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Tesouro Direto: na retomada das negociações, taxas dos títulos públicos recuam nesta 4ª

Investidores monitoram expectativa de aumento no ritmo de alta de juros pelo Comitê de Política Monetária

Conteúdos sobre investimentos

Edição invistaja.info e MarketMsg

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HETA3 | P/ACL: -0.09 | P/VP: -0.09 | EV/EBIT: 1142.33 | Div.Brut/Pat.: -0.58 | Liq.2meses: 1039.02 | P/EBIT: 149.73

BRASIL | invistaja.info — Em dia de decisão sobre o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic, cresceram as expectativas de economistas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve os juros em pelo menos 1,5 ponto percentual nesta quarta-feira (27).

Esse ajuste ajuda a provocar oscilação nos preços e taxas dos títulos públicos. Após cerca de meia hora de suspensão, as negociações de papéis públicos via Tesouro Direto foram retomadas perto do meio dia, com recuo nos prêmios.

Após a suspensão, às 11h48, o juro pago pelo Tesouro Prefixado com vencimento em 2024, por exemplo, era de 11,77%, abaixo dos 12,12% ao ano vistos no começo da manhã. Um dia antes, o título oferecia retorno de 11,90%.

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Da mesma forma, o retorno real oferecido pelo título atrelado à inflação com vencimento em 2026 recuava de 5,45%, no início desta quarta, para 5,39%, às 11h48 – mesmo percentual visto na sessão anterior.

Outro destaque está na remuneração real paga pelo Tesouro IPCA+ com vencimentos em 2055 e pagamento de juros semestrais que era de 5,48%, abaixo dos 5,53% registrados pela manhã. O valor está em linha com os 5,49% vistos ontem.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidas na volta das negociações na manhã desta quarta-feira (27): 

Alta na Selic e desemprego

O destaque desta quarta-feira está na decisão do Copom, que será anunciada no começo da noite pelo Banco Central. De segunda para terça-feira, as projeções de economistas para a subida dos juros na reunião de hoje ganharam velocidade.

Com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicador que é considerado a prévia da inflação oficial, acima do previsto pelo mercado, mais casas passaram a prever uma Selic ainda mais alta na reunião de hoje,

No momento, um aumento de “pelo menos” 1,5 ponto passou a preponderar entre as expectativas. Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o IPCA-15 coloca mais uma pressão sobre Banco Central, uma vez que é difícil de acreditar que a autoridade monetária vai ter comunicação boa o suficiente para entregar uma alta menor do que 1,5 ponto sem provocar certo estresse no mercado.

Na mesma linha, o Goldman Sachs apontou que espera que o Copom eleve a Selic para pelo menos 1,5 ponto percentual. Segundo o banco, no entanto, há uma chance de 20% de que a taxa básica de juros seja elevada para entre 1,75 ponto e 2 pontos percentuais.

Também na agenda econômica, a taxa de desocupação foi para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa mediana do consenso Refinitiv era de que a taxa de desemprego ficaria em 13,4% entre junho e agosto. Os números representam uma redução de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em maio (14,6%).

Apesar do recuo, os dados ainda mostram uma triste realidade: 13,7 milhões de pessoas estavam em busca de um trabalho no país no trimestre encerrado em agosto.

PEC dos precatórios

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Vale prestar atenção também na possível votação da PEC dos precatórios pelo plenário da Câmara. Na terça-feira, a oposição defendeu esvaziar o projeto.

A expectativa é em torno da fala de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Ao ser questionado, Lira disse que tem dialogado com líderes da base do governo e que vai procurar lideranças da oposição “para ter um sentimento sobre o texto” da PEC dos Precatórios. “Muito provavelmente, estará pronto para ir à votação amanhã [hoje]”, afirmou.

A discussão com a oposição, no entanto, não deve ser fácil. Reportagem de capa da Folha de S. Paulo diz que os partidos de oposição votariam contra o dispositivo, alegando que adiar o pagamento dos precatórios criaria uma “bola de neve”.

Também na véspera, Marcelo Aro (PP-MG), relator da MP do Auxílio Brasil, afirmou que não foi procurado pelo Ministério da Economia desde a semana passada para debater a medida provisória, e arrisca dizer que a pasta ainda não tem uma solução orçamentária para o novo programa de assistência social que substituirá o Bolsa Família.

“O Ministério da Economia está em silêncio. Eu não recebi um único telefonema do Ministério da Economia desde sexta-feira”, disse o deputado em entrevista à Reuters.

Cena internacional

Enquanto isso no cenário externo, o mercado segue atento às divulgações de balanços nos Estados Unidos e na Europa. Os índices futuros americanos operam perto da estabilidade nesta quarta-feira.

Na véspera, o Dow Jones avançou, em seu terceiro dia de ganhos consecutivos, fechando em um patamar recorde; o S&P subiu 0,18%, também em nível recorde; e o Nasdaq teve alta de 0,06%, com destaque negativo para o Facebook, que perdeu 3,9%.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, recua, com destaque negativo de empresas de mineração. O Deutsche Bank divulgou lucro acima da expectativa, apesar de queda na receita de sua unidade de banco de investimentos. Mesmo com o resultado positivo, suas ações tiveram queda.

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REFLEXÃO: Harold Pollack, da Universidade de Chicago: Guarde entre 15 e 20% e invista em fundos de índices com taxa baixa.

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