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Varejo tem queda inesperada em dezembro, mas fecha 2024 com maior expansão em 12 anos

A expectativa em pesquisa da Reuters era de estabilidade na comparação mensal e de avanço de 3,50% sobre um ano antes

Informação para o trader investidor

Edição MarketMsg e invistaja.info

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PQUN4 | Mrg.Liq.: 0.0052 | Cresc.5anos: 0.0519 | P/Ativo: 0.523 | P/Cap.Giro: 7.57 | Pat.Liq: 858692000.0 | EV/EBIT: 40.25

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O setor de varejo do Brasil registrou em 2024 o maior crescimento das vendas em 12 anos, embora tenha apontado enfraquecimento no final do ano em linha com as expectativas de perda de força gradual da economia.

As vendas varejistas tiveram queda de 0,1% em dezembro na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado mensal ficou aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de estabilidade. Na comparação com mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 2,0%, segundo o IBGE, contra projeção de ganho de 3,5%.

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Ainda assim, o setor registrou em 2024 crescimento de 4,7%, o oitavo ano de expansão e no ritmo mais intenso desde 2012 (+8,4%).

O varejo teve um ano de 2024 amplamente positivo, mostrando resiliência em meio a um mercado de trabalho aquecido, expansão do crédito e aumento da renda.

No entanto, mostrou desaceleração do ritmo com quedas seguidas nos últimos dois meses do ano, em um aceno às expectativas de perda de força gradual da economia que deve se estender para o início de 2025.

Isso ocorre em um ambiente de redução do impulso fiscal e aperto monetário, o que encarece o crédito. Em janeiro, o Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic em 1 ponto percentual como indicado, a 13,25%, e deve adotar nova alta na próxima reunião.

“Para 2025, projetamos uma desaceleração no crescimento devido à redução dos estímulos fiscais e de crédito, além da inflação e juros elevados”, disse Igor Cadilhac, economista do PicPay. “Apesar desse cenário desafiador, esperamos que a retração seja relativamente moderada. Alguns fatores devem ajudar a sustentar o consumo das famílias, como o mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial.”

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Em dezembro, cinco dos oito setores pesquisados no varejo restrito apresentaram retração de vendas em relação a novembro, sendo as mais intensas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,3%); e Combustíveis e lubrificantes (-3,1%).

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas em dezembro caiu 1,1% ante o mês anterior. Mas ainda fechou 2024 com alta acumulada de 4,1%, a maior desde 2021 (+4,5%).

No âmbito do varejo ampliado, oito das onze atividades pesquisadas fecharam o ano com ganhos, com destaque para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,2%); Veículos e motos, partes e peças (11,7%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%) e Material de construção (4,7%)

“Em termos setoriais, o grande destaque foi o setor farmacêutico, que é a única atividade a sustentar também oito anos de crescimento contínuo”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

As três atividades que sofreram queda em 2024 foram Combustíveis e lubrificantes (-1,5%); Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-7,1%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,7%).

“O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria já vem acumulando quedas há alguns anos, a última alta foi em 2022. Isso está relacionado ao crescente processo de digitalização de parte de seus produtos. O que vem sustentando essa atividade é o livro didático”, completou Santos.

Os dados do varejo são os mais recentes a apontar desaceleração da atividade econômica no final do ano passado no Brasil, juntando-se à produção industrial e ao volume de serviços, que apresentaram desempenhos semelhantes.

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