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Taxas futuras longas sobem no Brasil em dia sem a referência dos títulos dos EUA

O feriado do Labor Day (Dia do Trabalho) nos EUA manteve o mercado norte-americano de títulos fechado, o que reduziu a liquidez nos negócios também no Brasil

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Edição invistaja.info e MarketMsg

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SÃO PAULO (invistaja.info) – Sem a referência dos Treasuries em função de feriado nos EUA, as taxas dos DIs de curtíssimo prazo fecharam próximas da estabilidade nesta segunda-feira, mantendo a precificação majoritária de alta de 25 pontos-base da Selic em setembro, enquanto as longas subiram após o governo detalhar a proposta de Orçamento para 2025.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,985%, ante 10,992% do ajuste anterior.

Já a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,88%, ante 11,847% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,975%, ante 11,924%.

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Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,16%, ante 12,095%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 12,13%, ante 12,075%.

O feriado do Labor Day (Dia do Trabalho) nos EUA manteve o mercado norte-americano de títulos fechado, o que reduziu a liquidez nos negócios também no Brasil.

O relatório Focus, com as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos, trouxe poucas mudanças nas expectativas de inflação. O IPCA projetado para 2024 passou de alta de 4,25% para 4,26%, enquanto a estimativa para 2025 foi de 3,93% para 3,92%.

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Sem a referência dos Treasuries e com uma agenda relativamente esvaziada no Brasil, o trecho curto da curva a termo brasileira manteve o desenho da sexta-feira, quando declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dispararam uma redução das apostas de que a instituição elevará a taxa básica Selic em 50 pontos-base neste mês. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano.

“Campos Neto fez uma intervenção dizendo que o mercado estava exagerando um pouco nesta precificação do juro curto”, lembrou na manhã desta segunda-feira o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, em comentário enviado a clientes. “A curva acabou empinando, juro curto caiu, juro longo subiu”, acrescentou.

A precificação nesta segunda-feira seguiu apontando para chances maiores de o BC subir a Selic em apenas 25 pontos-base. Perto do fechamento a curva precificava 59% de probabilidade de alta de 25 pontos-base e 41% de chance de elevação de 50 pontos-base. Na sexta-feira os percentuais eram de 63% e 37%, respectivamente.

Já as taxas dos DIs de prazos mais longos subiram, em continuidade ao movimento da sexta-feira de colocação de mais prêmios na curva, na esteira das preocupações com o equilíbrio fiscal no Brasil.

Pela manhã, o Ministério do Planejamento informou que o governo prevê fechar 2025 com um superávit primário de 3,7 bilhões de reais. Na sexta-feira, quando a proposta de Orçamento foi enviada ao Congresso, o governo havia se limitado a dizer que o texto previa que a meta de déficit primário zero para o ano — que tem um intervalo de tolerância — seria alcançada.

No Focus, a mediana das projeções do mercado aponta para déficit primário de 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.

O Ministério da Fazenda informou ainda que decidiu prever no Orçamento de 2025 a extinção da desoneração da folha salarial de setores da economia e municípios no próximo ano, argumentando que projeto sobre o tema em análise no Congresso não prevê compensações para essa renúncia tributária.

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