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Um dos unicórnios mais valiosos da Índia chega ao Brasil, de olho na educação básica

BYJU’s reúne 100 milhões de alunos em países como Estados Unidos, Índia e México. Startup indiana prevê que Brasil seja seu 2º maior mercado

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LONDRINA | invistaja.info — Diversas edtechs estão de olho no mercado brasileiro de ensino particular: são mais de 550 startups brasileiras atuando com educação, segundo um estudo da empresa de inovação Distrito.

O ensino infantil é a faixa com menos startups atuando, e que recebe menos investimentos. Esse é justamente o alvo de uma das startups mais valiosas da Índia. A BYJU’s, plataforma de ensino online para desenvolver “habilidades do futuro”, anunciou nesta quarta-feira (28) sua chegada ao Brasil.

Existem escolas digitais focadas em tais habilidades para adultos, como ITuring, Trybe ou Rocketseat. Existem também escolas digitais que ensinam o conteúdo do ensino fundamental e médio para crianças e adolescentes, como a Descomplica.

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A BYJU’s espera crescer estando justamente na intersecção entre essas propostas. A ambição é grande: a startup indiana espera que o mercado brasileiro seja o segundo maior mercado para a empresa, atrás apenas de sua terra natal. O Do Zero Ao Topo, marca de empreendedorismo do (invistaja.info), conversou com Fernando Prado, CEO da BYJU’s no Brasil.

O maior unicórnio da educação

Prado explica que o objetivo da startup não é reforçar matérias dadas na educação tradicional, mas desenvolver uma paixão por aprender. “Essa é a verdadeira habilidade do futuro. O que sabemos hoje talvez não seja mais necessário daqui a três anos. Ensinar em temas como programação, matemática e música é uma forma de potencializar nossa intenção de criar o gosto pelo estudo, e exercitar temas como lógica e pensamento crítico”, diz.

Prado foi um dos cofundadores da startup de mobilidade urbana ClickBus. Ele continua sendo parte do conselho de administração da startup, mas decidiu participar do mercado de educação após ter a experiência de matricular seus dois filhos no ensino infantil e de se inscrever para um curso na Universidade de Harvard. Depois, veio o convite da BYJU’s.

A startup indiana foi criada pelo engenheiro Byju Raveendran em 2011, com sede em Bangalore. Raveendran ajudava colegas a passarem em exames e daí teve a ideia de criar seu próprio negócio de educação. As aulas em salas passaram para ginásios, para estádios e finalmente para a internet.

A BYJU’s captou US$ 2,7 bilhões com investidores como a iniciativa Chan Zuckerberg e os fundos General Atlantic, Silver Lake, B Capital Group, T Rowe Price, Sequoia Capital India, Blond, Black Rock, Sofina, Verlinvest, Tencent, Owl Ventures, Naspers, Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), Tiger Global, Qatar Investment Authority, Lightspeed Venture Partners, IFC/Banco Mundial e DST Global.

A última rodada foi realizada em junho deste ano. O investimento série F avaliou a BYJU’s em US$ 16,5 bilhões. Esse valuation tornou a edtech em uma das startups mais valiosas da Índia. Segundo a base de dados CB Insights, a avaliação a coloca acima de expoentes como Ola Cabs (US$ 6,3 bilhões) e Oyo Rooms (US$ 9 bilhões). A startup também está na base como a edtech mais bem avaliada do mundo.

A BYJU’s tem uma avaliação próxima de negócios inovadores indianos próximos ou já em mercados públicos. O valuation também é maior do que os US$ 14 bilhões da Zomato, plataforma indiana de delivery que recentemente estreou no mercado acionário. A BYJU’s também supera a Paytm. A plataforma indiana de pagamentos planeja ser avaliada em entre US$ 25 bilhões e US$ 30 bilhões com seu IPO, mas está com um valuation de US$ 16 bilhões com base em sua última captação concluída.

