receoso em reduzir juros, afasta a chance de um corte da Selic no Brasil em dezembro. Os (DIs) curtos reagem a isso”, disse.

A taxa do DI para janeiro de 2027 — que refletiu mais diretamente algumas mudanças de apostas para a Selic no curto prazo — subiu durante toda a sessão, fechando perto do pico do dia.

Também impactou a alta da curva nesta quinta-feira, na visão de Olivares, a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, mostrando que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (50,2%) superou a desaprovação (49,7%) pela primeira vez desde outubro.

“Boa parte dos ativos ‘andaram’ nos últimos meses com a leitura de que Lula não conseguiria vencer, se reeleger, e que haveria uma alternância de poder”, lembrou Olivares. “Me parece razoável pensar que (em função da pesquisa) aparentemente os ativos tenham que devolver um pouco isso”, acrescentou.

Os desdobramentos do anúncio de quarta-feira dos EUA, que confirmaram a tarifa de 50% para os produtos brasileiros, mas criaram uma série de exceções à regra, também seguiram permeando os negócios.

A avaliação entre os agentes do mercado é de que o pior foi evitado, mas que a crise ainda não foi superada. No comunicado da véspera, o Copom citou um ambiente externo “mais adverso e incerto” por conta das “políticas comercial e fiscal” dos EUA.

No exterior, as taxas dos Treasuries haviam subido na véspera em função das dúvidas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre o espaço para corte de juros já em setembro, mas nesta quinta-feira elas recuavam, com investidores à espera do relatório de empregos payroll na sexta-feira. Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento– caía 2 pontos-base, a 4,356%.

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REFLEXÃO: Michael Batnick, gestor de patrimônios da Ritholtz: Evitar erros catastróficos é mais importante do que construir o portfólio perfeito.

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