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Taxas futuras de juros sobem após PIB no Brasil e empregos nos EUA abaixo do previsto

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 — um dos mais líquidos no curto prazo — estava em 14,735%, ante o ajuste de 14,796% da sessão anterior

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As taxas dos DIs fecharam a sexta-feira em queda firme, superior a 20 pontos-base em alguns vencimentos, após dados do Produto Interno Bruto (PIB) sugerirem desaceleração da economia brasileira e números do mercado de trabalho norte-americano impulsionarem as apostas em cortes de juros nos EUA.

Durante a tarde comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, alteraram um pouco essa percepção sobre os juros nos EUA, o que deu força aos rendimentos dos Treasuries, mas no Brasil as taxas dos DIs se mantiveram em queda.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 — um dos mais líquidos no curto prazo — estava em 14,735%, ante o ajuste de 14,796% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 marcava 14,585%, ante o ajuste de 14,768%.

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Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 14,69%, em queda de 23 pontos-base ante 14,923% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 14,68%, ante 14,908%.

Pela manhã o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 3,4% em 2024, acima dos 3,2% do ano anterior e pouco abaixo da previsão de 3,5% do governo.

Apesar do resultado anual robusto, o PIB cresceu apenas 0,2% no quarto trimestre do ano passado, ante o trimestre anterior, abaixo da expectativa de alta de 0,5% para o período.

O dado reforçou percepção de desaceleração da economia doméstica.

“Em geral, vemos que a atividade econômica deve desacelerar ao longo de 2025. Então, nós esperamos um crescimento do PIB mais perto de 2%”, comentou Marcos Moreira, sócio da WMS Capital.

No mercado, uma das leituras era de que, com a economia crescendo menos, o Banco Central pode não precisar elevar tanto a taxa básica Selic, hoje em 13,25% ao ano, para segurar a inflação. No mercado de DIs, isso se refletiu na queda das taxas.

Este movimento se intensificou perto das 10h30, após o Departamento do Trabalho dos EUA informar que foram criados 151.000 empregos fora do setor agrícola em fevereiro, abaixo dos 160.000 postos de trabalho projetados por economistas ouvidos pela Reuters.

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Os dados do relatório de empregos payroll pesaram sobre a curva de juros norte-americana e sobre as taxas futuras no Brasil. Às 12h44, a taxa do DI para janeiro de 2033 estava na mínima de 14,64%, em queda de 27 pontos-base ante o ajuste da véspera.

No meio da tarde Powell afirmou, em um fórum econômico em Nova York, que o Fed não terá pressa em reduzir a taxa de juros, enquanto aguarda mais clareza sobre como as políticas do novo governo Trump afetam a economia.

“O novo governo está em processo de implementação de mudanças significativas em quatro áreas distintas: comércio, imigração, política fiscal e regulamentação”, disse Powell. “A incerteza sobre as mudanças e seus prováveis efeitos continua alta. Estamos concentrados em separar o sinal do ruído à medida que as perspectivas evoluem. Não precisamos ter pressa e estamos bem-posicionados para esperar por mais clareza”, acrescentou.

Os comentários de Powell deram força aos yields dos Treasuries, que passaram a subir, mas no Brasil as taxas dos DIs seguiram com baixas firmes.

Perto do fechamento a curva brasileira precificava 86% de probabilidade de alta de 100 pontos-base da taxa básica Selic em março, como vem indicando o BC.

As dúvidas maiores seguem girando em torno do que será feito com a Selic a partir de maio. Na quinta-feira o mercado de opções de Copom da B3 precificava 58,00% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic em maio, 14,50% de chances de elevação de 75 pontos-base, 10,50% de probabilidade de alta de 25 pontos-base, 9% de chances de manutenção e apenas 7,00% de chances de nova alta de 100 pontos-base.

Durante evento em Lisboa na tarde desta sexta-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, afirmou que é necessário reduzir o hiato do produto e desacelerar a economia brasileira para levar a inflação em direção à meta perseguida pela instituição, de 3%.

Segundo ele, a autoridade monetária vê o hiato do produto como positivo no Brasil — em uma indicação de que a economia cresce acima do seu potencial —, mas com potencial de se tornar negativo em seis trimestres.

No exterior, sob o efeito de Powell, às 16h38 o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — subia 4 pontos-base, a 4,326%.

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