Mesmo assim, o maior expoente indiano em inovação continua sendo a Flipkart. A plataforma de e-commerce foi incorporada em Singapura, mas tem sede na cidade indiana de Bangalore. O negócio foi adquirido pela rede de supermercados americana Walmart em 2018. Hoje, o Flipkart é avaliado em US$ 37,6 bilhões. A empresa planeja abrir capital em 2022.

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Da Índia ao Brasil

No país natal, os conteúdos são disponibilizados em inglês: tanto o hindi quanto o inglês são línguas oficiais para a administração federal indiana. Por isso, a BYJU’s apostou primeiro em países que têm o inglês como língua oficial em sua expansão internacional – como Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e Nova Zelândia. O conteúdo e os professores foram reaproveitados.

Mas a startup indiana também olhou em fundar outras estruturas para mercados com grande população. Foi o caso do México e da Indonésia. E, agora, do Brasil.

A BYJU’s acumulou 100 milhões de alunos e 6 mil funcionários globalmente por meio de um modelo bastante escalável, de aulas gravadas e assinatura anual para acesso a todo o conteúdo. São 6,5 milhões de alunos assinantes. Porém, a startup indiana criou um formato mais personalizado recentemente: aulas ao vivo e individuais. O modelo foi batizado de BYJU’s Future School.

O Brasil terá apenas esse novo modelo por enquanto – aulas customizadas por aluno e focadas no público infantil são diferenciais importantes no concorrido mercado de edtechs no país, segundo Prado. A BYJU’s Future School já oferece um curso de programação por aqui, e terá aulas de matemática e música até o final deste ano. Em 2022, incluirá temas como artes, ciências e inglês.

O professor faz uma reunião ao vivo e individual com o aluno. Os dois conversam sobre os interesses do estudante, e existe um projeto a ser feito em todas as aulas. No caso do curso de programação, pode ser criar uma funcionalidade para um jogo. “O aprendizado é conquistado através da ação. A prática é a forma que mais engaja as crianças, então currículo e plataforma são nossos dois grandes pilares”, diz Prado.

A monetização da Future’s School é diferente da assinatura anual vista tradicionalmente na BYJU’s. Após terem a primeira aula experimental gratuitamente, os pais podem comprar créditos equivalentes a uma hora/aula ou comprar o curso inteiro de uma vez, com desconto. O ritmo dessas aulas pode ser customizado. “O aluno dita horários justamente porque achamos que o aprendizado deve ser um prazer”, diz Prado.

A Introdução à Programação, com oito aulas, custa R$ 749 (R$ 94 por aula no pacote). Prado afirma que a startup está analisando criar turmas maiores, com cerca de quatro alunos, para reduzir os preços. Mesmo que o aluno não faça mais aulas, pode acessar um repositório de seus projetos. É uma espécie de GitHub para jovens.

A BYJU’s Future School está em fase de testes faz 60 dias. Acumulou 27 mil aulas, a maioria delas experimentais, dadas por 400 professores parceiros a 1,6 mil alunos. O objetivo é alcançar 10 mil alunos apenas nas classes de programação até o final do ano. A equipe atual de 300 funcionários brasileiros deve dobrar no mesmo período, sem contar a expansão para 1,5 mil professores parceiros. Todos os docentes passam por uma triagem didática e a taxa de aprovação está em 1,5%, segundo Prado.

Além da meta ambiciosa de o país se tornar o segundo maior mercado para a startup indiana, Prado ressalta que o Brasil pode se tornar uma base para aulas em português. O mesmo conteúdo e os mesmos professores poderão ensinar a outros países que falam a língua portuguesa. Será a mesma estratégia adotada no México, que virou o centro de ensino da BYJU’s para a língua espanhola. A empresa não divulga quanto será investido no Brasil.

“A ambição e a pressa são grandes. Então será um aporte relevante, vindo das nossas captações privadas anteriores. Mais do que uma nova marca, é um novo serviço. Temos de investir em ensinar os pais sobre como a plataforma funciona, e promover acesso por meio das aulas experimentais. As principais métricas são o NPS [Net Promoter Score] e a nota dada após cada aula. São esses indicadores que levarão eventualmente ao crescimento sustentável no Brasil”, diz Prado.

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